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Por:   •  26/9/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.717 Palavras (7 Páginas)  •  448 Visualizações

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Giuliana Muniz Curso: biomedicina Pedro Nozari

Disfunções Temporomandibulares e Dor Orofacial

As disfunções temporomandibulares e Dores orofaciais são condições dolorosas caracterizadas por um quadro agudo ou principalmente crônico, abrangendo grande parte da população, e em sua maioria, mulheres. Musculatura mastigatória, região da ATM e cervical compõem as estruturas envolvidas; sendo classificadas como de origem muscular e articular. Dentre os principais sinais e sintomas das disfunções da ATM, para autores como Favero (1999), Costa et al. (2004), e Molina et al. (2001), se encontram, dores nos músculos da mastigação ou na ATM, ruídos articulares, limitação de abertura, retração gengival, oclusão inadequada, distúrbios auditivos, cefaléias, sensibilidade em toda musculatura do sistema estomatognático e cervical. Para autores como Favero (1999), Stechman Neto et al. (2001), o tratamento de casos de DTM exige um conhecimento profundo da etiologia do problema. Fatores estruturais, funcionais e psicológicos parecem estar reunidos, determinando uma origem multifatorial. O diagnóstico é a chave para o sucesso do tratamento. É de fundamental importância, entender que os pacientes reagem de formas diferentes às diversas terapias, e o profissional deve adequar o tratamento ao paciente, para se obter os melhores resultados possíveis.

De acordo com Favero (1999), o tratamento das DTM exige um conhecimento profundo da etiologia do problema. Ainda, classificação, sinais e sintomas, diagnóstico, faixa etária onde a síndrome ocorre com maior freqüência, sexo mais afetado e métodos de tratamento mais eficiente é também indispensável. Na terapia de suporte, recomenda-se ao paciente uma dieta pastosa, restrição dos movimentos mandibulares e aplicação de compressas térmicas. É necessário o aconselhamento aos pacientes para evitar parafunções. O tratamento consta do alívio dos

sintomas através da administração de um analgésico que minimiza a dor, são sugeridas terapêuticas iniciais cuidadosas e conservadoras.

Segundo Okeson (2000), os agentes farmacológicos podem promover o conforto e a reabilitação do paciente quando usados como parte de um programa mais amplo. E ainda relata que apesar de existir uma tendência para o clínico confiar em um único agente “favorito”, nenhuma droga isoladamente provou ser eficiente para todo espectro das DTMs. O estágio em que a dor se encontra influi diretamente na escolha do medicamento a ser utilizado, determinando que classes de drogas são eficazes, o período de utilização e efeitos colaterais. Por isso, é válido uma breve distinção entre os dois principais estágios da dor que ocorrem nas DTMs: aguda e crônica.

Analgésicos Não Opióides

Os Analgésicos não-opióides podem produzir respostas positivas no tratamento da dor miofascial, principalmente as associadas com processo inflamatório e são usados para dores orofaciais agudas, musculoesqueléticas (cefaléia, mialgia e artralgia) de brandas a moderadas. De acordo com Castilho et al. (1996), um denominador comum para estes agentes é sua atuação como supressores de prostaglandinas nos nociceptores periféricos, através do bloqueio da cicloxigenase.



Analgésicos Opióides

Opióides são fármacos derivados do ópio e incluem produtos naturais como morfina e codeína. São agonistas do receptor da endorfina. Os agonistas puros tem alta afinidade para os receptores γ. São indicados para dor pós-operatória moderada ou intensa. Segundo Reisner-Keller (1997) existem três classes de opióides: Fenantrenos (morfina, codeína), derivados da Fenilpiperidina (meperidina) e derivados do Difenilheptano (metadona). Os opióides incluem tanto agentes naturais quanto sintéticos e são único sem sua capacidade de reduzir dores moderadas e severas. Os seus efeitos variam de benéficos como a analgesia até colaterais como dependência, tolerância, sedação, náuseas, constipação e depressão respiratória, isso indica a necessidade do conhecimento da dose.



Corticosteróides

Corticosteróides são um grupo de antiinflamatórios esteróides de potente ação (Hargreaves et al, 1987). O mecanismo pelo qual exercem sua ação anti-inflamatória ainda não está completamente compreendida, embora saiba-se que inibem a produção de prostaglandinas, tromboxina e leucotrienos (Vane e Botting, 1995). Okeson (1992) relata que os corticosteroides que não são comumente prescritos para uso sistêmico no tratamento de DTM devido a seus efeitos colaterais. Causam variados efeitos metabólicos e modificam as reações imunes do corpo a diversos estímulos. Para Wennenberg e Kopp (1978) e Kopp et al (1987), corticosteróides via intra-articular têm provado ser úteis no alivio da dor, edema e disfunção em condições inflamatórias dos músculos e articulações como artrite reumatóide, gota e osteoartrite. Gregg e Rugh (1988) afirmam que uma única injeção na ATM tem efeito prolongado e bem sucedido no tratamento da fase inflamatória da osteoartrose, e tem a vantagem de apresentarem risco farmacológico mínimo para o paciente (Goodman e Gilman, 1996).



Antiinflamatórios Não-esteróides

Os medicamentos antiinflamatórios não-esteróides são os mais prescritos pelo médicos dentistas. O mecanismo anti-inflamatório desses fármacos consiste na redução de PGs e de tromboxanos através da redução de uma ou mais isoformas da enzima COX. O efeito analgésico é conseguido através pela inibição de mediadores perifericamente e centralmente.

Apesar de terem comprovado sua eficácia para diversas situações terapêuticas, esses antiinflamatórios apresentam importantes efeitos colaterais, principalmente gastrointestinais. Eles devem ser prescritos para no mínimo catorze dias de tratamento, no entanto, se entre sete a dez dias não for observado qualquer efeito terapêutico ou se verificar qualquer sintoma gastrointestinal, a toma desse fármaco deve ser descontinuada.



Ansiolíticos

Segundo McNeill (1997) os ansiolíticos são classificados como drogas sedativo-hipnóticas e são mais comumente prescritos por seus efeitos contra a ansiedade. Também podem ser receitados como coadjuvantes nos tratamentos de fenômenos dolorosos, pois estes estão intimamente relacionados com aspectos psíquicos. Os agentes tranquilizantes não eliminam o estresse, mas sim alteram a percepção ou reação

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