OS ASPECTOS FENOMENOLÓGICOS DA INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA PRECOCE PARA DESIGNAÇÃO DE UM GÊNERO EM PESSOAS INTERSEXO
Por: myrelaribeiro • 23/6/2022 • Trabalho acadêmico • 1.264 Palavras (6 Páginas) • 139 Visualizações
ASPECTOS FENOMENOLÓGICOS DA INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA PRECOCE PARA DESIGNAÇÃO DE UM GÊNERO EM PESSOAS INTERSEXO
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Intersexualidade é um termo utilizado para se referir a pessoas que nasceram com disfunção sexual que não se conforma com as características tradicionais e distintas dos corpos masculino e feminino, e tais diferenças podem ocorrer em seus genitais, gônadas e até mesmo padrões genéticos e cromossômicos. A Intersex Society of North America (2020) define a relação sexual da seguinte forma: Intersexo é um termo comum usado em uma variedade de contextos em que uma pessoa nasce com um corpo reprodutivo ou sexual invisível que está de acordo com a definição geral de uma mulher ou masculino.
Há uma tendência a entender o fenômeno da heterossexualidade como uma condição congênita e só isso, porém, é importante ressaltar que isso não é suficiente. A literatura médica recente tem demonstrado e demonstrado que o conceito de heterossexualidade pode ocorrer no nascimento, durante a puberdade e até mesmo após a morte. Nesses termos, muitas vezes nos referimos ao sexo oposto como condição de nascimento, em nascimento, por analogia. Como vimos, a anatomia do sexo oposto nem sempre é revelada após o nascimento, às vezes o sexo oposto só aparecerá durante a puberdade, quando uma pessoa está passando por infertilidade ou mesmo ao morrer, por exemplo, ao realizar uma autópsia. processo. Em conclusão, algumas pessoas vivem e morrem com anatomia intersexual sem que ninguém (incluindo eles) perceba (AMERICAN INTERSEXUAL SOCIETY, 2020).
Podemos distinguir como intersexuais aqueles que, diante de expectativas e tratamentos oriundos de culturas bissexuais, sofrem de uma visão em seus corpos de progressão social, mesmo antes do nascimento, pois, como se verá, estudos de heterossexualidade relatam patologia prévia mesmo entre exames de rotina. como a ultrassonografia, ou o pré-natal para transgêneros, por exemplo, que mostra, segundo Judith Butler (2002), que sexo é sexual, ou seja. Desta forma, a opinião pública. corpo e sexo são desenvolvidos antes do nascimento. Nesse sentido, entende-se por pessoas do sexo oposto aquelas que carregam em seus corpos uma variedade de genes (seja genéticos, cromossômicos, hormonais, entre outros) que não se enquadram nas definições médicas normais de corpos femininos e femininos e corpos masculinos e femininos; ao contrário das pessoas heterossexuais, sua identidade de gênero não reflete a satisfação da categoria sexual definida ao nascer e não tem relação com a necessidade de intervenção em sua fisionomia física, como muitas vezes se pensa.
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina organizou, em 2003, uma decisão número um. 1664, que começou a tratar uma criança nascida com intersexo como uma emergência médica. Recomenda em seu artigo 2º uma decisão de que pacientes com diversidade de orientação sexual devem ser tranquilizados por meio de investigações preliminares para fins de definição de gênero adequada e tratamento oportuno. Como se vê, os nomes dos dispositivos citados acima são completamente inconsistentes, no que diz respeito ao andamento da investigação, ao contrário, dificultando a adaptação ao gênero, pois, como já mencionado, ele cresce ao longo da vida. homem não por seu nascimento.
Se tal proposta preconiza a intervenção precoce, antes dos 24 meses de idade, pretende-se facilitar a formação de uma identidade sexual satisfatória, decorrente da percepção do corpo da criança. No entanto, alguns pacientes relatam que não se adaptaram e rejeitaram o sexo atribuído ao nascimento, apoiando uma abordagem de tratamento que incentiva o adiamento da intervenção até que um tópico menor possa participar (Diamond, 1999).
Na exposição de motivos da Resolução CFM nº. 1.664/2003 afirma: Uma das questões mais polêmicas relacionadas à intervenção infantil é o comportamento de recém-nascidos com genitais inexplicáveis. Ninguém pode garantir que, apesar das idéias muito inteligentes, a descrição sexual bêbada dessa pessoa seguirá o que foi decidido cedo em sua vida. E não é raro ser feito, em casos excepcionais, que a definição sexual só pode ser feita nos últimos anos. Sempre haverá a possibilidade de uma pessoa não seguir o sexo descrito nele, não importa quão rigoroso seja o objetivo. Por outro lado, uma explicação prematura, mas inadequada, pode ser desastrosa.
Por outro lado, um olhar mais atento a essas duas propostas de gestão, que enfatizam a intervenção precoce ou o atraso, revela uma fraca combinação de diálogo sobre identidade de gênero, como vem sendo estudado pelas mais importantes teorias do desenvolvimento humano. Ao supervalorizar as intervenções cirúrgicas, tal tratamento assume uma perspectiva desenvolvimentista baseada unicamente na teoria da sequência de eventos e do tempo biológico, reduzindo o significado de outras dimensões semelhantes àquelas ligadas à aviação imaginativa, social e cultural (Santos & Araujo, 2003).
A fala como comunicação social reforça a ideia de que ela é produzida em relação às relações de poder. A fala combina a verdade e, como o poder, produz conhecimento, ou seja, produz o sexo oposto, assim como produz lições extraordinárias.
Ao tratar da gravidez do discurso em Foucault, talvez a maior dificuldade que surgiria fosse que ele se recusou em seus escritos originais a separar as diferentes categorias de pensamento, além disso, ele nos mostrou que não há mudanças históricas, temas ou fenômenos naturais. Ao contrário, nele, qualquer objeto, em sua administração, permanece nas condições precisas de tempo e lugar e é inseparável das pessoas jurídicas que se formaram e construíram, nomearam e se tornaram "coisa falada", englobando todas as variações possíveis, em um determinado lugar e período histórico.
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