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O CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

Por:   •  11/4/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  939 Palavras (4 Páginas)  •  360 Visualizações

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CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

O câncer do colo uterino é um tumor que acomete a porção inferior do útero, chamada colo. Esse câncer tem uma alta incidência na população feminina, e no mundo ocupa o segundo lugar dos cânceres femininos, só perdendo para a neoplasia mamária. No Brasil, está em terceiro lugar, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, em 2014 perdeu somente para o de mama e intestino, com taxa de incidência de 15 novos casos em 100.000 mulheres ao ano. A mortalidade pode chegar a até 5 casos em 100.00 ao ano.

Dessa forma, é que se pensou em desenvolver o presente projeto de intervenção, com o intuito de informar a população feminina acerca desta doença. Sendo que, o câncer do colo de útero é um sério problema de saúde pública, devido aos altos índices de morte. É de grande importância o acompanhamento médico para saber como anda a saúde da mulher.

Portanto, este trabalho tem o objetivo de contribuir para a melhoria da adesão das mulheres à realização do exame Papanicolau e contribuir com ações educativas para a prevenção dessa neoplasia.

O câncer de colo de útero é um tipo de tumor que apresenta uma história longa, desde suas lesões iniciais até atingir o câncer, com cerca de 10 a 20 anos. Neste tipo de câncer ocorre o aparecimento de lesões com destruição ou formação de tumor, que tem como extensão direta a vagina, paramétrios (tecidos ao redor do colo), bexiga e reto(DEZEM; SAMPAR, 2006).

Uma vez que o estudo do fragmento (biópsia) confirme o diagnóstico de câncer invasor do colo do útero, a paciente é estadiada, isto é, examinada completamente e também submetida a diversos exames laboratoriais para verificar o quanto o tumor se espalhou pelo corpo. Dentre estes exames ressaltamos: ultrassonografia transvaginal e de abdômen total, citoscopia (avaliação do interior da bexiga), retossigmóidoscopia (avaliação do interior do intestino baixo), urografia excretora (injeção de contraste pelos rins), tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética e RX do tórax.

Se diagnosticado precocemente, principalmente nas lesões iniciais ou pré-cancerosas pode ser curado em 100% dos casos. Já nas fases mais avançadas, se o tumor cresceu para regiões além do colo de útero, o prognóstico se torna reservado, com risco de sofrimento acentuado por dores, hemorragias, comprometimento renal e até a morte.

3.2 As lesões causadas pelo papilomavírus humano (HPV)

O agente etiológico é o papilomavírus humano (HPV). A mulher adquire este vírus no início da vida sexual, muitas vezes na adolescência, e em decorrência de fatores imunológicos da mulher e à própria agressividade do agente, a infecção se torna persistente, ocasionando lesões pré-cancerosas no colo uterino. Se a condição imunológica for ruim e o tipo do HPV agressivo, ou o tratamento recomendado não for aplicado, essas lesões podem progredir para o câncer.

Os fatores de risco para a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e consequentemente para as lesões pré-cancerosas e o câncer estão associados ao comportamento sexual, hábitos de vida e algumas doenças. Dentre eles são citados: início sexual precoce, multiplicidade de parceiros sexuais, fumo, imunossupressão, desnutrição, uso de contraceptivos hormonais, baixo nível socioeconômico e infecção por Chlamydia trachomati.

As lesões pré-cancerosas provocadas pelos vírus cancerígenos no colo uterino são chamadas de neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC). Estas são divididas em 3 graus: I, II e III. A NIC I representa lesão com comportamento benigno e em geral não requer tratamento, pois regride espontaneamente, na maioria das vezes. A NIC II, considerada de gravidade intermediária, em adolescentes tem comportamento benigno com altas taxas de regressão. Já na mulher com mais idade, em geral, a partir dos 24 anos requer tratamento que pode ser por destruição (cauterização ou vaporização) ou retirada (excisão). A NIC III é a real ferida precursora do câncer e requer sempre tratamento, por excisão. As taxas de cura são altas, com baixo risco de reversão.

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