AS FERIDAS E CURATIVOS
Por: ananda thays silva • 27/11/2019 • Relatório de pesquisa • 790 Palavras (4 Páginas) • 506 Visualizações
Feridas
FERIDAS E CURATIVOS
A perda da continuidade de qualquer tecido mole do organismo é chamado de ferida, podendo ser provocada por diferentes mecanismos. Em razão desses mecanismos, as feridas recebem as seguintes classificações;
- FERIDAS CIRÚRGICAS; são lesões intencionais e realizadas sob condições assépticas, portanto com a cicatrização rápida e poucas complicações.
- FERIDAS TRAUMÁTICAS; são lesões acidentais, que podem ser acompanhadas de perdas de tecido e ocorrem sob condições não assépticas; por isso, apresentam predisposição para infectar.
Como uma das funções da pele é constituir-se em uma barreira mecânica contra agentes nocivos como os micro-organismos, a perda da sua integridade por qualquer ferimento pode tornar o organismo vulnerável à ação desses elementos. Assim, as feridas podem também ser classificadas conforme a presença ou não de micro-organismos patogênicos;
- FERIDAS LIMPAS; lesões operatórias, em que não há presença de micro-organismo patogênicos.
- FERIDAS CONTAMINADAS; lesões com presença de micro-organismo patogênicos com grande capacidade de produzir infecções, como as UPP, as ulceras varicosas e as feridas traumáticas (acidentais).
- FERIDAS INFECTADAS; lesões com presença de micro-organismos patogênicos em processo de infecção e que, geralmente, apresentam exsudato purulento (pus).
TIPOS DE FERIMENTOS
- INCISÃO; abertura da pele feita por instrumento cortante. Por exemplo; bisturi, faca, lamina ou vidro.
- ESCORIAÇÃO; arranhão, com perda de pele ou mucosa.
- FERIMENTO PENETRANTE; causado por projeteis de bala, pregos.
- LACERAÇÃO; ocorre quando o tecido é rasgado.
FATORES QUE INFLUENCIAM NA IFECÇÃO DE FERIDAS
A infecção é considerada a complicação mais temida, em razão de interferir non processo de cicatrização, independentemente da origem da ferida.
De acordo com tipo e localização da infecção, pode ocorre aumento do volume de drenagem, geralmente purulenta, além de ruptura dos tecidos em cicatrização, sendo necessário identifica-la o mais precocemente possível e trata-lo imediatamente. Os antibióticos sistêmicos podem ser utilizados em combinação com curativos adequados e observação rigorosa da técnica asséptica no manuseio da ferida.
A infeção da ferida ocorre;
- Quando o número de micro-organismos excede o potencial de defesa do tecido local.
- Na presença de tecido necrótico em grande quantidade, como nas queimaduras ou em pacientes que se encontram em tratamento com drogas imunossupressoras.
- Pelo desenvolvimento de micro-organismos como os esporos ou pelo seu encapsulamento, sendo nosso organismo ambiente favorável.
- Por fonte de infecções endógenas (própria flora bacteriana normal do organismo que invade a ferida, causando a infecção) ou exógenas (originadas de cuidados inadequados da equipe de saúde).
- Por falta de higiene pessoal do paciente.
- Pela infecção cruzada que pode ser transmitida pela equipe de saúde ou por instrumentos cirúrgicos contaminados.
Micro-organismos mais frequentes em feridas infectadas;
- BACTERIAS AERÓBIAS; vivem e se multiplicam na presença de O2.
- STAPHYLOCOCUS AUREUS (COCOS GRAM-POSITIVOS); encontrados em infecção cirúrgicas e hospitalares.
- STAPHYLOCOCUS EPIDERMIDIS (COCOS GRAM-POSITIVOS); presentes na flora normal da pele.
- ESCBERICBIA COLI E PROTEUS SP. (BACILOS GRAM- NEGATIVOS); presentes no intestino de indivíduos saudáveis, podem ser responsáveis por infecções de ferida, provocadas pela saúde do conteúdo intestinal durante cirurgia ou pelo uso continuo de fraldas com fezes próximo do local da ferida.
Ao observar uma ferida, é necessário levar em consideração indicativos de risco, probabilidade ou processo infeccioso já instalado, avaliados por;
- SINAIS DE INFECÇÃO; são bastante frequentes, devendo ser detectados precocemente na verificação de pequenos sinais relacionados à bactéria causadora. Ocupam, geralmente, uma extensão em torno da ferida, alterando a temperatura da área (mais quente), em razão da presença de exsudato, com variação da cor de acordo com a bactéria instalada no local. Outras manifestações sistêmicas podem ocorrer pela febre e são normalmente tratadas com antibióticos.
- LOCALIZAÇÃO DA FERIDA; as feridas localizadas na cabeça e no pescoço tendem a apresentar maior sangramento. As feridas localizadas no abdome drenam em maior quantidade. O movimento e a deambulação precoce favorecem a recuperação de uma ferida, em razão da estimulação da circulação sanguínea, exceto nos casos de ulceras varicosas e plantares. Em pacientes idosos, as feridas no terço inferior das pernas tendem a ulcerar. As localizadas no abdome, nas coxas e nas nádegas são mais suscetíveis a infecções.
- DRENAGEM PRESENTE; se apresenta fluido claro, pode indicar uma deiscência da ferida; se houver liquido com odor fétido e purulento, pode indicar infecção. O exame bacteriológico auxiliara na identificação da bactéria.
- TECIDO NECROSADO; há presença de tecido necrosado principalmente nas lesões ulceradas, onde ocorre falta de suprimento sanguíneo; nesse caso, deve ser avaliada a necessidade de debridação. Nas úlceras plantares deve ser realizada a remoção das calosidades. O aumento do tecido necrótico favorece a manutenção de micro-organismo da infecção e dificulta o fechamento da lesão.
- CONDIÇÕES FÍSICAS DO PACIENTE; várias situações podem contribuir para maior risco ou maior probabilidade de desenvolver infecções;
- DESNUTRIÇÃO; a ferida, por falta de nutrientes para metabolizar energia, terá dificuldade em cicatrizar.
- DOENÇAS CIRCULATÓRIAS E DIABETES; são condições favoráveis para o crescimento de bactérias nas feridas
- MEDICAMENTOS, COMO CORTICOSTEROIDES; diminuem a resposta imunológica do paciente, que pode desenvolver infecção.
CICATRIZAÇÃO
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