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Doenças Reumáticas e Infertilidade Masculina

Por:   •  9/11/2020  •  Dissertação  •  555 Palavras (3 Páginas)  •  189 Visualizações

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O que pode prejudicar a qualidade dos gametas (feminino e masculino)? Cite três exemplos.

Masculino: doenças reumáticas e infertilidade masculina

As doenças reumáticas podem causar disfunção nos gametas e originar a infertilidade. A atuação da doença provoca alterações no eixo hipotálamo-hipófise, que são secretam o hormônio gonadotropina, sendo assim, aumentam os hormônios da prolactina e origina o hipogonadismo (doença na qual as gônadas não produzem quantidades adequadas de hormônios, além disso, os testículos produzem quantidades insuficientes de espermatozóides).

O hipogonadismo é encontrado comumente em pacientes com artrite reumatóide (AR) e lúpus eritematoso sistêmico (LES). No estudo realizado por Eutília Andrade Medeiros Freire; Jamile de Castro Alves Nepomuceno; Inês de Oliveira Maia; Rozana Mesquita Ciconelli, coletaram o sêmen de quatro adolescentes do sexo masculino com LES para avaliar a função gonadal, analisaram os níveis de LH (hormônio luteinizante), FSH (hormônio folículo estimulante), testosterona, prolactina e antiesperma. As taxas de hormônios foram consideradas normais e os exames físicos também. Todos tiveram envolvimento com grave doença renal. Todos os pacientes apresentaram obtiveram resultados anormais do esperma durante a fase inicial e final do experimento (azoospermia, oligoastenoteratospermia ou teratospermia). Apesar de todos os pacientes possuírem uma genitália normal e atividade sexual ativa, a fertilidade deles pode estar diminuída, através das modificações espermáticas causadas por hipogonadismo.

CICONELLI, Rozana Mesquita. Doenças reumáticas e infertilidade masculina. Scielo, 2005. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0482-50042006000700004 >. Acesso em: 23 abr. 2020.

Feminino: Alterações no oócito

A endometriose é uma doença ginecológica benigna caracterizada pela presença de glândulas endometriais e estroma fora da cavidade uterina, ocorre quase exclusivamente em mulheres de idade fértil. Estatisticamente, cerca de 30 a 50% das mulheres com endometriose são inférteis e 25 a 50% das mulheres inférteis tem endometriose. No estudo feito por Michele Gomes da Broi ; Paula Andrea de Albuquerque Salles Navarro; Rui Alberto Ferriani e Flavio Vieira Meirelles, coletaram fluído folicular de 22 mulheres inférteis (11 com endometriose leve e 11 com infertilidade por fator tubário e/ou masculino), utilizaram oócitos bovinos imaturos que foram submetidos à maturação in vitro sem adição de fluido folicular e com 4 concentrações (1%, 5%, 10%, e 15%) de duas amostras de fluido folicular (uma de paciente com endometriose e outra de paciente sem endometriose). Foi constatada maior porcentagem de anormalidade de oócitos em meiose ll (fuso normal e cromossomos desalinhados, fuso anormal e cromossomos desalinhados, fuso anormal e cromossomos alinhados) naqueles maturados com fluído folicular de pacientes com endometriose (1%: 55,56%, 5%: 63,26%, 10%: 54,54%, 15%: 48,84%) quando comparados com oócitos maturados com fluído folicular de pacientes controles (1%: 19,15%, 5%: 23,44%, 10%: 25%, 15%: 23,81%) e oócitos maturados sem fluido (23,53%), não há diferença entre as concentrações testadas em cada grupo. De acordo com os resultados pode-se concluir que oócitos bovinos maturados

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