OS FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER NA ATUALIDADE

1 O CÂNCER NOS CENTROS URBANOS

1.1 OS FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER NA ATUALIDADE

O câncer é uma doença genética, porém não necessariamente hereditária. A maioria dos casos, cerca de 80%, estão na verdade relacionados a fatores de risco, que podem ser ambientais ou causados por hábitos e estilo de vida do indivíduo afetado pela doença.

Existem diversos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer, os principais que podem ser citados são o tabagismo, má alimentação e sedentarismo e exposição à radiação ultravioleta (exposição ao sol). O tabagismo ainda é a causa predominante no desenvolvimento do câncer nos grandes centros urbanos.

Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, é notável o grande número de casos de neoplasias malignas, as com maior incidência nessa região são o câncer de pulmão, colón e reto, colo de útero, estomago, mama e pele não melanoma. Desses 6 tipos de câncer, 4 são causados por maus hábitos do indivíduo afetado e poderiam ser evitados com prevenção.

O estilo de vida nas cidades faz com que seja comum os maus hábitos que podem favorecer o desenvolvimento de algum tipo de tumor, os indivíduos afetados normalmente se alimentam mal, são fumantes e sofrem algum tipo de exposição à solar.

Deveria haver mais investimentos em campanhas de conscientização em relação a esses fatores de risco e também melhorias nos sistemas de diagnostico para que a doença seja detectada ainda em suas fases iniciais quando existe uma maior possiblidade de cura.

1.2 A IMPORTÂNCIA DO CÂNCER

   

O câncer é uma doença extremamente séria, é tratado como sentença de morte e dor, pela maior parte da população, esse estigma é dado por que a doença em grande parte dos casos é detectada em estágios avançados e com pequenas chances de cura, a dificuldade do diagnóstico é que a doença leva vários anos até que forme uma massa detectável e é um processo com muitas fases antes de se tornar um tumor, os estágios de desenvolvimento são:

● Estágio de iniciação: é o primeiro estágio da carcinogênese onde acontece o efeito dos agentes cancerígenos, provocando a alteração de alguns de seus genes, nessa fase não é possível a detecção da doença (INCA).

● Estagio de promoção: é o segundo estágio da carcinogênese, é quando as células geneticamente alteradas são transformadas em células malignas é necessário um contato longo e continuo com o agente cancerígeno^[1] promotor, a suspenção do contato pode interromper o processo nesse estágio (INCA).

● Estagio de progressão: é o terceiro e último estágio e irreversível das células alteradas, nesse estágio o câncer já está instalado e evoluindo até as primeiras manifestações clinicas da doença (INCA).

A definição cientifica de câncer é uma doença que apresenta um crescimento desordenado e maligno de células que invadem os tecidos e órgãos (INCA).

1.3 SISTEMA DE SAÚDE E O CÂNCER

O câncer é uma questão de saúde pública e deve ser tratado como um problema grande, no Brasil o câncer ocupa a segunda posição no ranking de mortalidade por causas definidas (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2014).

A importância da pesquisa sobre o câncer é o aumento do número de casos de neoplasias malignas, o que torna necessário a conscientização e o desenvolvimento de novos métodos de diagnostico mais precisos e também criar tratamentos que melhorem a qualidade de vida de pessoas afetadas pelo câncer, tendo em vista a agressividade dos tratamentos existentes.

No Brasil existe o Instituto Nacional do Câncer (INCA) que é o órgão responsável pela criação de programas e ações destinadas ao controle do câncer.

Um dos principais programas lançados pelo INCA foi o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, que propunha o cuidado para além da tradicional atenção ao ciclo gravídico-puerperal. Em suas bases programáticas, é destacada a prevenção dos cânceres do colo do útero e da mama, lançado em 1984 e foi o pioneiro nessa questão

A escolha do tema levou em conta que existe a necessidade da criação de novos projetos que se enquadrem no período atual do país e nas estatísticas sobre o câncer, visando informar a população sobre os riscos do tabagismo, do sedentarismo e má alimentação e sobre a exposição a radiação solar, que são as principais causas de câncer na atualidade.

1.4 O ESTILO DE VIDA E SUA INFLUÊNCIA NO CÂNCER

1.4.1 A EXPECTATIVA DE VIDA

Há alguns séculos atrás a expectativa de vida era baixa fazendo com que casos da doença fossem bem menos frequentes do que na atualidade, mas com o aumento do tempo de vida das pessoas, aumentou também o tempo para o desenvolvimento da doença, elevando também o número de casos de câncer. Nas primeiras décadas do século XIX a expectativa de vida era em média de 33 anos, nos anos 2000 quase chegou a 80 anos.

O perfil dos pacientes afetados pelo câncer em sua maioria são pessoas com idade mínima e máxima entre 29 a 87 anos para o sexo feminino, no sexo masculino a idade mínima correspondeu a 31 e a máxima 88 anos de idade, juntando o envelhecimento aos fatores de risco já citados justifica também a elevação no número de casos de câncer em indivíduos mais jovens.

1.5 TABAGISMO

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a maior causa de morte evitável em todo o mundo, o cigarro além do câncer é responsável pelo desenvolvimento de mais de 50 doenças. A OMS estima que por ano 4,9 milhões (mais de 10 mil por dia) morrem em decorrência de complicações causadas pelo tabagismo. O cigarro contém cerca de 4.720 substâncias tóxicas ao organismo humano, 70 dessas substâncias são agentes cancerígenos comprovados.

De acordo com as estimativas do INCA, mais de 80% dos novos casos de câncer estão diretamente relacionados ao tabagismo, além do câncer de pulmão esse vício pode ser responsável pelo desenvolvimento do câncer de boca, laringe e faringe e esôfago. Um dos problemas do tabagismo é que ele não afeta somente o fumante, mas também as pessoas próximas a ele que passam a ser fumantes passivos e aumentando seus riscos de desenvolver câncer.