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Analises de Algas

Por:   •  16/8/2015  •  Resenha  •  5.218 Palavras (21 Páginas)  •  316 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Na sociedade pós- industrial, um dos grandes setores da economia mundial que vem apresentando um grande índice positivo e constante de crescimento é o setor de serviços, principalmente o segmento relacionado ao turismo e a hotelaria (Gorini & Mendes, 2005, p. 111).

O emprego gerado por essa atividade, segundo Arbache (2001, p. 98) representa de 1% a 2% da população ocupada nos países em desenvolvimento. Diante dessa realidade de expansão do setor e seu potencial de geração de novos empregos, torna-se relevante investir na qualidade dos serviços prestados, visando ao alcance de posições competitivas, por meio do foco na qualificação e na valorização das pessoas, adotando-se modelos de gestão participativos e inovadores como preconizam as teorias organizacionais contemporâneas.

Segundo Ayres et al. (2004, p. 8), o setor de turismo desponta como um dos principais empregadores, oferecendo trabalhos registrados, a despeito da crescente informalidade dos vínculos que se observa e investindo na qualificação básica da sua mão-de-obra. Entretanto, demonstra ainda não ter despertado totalmente para a relevância da adoção de novas políticas e práticas nas relações de trabalho, como destacou Arbache (2001, p. 111), principalmente no ramo de hospitalidade, no qual se registram baixos salários, alta rotatividade, condições insalubres de trabalho, carga horária extensa e irregular e pouco ou nenhum investimento em sua QV.

Considerando que a atividade hoteleira apresenta um grande conhecimento em varias áreas, tanto na configuração do trabalho como em suas relações devido o fornecimento de hospedagem, alimentação, segurança, além de vários outros serviços, pode-se dizer que há uma necessidade de um maior conhecimento na gestão dos seus recursos humanos.

Reforçando a importância das pessoas nesse ramo de serviço, Guerrier (2000, p. 23), apresenta um modelo em que as empresas hoteleiras deverão centrar atividades, metas, estratégias e resultados na QV de seus colaboradores. Logo nota-se que o ramo hoteleiro, não existe ação empresarial sem a participação dos colaboradores, sendo que a qualidade dessas pessoas torna-se a própria qualidade do hotel.

Segundo Aragão & Paredes (2005, p. 102), diz que:

O conceito de QVT. no setor hoteleiro ganha aos poucos sua dimensão, com base em teorias administrativas que evoluem na medida em que valorizam o trabalhador como peça fundamental para a empresa, haja vista que as condições de trabalho nem sempre foram reconhecidas pelos empregadores como necessárias para o desenvolvimento do ambiente interno no qual os colaboradores desempenham suas funções. Dentre as teorias podemos mencionar a de Elton Mayo, Teoria das Relações Humanas, na qual se estuda o fator humano na organização em contraposição à Teoria Clássica trabalhada por Frederick Taylor no início do século XX, em que o trabalho é racionalizado com ênfase nas tarefas e em troca de salários e de recompensas. O funcionário era tratado como robô, com o intuito de aumentar a eficiência, gerando assim a maximização dos lucros. Hoje, compreende-se a urgência de se estabelecer formas de valorização do colaborador nas empresas como meio de aperfeiçoar sua QVT, olhando para o funcionário como alguém que possui necessidades sociais.

        

Assim podemos dizer que as empresas atualmente compreendem que as pessoas são diferentes, e portando, possuem necessidades diferentes e mudam com o tempo. Nesse contexto, o processo de melhoria de QVT é continuo e dinâmico. Em geral, para que as organizações obtenham o desempenho esperado de seus colaboradores, é necessário que compreendam que precisam tratá-los como querem que eles tratem os clientes (Gueiros & Oliveira, 2002, p. 03). Nesse sentido, Tolfo & Piccinini (2001, p. 166) referem: “são os colaboradores que possibilitam a vantagem competitiva nas organizações e faz-se necessária à implementação de ações que propiciem a QV”.

CAPITULO I

CONCEITO DE HOTELARIA

Empresa Hoteleira é segundo a Resolução Normativa 387/98 da Embratur (1998, p. 56) : a pessoa jurídica que explore ou administre meio de hospedagem e que tenha em seus objetivos sociais o exercício de atividade hoteleira. Ainda segundo a Resolução Normativa 387/98 da Embratur (1998, p. 56) hotel é o meio de hospedagem do tipo convencional e mais comum, normalmente localizado em perímetro urbano, e destinado a atender turistas, tanto em viagens de lazer quanto em viagens de negócios.

Para Castelli (2003, p. 250), hotel é a edificação com localização preferencialmente urbana que normalmente com vários pavimentos oferece hospedagem e alguma estrutura para lazer e negócios.

Para Medlik (2002, p. 222):

Um hotel é uma reunião de cinco fatores: a localização, as instalações, a imagem, o serviço e o preço. Na reunião de fatores, um hotel é um bem tangível capaz de proporcionar serviços intangíveis de forma única para cada tipo de cliente. Os cinco fatores, em conjunto, são capazes de fornecer os mais variados serviços aos mais diversos clientes.

Coutinho e Pereira (2007, p. 3) dizem que na hotelaria moderna tornou-se hábito identificar o segmento hotel como indústria hoteleira, no qual não se julga correta a identificação desse segmento porque a hotelaria não é industrializada. A título de ilustração, a hotelaria poderia ser chamada de indústria da hospedagem e serviços, pois ela disponibiliza alojamentos, alimentação, entretenimento e presta serviços.

  1. Qualidade de Vida no Trabalho

O termo QVT tem sido usado de forma genérica e engloba, segundo Silva & Tolfo (1999, p. 5), temas como motivação, satisfação, condições de trabalho, gerenciamento do stress e estilos de liderança. Essas autoras consideram QV como a preocupação com o bem-estar geral dos trabalhadores e sua saúde no desempenho de suas tarefas.

A QVT, conforme cita Rodrigues (1991, p. 18), é um modelo que surgiu na década de 50, na Inglaterra, a partir dos estudos de Eric Trist e colaboradores, do Tavistock Institute[1], pretendendo analisar a relação indivíduo-trabalho-organização. Esses pesquisadores desenvolveram uma abordagem sócio técnica da organização do trabalho, tendo como base a satisfação do trabalhador no trabalho e em relação a ele. No entanto, só a partir da década de 60, houve um novo impulso nos movimentos de QVT, sendo desenvolvidas inúmeras pesquisas sobre melhores formas de realizar o trabalho, enfocando aspectos da saúde e bem-estar geral dos trabalhadores. A QVT tem sido pesquisada em diversos países.

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