ACIDENTES CAUSADOS POR ESCORPIÕES E LONOMIAS

ACIDENTES CAUSADOS POR ESCORPIÕES E LONOMIAS

Acidentes causados por escorpiões

Introdução

 Os escorpiões de importância médica pertencem ao gênero Tityus, os principais são: T.serrulatus e T.bahiensis. Registra-se grande dispersão do T.serrulatus devida reprodução por partenogênese (assexuada, apenas com gameta feminino). Letalidade é de 0,58%, os óbitos tem sido associados, com maior freqüência, a acidentes causados por T.serrulatus, ocorrendo mais comumente em crianças menores de 14 anos.

Os escorpiões inoculam o veneno pelo ferrão, localizado no último segmento da cauda. São animais carnívoros, alimentam-se principalmente de insetos, como baratas e grilos. Com hábitos noturnos, durante o dia estão sob pedras, troncos, entulhos, telhas, tijolos (lugares escuros, quentes e úmidos). Escorpiões são artrópodes (pernas articuladas) pertencentes á classe arachnida (por apresentarem quatro pares de pernas) e ordem scorpiones, de distribuição geográfica bastante ampla, estando presentes em todos os continentes, exceto na antártica.

Tityus bahiensis (escorpião-marrom)

 Encontrado na bahia e regiões centro-oeste, sudeste e sul do Brasil. Apresentam em média 7cm de comprimento e possuem hábitos noturnos e alimentam-se de insetos. A espécie é responsável, no Brasil, pelo maior número de casos de acidentes em áreas rurais. O seu veneno age sobre o sistema nervoso, e o tratamento pode ser feito utilizando soro antiescorpiônico. Seu veneno é menos potente que o veneno do T. serrulatus.

Tityus serrulatus (escorpião-amarelo)

 Possui ampla distribuição em todas as macrorregiões do Brasil, exceto na região norte e no estado do Rio Grande do Sul, representa a espécie de maior preocupação em função do maior potencial de gravidade do envenenamento e expansão em sua distribuição geográfica no país, facilitada por sua reprodução partenogenética (assexuada) e fácil adaptação ao meio urbano. Sua picada é extremamente dolorosa, levando a vítima à um estado de hiperestesia. Caso o socorro demore, o paciente pode ser levado à óbito por parada respiratória. O tratamento é feito à partir de soro antiescorpiônico.

Classificação do Escorpionismo

Acidentes Leves: são os mais frequentes, ao redor de 95% dos acidentes.  Está presente praticamente apenas o quadro doloroso local, eventualmente um episódio de vômito.

Acidentes Moderados: além do quadro doloroso, estão presentes algumas manifestações sistêmicas de pequena intensidade: náuseas e/ou alguns episódios de vômitos, sudorese discreta, taquicardia, taquipnéia e hipertensão leves.

Acidentes Graves: ocorrem náuseas e vômitos profusos e frequentes, sialorréia, sudorese profusa, hipotermia, tremores, agitação alternada com sonolência, hipertensão arterial, taqui ou bradicardia, extrassístoles, taquipnéia, tremores, hipotermia. Podem ocorrer alterações de eletro e ecocardiograma.

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