O que é o câncer e o que desencadeia seu desenvolvimento na célula?
Por: Laura Bio Ritimo • 31/5/2019 • Trabalho acadêmico • 1.226 Palavras (5 Páginas) • 525 Visualizações
APS/MAIO 2019
Profa. Laura Scatena
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Patricia Dos Santos – RA 732080 – Turma 031201A03
O câncer
Introdução
As células cancerosas violam as regras mais básicas de comportamento pelas quais os organismos multicelulares são construídos e mantidos, e exploram todos os tipos de oportunidades para fazê-lo. Afinal o que é o câncer?
O que é o câncer e o que desencadeia seu desenvolvimento na célula?
O câncer é basicamente uma doença causada por divisão celular descontrolada, seu desenvolvimento e progressão estão normalmente ligados a uma série de alterações na atividade dos reguladores do ciclo celular.
O câncer surge de uma única celular que sofreu mutação, multiplicou-se por mitoses e suas descendentes foram acumulando outras mutações que se foram somando, até darem origem a uma célula cancerosa em consequência da ação conjunta dessas mutações. O acúmulo de mutações por uma célula e suas descendentes é um processo lento, e isso, provavelmente explica a maior incidência de câncer nas pessoas idosas.
As células cancerosas são definidas por duas propriedades hereditárias: reproduzem-se desobedecendo aos limites normais da divisão celular e invadem e colonizam regiões normalmente destinadas a outras células. É a combinação dessas duas atividades que faz com que o câncer seja particularmente perigoso. Uma célula anormal que cresce (aumenta de massa) e prolifera (divide-se) fora de controle e dará origem a um tumor, ou neoplasia, literalmente, crescimento novo. Entretanto, desde que as células não se tornem invasivas, o tumor é considerado benigno. Normalmente neste estágio, é possível haver remissão completa pela destruição ou remoção cirúrgica da massa tecidual localizada.
Quais comportamentos diferenciam uma célula normal de uma célula cancerosa?
São vários fatores que diferenciam uma célula normal de uma célula cancerígena. Uma célula cancerosa comportam-se de forma diferentes das células normais em nosso corpo, elas podem se multiplicar-se em cultura, sem que sejam adicionadas fatores de crescimento ou sinais de proteína que estimulam o crescimento, já as células normais necessitam de fatores de crescimento para crescer em cultura.
As cancerosas podem fabricar seus próprios fatores de crescimento, elas ignoram os sinais que deveriam leva-la a interromper sua divisão, continuam se dividindo e se empilhando umas sobre as outras em camadas irregulares, elas tem imortalidade replicativa, elas não se submetem a apoptose.
No organismo saudável, o ciclo de proliferação celular é rigorosamente controlado para que as células constituam comunidades organizadas. As células que constituem o corpo dos organismos multicelulares formam uma comunidade de tecidos altamente organizados e regulados por controles internos e externos ao tecido, como hormônios e fatores de crescimento. Um controle rígido sobre a proliferação celular também é exercido nos órgãos que no organismo adulto se regeneram após uma lesão. As células se multiplicam apenas o suficiente para reconstituírem o órgão com aproximadamente o mesmo tamanho que apresentava antes.
As células normais passam por mitose e fazem copias perfeitas de si mesma, se houver uma super lotação elas irão perceber essa super lotação e elas mesmas irão parar de crescer, acontecerá a inibição por contato, mas logo voltarão a crescer novamente, pode ser que alguma delas sofra algum defeito, elas mesmo irão se destruir e abrirão caminho para outras células saudáveis, esse acontecimento é chamado de apoptose. E quando essa célula deformada não se destroem, quando ela não reconhece que esta está defeituosa elas vão se reproduzir e vão levar adiante esse defeito pois a mutação está em seu DNA, então através da mitose elas replicarão células idênticas e invadirão outros tecidos coisas que as celular normais não fazem devido elas terem entre elas limites de áreas que irão ocupar.
Oncogenes
Os oncogenes codificam proteínas que promovem a perda do controle sobre o risco mitótico e levam as células a se tornarem cancerosas. Esses genes resultam de mutações somáticas, são dominantes, ao contrário dos genes supressores, que são recessivos e não são hereditários. Mutação somática é um defeito no DNA de célula somática durante a vida do individuo. Nas doenças hereditárias, o defeito está no DNA dos zigotos. Os oncogenes não causam predisposição para o câncer, mas sim o próprio câncer. Seus equivalentes normais, os proto-oncogenes, têm papel importante no desenvolvimento embrionário, ativando a proliferação das células do embrião e do feto, nos momentos corretos, para que se forme um organismo normal. Desempenham também importante papel na regeneração dos tecidos destruídos por acidente ou doença. Quando atuam nos momentos certos e de modo controlado, esses genes são chamados proto-oncogenes.
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