APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS MADEIREIROS PARA O CULTIVO DE COGUMELOS COMESTÍVEIS
Por: Maicon Moura • 5/9/2019 • Projeto de pesquisa • 3.242 Palavras (13 Páginas) • 196 Visualizações
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO - CAMPUS JUÍNA
DEPARTAMENTO DE ENSINO
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
MAICON DOUGLAS BENTO DE MOURA
APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS MADEIREIROS PARA O CULTIVO DE COGUMELOS COMESTÍVEIS
JUÍNA – MATO GROSSO
2019
MAICON DOUGLAS BENTO DE MOURA
APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS MADEIREIROS PARA O CULTIVO DE COGUMELOS COMESTÍVEIS
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – Campus Juína, como requisito regulamentar obrigatório para concluir a disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I.
Orientador(a): Haroldo Alves Pereira Júnior
JUÍNA – MATO GROSSO
2019
RESUMO
APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS MADEIREIROS PARA O CULTIVO DE COGUMELOS COMESTÍVEIS
A produção de cogumelos tem importância econômica e alimentícia, isso porque, eles são utilizados em diversos setores, do gastronômico ao farmacêutico. A importância dos cogumelos comestíveis tem crescido nos últimos anos, principalmente, devido ao seu alto valor proteico, propriedades medicinais e capacidade na degradação e reciclagem de resíduos agroindustriais. A implementação do cultivo de cogumelos visa utilizar a serragem como substrato, sendo esta proveniente de indústrias madeireiras do município de Juína. Visto que tal material acabou-se tornando uma fonte poluidora, devido a sua má disposição no ambiente. Logo, encontrar uma nova finalidade para a utilização deste resíduo se faz necessário, devido ao grande número de industriais madeireiras existentes na região, que produzem resíduos em enormes proporções.
Palavras-chave: Cogumelos. Cultivo. Resíduos. Produção sustentável.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 OBJETIVOS 6
2.1 OBJETIVO GERAL 6
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 6
3 REVISÃO DE LITERATURA 7
3.1 SISTEMAS DE CULTIVO 7
3.2 CULTURA-MÃE 7
3.3 SUBSTRATO 7
3.4 ESTERILIZAÇÃO 8
3.5 IMPORTÂNCIA DA REUTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS MADEIREIROS NA PRODUÇÃO DE COGUMELOS 8
4 MATERIAIS E MÉTODOS 10
4.1 COMPOSTAGEM DO SUBSTRATO 10
4.2 ESTERILIZAÇÃO DO SUBSTRATO 10
4.3 INOCULAÇÃO DO SUBSTRATO 11
4.4 FASES DE CULTIVO 11
4.4.1 Incubação 11
4.4.2 Frutificação 12
4.4.3 Repouso 12
5 RESULTADOS ESPERADOS 13
REFERÊNCIAS 15
- INTRODUÇÃO
Segundo Alexopoulos (1996) apud Bicalho et al., (2013), através de registros fósseis é possível saber que os fungos estão presentes no planeta Terra desde o Siluriano, porém, estima-se que estes tenham surgido entre 408 e 438 milhões de anos atrás, na Era Paleozoica. Sua diversificação ocorreu durante o Pensilvaniano, onde já se inclui gêneros como os Basidiomycotas e Ascomycotas.
Desde as primeiras civilizações que se tem conhecimento – gregos, egípcios e chineses – apreciavam os cogumelos como iguaria, tinham certo conhecimento sobre seus valores terapêuticos, e algumas dessas civilizações ainda os utilizavam em cerimônias religiosas.
O cultivo de cogumelos teve início por volta de 600 a.C., na China, com a domesticação da espécie Auricula auricularia, enquanto no Mundo Ocidental, o Agaricus bisporus, é hoje o cogumelo produzido em maior quantidade mundialmente.
Segundo Paula et al. (2001), espécies como o champignon (A. bisporus), o shimeji-preto (Pleurotus ostreatus), o shitake (Lentinula. edodes), o cogumelo-do-sol (A. blazei), dentre muitos outros, podem ser facilmente encontrados no Brasil. Um fato interessante, é da descoberta do A. blazei, encontrado em Piedade, interior de São Paulo, e enviado ao Japão para estudo de suas propriedades medicinais. Assim descobriu-se propriedades antitumorais, comprovadas em cobaias humanas, com isso, os japoneses passaram a importar esse cogumelo (LOPES, 2006).
Além dos seus altos valores nutritivos, os cogumelos são capazes de produzir metabólitos secundários que podem ser utilizadas na produção de fármacos eficazes contra doenças, além de desempenhar um papel fundamental na ciclagem de nutrientes, principalmente no ciclo do carbono, já que são capazes de degradar a lignina. Contribuem ainda para a manutenção do ciclo de outros elementos como nitrogênio, fósforo e potássio, incorporados aos componentes insolúveis das paredes celulares.
A produção comercial, geralmente, utiliza resíduos agroindustriais de natureza lignocelulósica. Uma vez finalizada o processo de produção, é descartado um material denominado “composto residual” (CR), – substrato orgânico pré-degradado ainda colonizado pelo fungo, com conteúdo nutricional alterado em relação ao substrato inicial – com modificações físico-químicas que não proporcionam uma nova safra economicamente viável.
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