Cannabis Sativa
Por: Camillasimoes • 11/6/2018 • Artigo • 1.327 Palavras (6 Páginas) • 365 Visualizações
CANNABIS SATIVA
Um levantamento de estudos envolvendo a substância Cannabis em tratamentos medicinais.
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo, a partir de pesquisas bibliográficas, reafirmar a Cannabis como uma planta medicamentosa. Há duas substâncias químicas importantes na planta, o THC, que causa efeitos psicóticos nos seres vivos e o CBD que ao contrário do THC é uma substância antipsicótica. Devido às evidencias que comprovam seus efeitos medicinais, hoje é permitido em alguns lugares do mundo, sua utilização na farmacologia. Porém, o hábito de fumar a Cannabis não é muito indicado, devido aos danos que podem causar nos pulmões. Os resultados revelam que existem evidências benéficas na planta, mostrando um papel importante na redução de vários sintomas. Contudo, havendo ainda necessidades de obter maiores estudos a respeito.
Palavras-Chave: Cannabis; canabidiol; medicinal. INTRODUÇÃO
A Cannabis sativa vem sendo utilizada há séculos pela humanidade para fins medicinais, com registros de 2727 a.C. na farmacopeia chinesa (NORDQVIST, 2006). Na Índia, utilizava-se a Cannabis para curar prisão de ventre, dores menstruais e até mesmo malária, sendo assim uma das primeiras plantas a serem cultivadas. (KANE, 2015)
O objetivo deste trabalho é intensificar e mostrar pesquisas que comprovem a Cannabis como uma planta medicamentosa, passando por cima de todos os tabus. Segundo Lester Grinspoo 2014, a Cannabis será a maravilha do nosso tempo, como foi à penicilina no passado. Para isto, foi realizada uma revisão bibliográfica, a fim de provar que para determinados sintomas e condições médicas, ela pode ser útil, tratando várias enfermidades.
O artigo se divide em quatro seções, após a introdução, será apresentada a metodologia de pesquisa, expondo de que forma foram levantados os dados. Por conseguinte trata-se da análise e descrição de dados, seguida da ultima seção onde serão retratadas as considerações finais.
METODOLOGIA
Este estudo, objetiva, a partir de pesquisas bibliográficas, recolher as informações necessárias para o desenvolvimento da pesquisa em questão e a comprovação da planta como forma medicamentosa, a partir das mostras de dados.
A pesquisa Bibliográfica “[...] não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras”. (LAKATOS; MARCONI, 1991, p. 183)
Para a realização do trabalho, foi utilizado um conjunto de materiais científicos, onde foram apanhadas informações de alguns artigos (CRIPPA, J. A. et AL; BRUCKI, S. M. D. et al.; ARROIO, A.; SILVA, B. R.), revistas (SIDES, H. National Geographic Brasil), documentários (GUPTA, S. Weed), e até alguns sites direcionados ao tema abordado (PETTA, R. Redação Super).
ANÁLISE E DESCRIÇÃO DE DADOS
Com o objetivo de obter um panorama dos efeitos positivos que as substâncias canábicas podem causar, foi realizado um levantamento de dados, que justifique a planta como medicamentosa.
A Cannabis sativa possui mais de quatrocentos componentes, sendo que aproximadamente sessenta deles são componentes canabinóides (CRIPPA, 2005). Há duas substâncias químicas muito importantes na planta, a mais conhecida, chamada Tetraidrocanabinol (THC) e o Canabidiol (CBD). O THC se conecta ao cérebro, desencadeando diversas reações, como a habilidade de diminuir a dor, reduzindo a velocidade de transmissão de impulsos na espinha dorsal, tem características antioxidantes e causa também o aumento do apetite. Já o CBD ao contrário do THC é uma substância antipsicótica, possuindo propriedades anti-inflamatórias e anticonvulsivas (PETTA, 1995). Estudos recentes (GUZMÁN, et al) mostram que os canabinoídes podem retardar, ou até mesmo parar a metástase em alguns tipos de cânceres agressivos, fazendo com que as células cancerígenas parem a multiplicação e voltem para sua forma normal.
“[...] a Cannabis é transformadora em termos de bioquímica e de seus compostos. Transformadora em termos de impacto em muitos setores, incluindo a medicina, a agricultura e os biocombustíveis. Talvez até mesmo transforme parte de nossa dieta - a semente de cânhamo é conhecida por ser uma fonte acessível de um óleo rico em proteínas” (KANE, 2015).
São muitas as evidências que comprovam seus efeitos medicinais, devido a isso, hoje é permitido em alguns estados norte americano e em países como Holanda, Israel, Portugal, Canadá, recentemente o Uruguai, entre outros, a utilização dos canabinoides na farmacologia e em alívio de sintomas relacionados a tratamento de HIV, câncer, esclerose múltipla, síndrome de Dravet, síndrome de Tourette, dor neural crônica, glaucoma, síndrome do pânico, alívio de dores, febre, crise de asma, náuseas e vômitos e uma gama de outras condições. Mas, como todos os medicamentos, os canabinoides também têm seus efeitos colaterais, pois pode causar alteração de humor, risos fáceis, relaxamento, sentimento de fome, tempo de reação mais lento e consciência espacial distorcida. Já os efeitos do hábito de fumar a planta podem causar danos nos pulmões e pode conduzir a infecções no nariz e garganta. Devido a isto, o tabagismo para tratamentos medicinais não é muito recomendado, embora não haja nenhum registro de morte por uso excessivo. Sendo o remédio menos tóxico já registrado com potencial terapêutico para uma infinidade de doenças.
O Canabidiol é muito utilizado por paciente com síndromes epilépticas heterogêneas. Em 2012, a emissora de TV norte-americana CNN realizou um documentário sobre o uso medicinal
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