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O Período Devoniano ficou conhecido como a Era dos Peixes

Por:   •  18/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  7.450 Palavras (30 Páginas)  •  379 Visualizações

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Introdução

Peixes

Origem

Há mais de 540 milhões de anos, existiram os conodontes, grupo semelhante aos ágnatos. Os conodontes possuíam corpo alongado e, assim como os ágnatos, não apresentavam maxila. Outro grupo de peixes, extinto há mais de 500 milhões de anos, os ostracodermos também possuíam semelhanças com os ágnatos. Eles foram suplantados pelos placodermos, que já apresentavam maxilas. Ambos os grupos também possuíam notocorda, embora ainda não tivessem espinha dorsal e, por isso, eram mais ágeis que outros invertebrados aquáticos.

Desenvolvimento evolutivo

O período Devoniano (entre 416 milhões e 359 milhões de anos atrás) ficou conhecido como a Era dos Peixes, devido ao grande número de fósseis encontrados desses animais. No período seguinte – Carbonífero, os placodermos desapareceram e os peixes com nadadeiras raiadas passaram a dominar. A partir de ancestrais sarcopterígeos, surgiriam os primeiros anfíbios, que são também os primeiros vertebrados tetrápodes.

Características das principais classes

Agnatha ou Cyclostomata

Os ágnatos ou ciclostomados não formam um grupo monofilético. Recebem esses nomes por não possuírem maxila (a = não; gnáthos = maxila) e terem a boca circular (cyclo = círculo; stoma = boca). Todos os demais craniados apresentam maxila e por isso são chamados gnatostomados.

Os ágnatos possuem nadadeiras pouco desenvolvidas, todas ímpares: dorsal, caudal e anal. O encéfalo é simples e o endoesqueleto é cartilaginoso, com crânio rudimentar. Os ágnatos também não possuem escamas. Eles foram abundantes nos mares de eras geológicas passadas, mas na fauna atual estão representadas por apenas dois grupos: o das feiticeiras, com 14 espécies, e o das lampreias, com 41 espécies.

As feiticeiras podem atingir cerca de 1m de comprimento. São exclusivamente marinhas e vivem a mais de 25m de profundidade. Carnívoras, alimentam-se principalmente de pequenos poliquetas, crustáceos e peixes moribundos. Sua boca, rodeada de seis tentáculos, é reduzida e com dentes pequenos usados para arrancar pedaços do corpo da presa.

As feiticeiras são animais hermafroditas, mas geralmente só o ovário ou só o testículo é funcional em um indivíduo. Não se sabe ainda como ocorre a fecundação; os ovos, dos quais eclodem indivíduos jovens, são encontrados fixos no fundo do mar. As feiticeiras não passam por estágio larval: seu desenvolvimento é direto.

As lampreias são principalmente ectoparasitas de peixes, golfinhos e baleias. Chegam a medir 1m de comprimento e possuem, além do crânio pouco desenvolvido, vértebras rudimentares. Ocorrem tanto no mar quanto em água doce de regiões temperadas. Possuem a boca ampla, com numerosos dentes córneos com os quais elas se fixam na pele de outros animais. A língua também apresenta dentículos córneas, usados para dilacerar a pele da vítima. As lampreias alimentam-se de fluidos do corpo de seus hospedeiros, debilitando-os, embora geralmente não os matem.

São espécies de sexos separados. Na época da reprodução, tanto as espécies marinhas quanto as de água doce sobem os rios à procura de águas claras e rasas. A fecundação é externa e após a eliminação dos gametas os adultos morrem. Do ovo surge uma larva que recebe o nome de amocete.

Essas larvas são muito diferentes dos adultos. Medem entre 6 e 10mm de comprimento e assim que abandonam o ovo são conduzidas pela correnteza rio abaixo, onde se instalam em poças de águas calmas, enterrando-se no lodo. Permanecem dessa forma de 3 e 7 anos, coo filtradores sedentários. Chegam até cerca de 10cm de comprimento e, então, sofrem metamorfose. Migram para os lagos ou mares (dependendo da espécie), onde passam a vida adulta como ectoparasitas. A fase adulta é curta, geralmente não ultrapassa 2 anos.

Chondrichthyes – peixes cartilaginosos

Duas importantes inovações que aconteceram durante a história evolutiva dos vertebrados foram o surgimento da maxila e das nadadeiras pares. O surgimento da maxila propiciou aos primeiros gnatostomados aproveitar uma nova fonte de alimentos, pois passaram a conseguir arrancar com eficiência grandes pedaços do corpo de outros animais maiores. Essa novidade evolutiva trouxe vantagens em relação ao modo mais restrito de obtenção de alimento verificado nos ágnatos.

Como vimos, há ágnatos filtradores, ectoparasita, ou que se alimentam de pequenos alimentos. Eles são pouco ativos, possuem corpo alongado, e os três tipos de nadadeiras, a dorsal, a caudal e o anal, são pouco desenvolvidos.

A função lomotoro dos primeiros gnatostomados foi aprimorada em relação à dos ágnatos com o surgimento das nadadeiras pares: o par peitoral e o par pélvico. Além disso, a nanadeira caudal ficou maior, o que promoveu o aumento da cauda, propiciando melhor eficiência na propulsão do corpo. Esses animais tonarem-se, assim, bons nadadores, capazes de se deslocar com agilidade e rapidez na água, o que trouxe vantagens ao hábito predador ativo.

O primeiro grupo de vertebrados a apresentar essas características foi o dos condrictes ou Chondrichthyes (condri = cartilagem, ictio = peixe). Nos condrictes, o crânio, as vértebras e o restante do esqueleto são bem desenvolvidos. Eles podem ser classificados em dois grupos:

  • Elasmobranchii (elasmobrânquios) ou Selachii (seláquios): possuem fendas branquiais não protegidas por opérculo e corpo recoberto por escamas chamadas placoides. Estão representados por tubarões e arraias. É o maior grupo dentre os condrictes.
  • Holocephali (holocéfalos): representado pelas quimeras, que chegam a medir 1m de comprimento; vivem em águas oceânicas frias, entre 80 e 1800 metros de profundidade; possuem brânquias protegidas por opérculo membranoso. Não possuem escamas. A cauda é longa e flexível e os olhos, muito grandes.

As escamas dos elasmobrânquios diferem das que ocorrem nos peixes ósseos. Nestes as escamas são de origem dérmica, enquanto nos elasmobrânquios são de origem dermoepidérmica, com estrutura semelhante ao dente. Cada uma delas é formada por um espinho voltado para a região posterior do corpo e uma placa basal situada na derme. A forma e a disposição das escamas no corpo desses animais reduzem a turbulência da água ao redor do animal, aumentando a eficiência do nado.

Os elasmobrânquios atuais apresentam um prolongamento da região anterior da cabeça e a boca é transversal, sendo posicionada ventralmente. Apesar dessa posição ventral da boca, esses animais conseguem morder e arrancar grandes pedaços do corpo das presas, pois seu arco maxilar está frouxamente ligado ao crânio, possibilitando movimentar as maxilas para a frente. Seus dentes são pontiagudos e ocorrem em fileiras que se movem de modo gradual para a parte frontal da boca à medida que os dentes da frente vão sendo perdidos.

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