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O Sistema Renal

Por:   •  8/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  10.907 Palavras (44 Páginas)  •  824 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Nossas células ficam imersas em ambiente aquoso, que é, provavelmente, de composição semelhante à do mar primordial, onde a vida se originou. A constância desse "ambiente interno" de líquido extracelular é um requisito para a vida, e o processo de manutenção dessa constância é chamado de homeostasia.

Os rins, junto com os pulmões, são órgãos de maior importância, para assegurar a composição química constante de nosso líquido extracelular.

Funcionam como filtros altamente seletivos sendo responsáveis por limpar o sangue das impurezas do corpo. Caso não funcionem corretamente, as impurezas se acumulam  a pessoa ficará intoxicada pela uréia e demais substâncias tóxicas que seu próprio metabolismo produziu (endógenas) ou que a pessoa internalizou (exógenas) como remédio, drogas ou agrotóxicos.

Mas além da sua função vital de eliminar substâncias tóxicas, os rins também desempenham muitas outras funções. Sua importância pode ser avaliada pelo fato de eles receberem 1/5 do débito cardíaco de sangue, isto é, 1 litro a cada minuto.

E, devido ao fato de passar pelo sistema renal todos os líquidos corporais, seu bom ou mau desempenho pode afetar, sem exceção, todos os demais órgãos e sistemas do organismo.

Porém, a real importância dos rins só é vista nas pessoas cujos rins pararam de funcionar e que dependem das máquinas de diálise para manter a composição de sangue. O rim pode ser atingindo por doença de origem imunológica, inflamatória, infecciosa, neoplásica, degenerativa, congênita e hereditária.

Existem diversos sinais de alerta que devem ser observados durante a anamnese e o exame físico do paciente dentre eles podemos destacar as dores lombares, alterações no aspecto da urina, palidez constante, aumento da pressão arterial.

É grande o número de pessoas que sofrem de doença renal no Brasil. Existem cerca de 60 mil pacientes em programas de tratamento de diálise.

O enfermeiro exerce um papel indispensável na assistência humanizada e de forma sistemática ao paciente em tratamento dialítico, no diagnóstico precoce através da observação, na tentativa de minimizar os riscos existentes e contribuir também com o trabalho da equipe multiprofissional. Podendo assim, oferecer uma melhor qualidade de sobrevida do paciente renal crônico e vincular sua família ao tratamento domiciliar no que diz respeito à orientação e treinamento para facilitar a adequação durante o tratamento.

2 OBJETIVO

2.1 Objetivo Geral:

  • Abordar os aspecto  do sistema renal

2.2 Objetivos Específicos:

  • Descrever a anatomia do sistema renal;
  • Relatar a fisiologia do sistema renal;
  • Destacar as fisiopatologias do sistema renal;
  • Descrever o exame físico e os achados clínicos desse sistema.

3 JUSTIFICATIVA

Trata-se um trabalho proposto para composição de nota da disciplina Semiologia do 3º Período do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

A semiologia pode ser considerada a base para o enfermeiro em sua assistência, é extremamente importante que este, quanto profissional, esteja apto a avaliar um paciente em todos os âmbitos e a encontrar possíveis indícios diante de uma anamnese a fim de se obter um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.

É importante conhecer as características e o funcionamento dos rins para se ter uma idéia do que são as doenças renais, como detectá-las, como evitá-las e como tratá-las.

4 ANATOMIA DO SISTEMA RENAL

O Sistema renal é formado por dois órgãos denominados de rins, os quais realizam a função de filtração do sangue, recolhendo resíduos metabólicos de todas as células do corpo, como também exerce á função de excreção.

   Este órgão é dotado de um sistema de tubos condutores do produto final deste filtrado, que é a urina, o que chamamos de vias urinárias, que são compostas por: pelve renal, ureteres, bexiga urinária e uretra.

   A urina produzida pelos rins é o veículo no qual este aparelho controla a eliminação de água, sais minerais, íons, resíduos metabólicos, enfim, substâncias que em excesso causam um desequilíbrio fisiológico em nosso organismo.

4.1 RIM

  Os rins são um par de órgãos, castanho-avermelhados, localizados no plano retro peritoneal, sobre a parede posterior do abdômen, desde a 12ª vértebra torácica à 3ª vértebra lombar no adulto.  

 O rim de um adulto mede aproximadamente 12 cm de comprimento, com 6 cm de largura, e 2,5 cm de espessura, pesando de 120 a 170 g.

 Os rins estão situados à direita e à esquerda da coluna vertebral, tendo o direito uma posição inferior em relação ao esquerdo, em virtude da presença do fígado à direita. Tem a forma de um grão de feijão, apresentando duas faces, anterior e posterior, e duas margens, medial e lateral. Suas duas extremidades, superior e inferior, são denominadas pólos e sobre o pólo superior situa-se a glândula supra-renal, pertencente ao sistema endócrino.

  São recobertos pelo peritônio e circundados por um tecido areolar frouxo, que é uma delaminação especial da fáscia subserosa denominada fáscia renal (anterior e posterior) e por uma massa de tecido adiposo denominada gordura perirrenal.

  O rim se subdivide em duas regiões distintas: o parênquima renal e a pelve renal. O parênquima renal é dividido em córtex e medula.

  A medula está localizada abaixo do córtex e consistem de várias estruturas triangulares denominadas pirâmides renais. As pirâmides estão orientadas de maneira que suas bases amplas se encontram revestidas pelo córtex e seus ápices, chamados de papilas renais, seguem em direção à pelve renal.

  O hilo ou pelve é a porção côncava do rim, através da qual a artéria renal entra nesse órgão e a veia renal dele sai. A artéria renal (originando-se a 13 partir da aorta abdominal) divide-se em vasos cada vez menores, formando, mais adiante, a arteríola aferente. A arteríola aferente ramifica-se para formar o glomérulo. O sangue deixa o glomérulo através da arteríola eferente e flui de volta para a veia cava inferior através de uma rede de capilares e veias.

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