RELAÇÃO ENTRE GENÉTICA E A CTSA NO CERRADO
Por: lucc • 8/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.670 Palavras (7 Páginas) • 240 Visualizações
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COLÉGIO ESTADUAL PADRE FERNANDO GOMES DE MELO
RELAÇÃO ENTRE GENÉTICA E A CTSA NO CERRADO (CIÊNCIA, TECNOLOGIA, SOCIEDADE E AMBIENTE)
Docente: Msc. Vinícius Costa E Silva.
Alunos: Amanda de Almeida Chacon;
Gabriel Toledo Balbino Ferreira;
João Bosco de Oliveira Neto;
Lucas York de Freitas Silva;
Natalia dos Santos Paulino.
Anápolis
2017
Anápolis, 16 de março de 2017.
Colégio Estadual Padre Fernando Gomes de Melo.
Docente: Msc. Vinícius Costa E Silva.
Alunos: Amanda de Almeida Chacon;
Gabriel Toledo Balbino Ferreira;
João Bosco de Oliveira Neto;
Lucas York de Freitas Silva;
Natalia dos Santos Paulino.
Série: 3º ano Turma: “B” Turno: Matutino
RELAÇÃO ENTRE GENÉTICA E A CTSA NO CERRADO (CIÊNCIA, TECNOLOGIA, SOCIEDADE E AMBIENTE)
Introdução:
Neste trabalho, nós iremos apresentar informações sobre relações existentes entre o Bioma Cerrado e CTSA (Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente).
Apresentando dados científicos, tentamos exemplificar de forma simplificada a importância da genética em nosso Bioma Cerrado.
Relação de genética, cerrado e ciência:
Segundo Cleidiane Cristine Gomes e Tânia Maria de Moura, O Cerrado retém biodiversidade com elevados índices de endemismo (MYERS et al. 2000). Com a expansão das fronteiras agrícolas para a região centro-oeste, grande parte do Cerrado vem sendo ameaçada e a vegetação nativa está cedendo lugar para monoculturas, o que resulta em fragmentos de vegetações naturais. Em decorrência de tal processo, a paisagem do Cerrado está se resumindo a pequenos fragmentos, cercados de monoculturas.
A fragmentação pode causar danos para populações de plantas, podendo afetar a estrutura genética das populações. Esta é determinada principalmente pelo sistema reprodutivo da espécie, pois é o movimento de genes, via pólen e/ou sementes, que determina a estrutura genética das populações. Portanto, para que os fragmentos de vegetações naturais não sejam comprometidos, em espécies alógamas, é necessário que haja troca de genes entre tais fragmentos. Se isto não ocorrer, as populações podem entrar em depressão por endogamia, o que resultará na perda de vigor das gerações seguintes, comprometendo a existência da espécie naquela localidade.
A preocupação da comunidade científica com a estrutura genética de populações naturais de plantas do cerrado é recente, porém já existem trabalhos sobre o assunto. Tais trabalhos são fundamentais para conhecer como as populações de plantas estão estruturadas geneticamente e compreender a dinâmica de dispersão de pólen e sementes, e com isso será possível estabelecer planos de conservação e manejo apropriados, buscando assegurar a preservação das espécies e do ecossistema.
Os estudos de genética de populações avançaram significativamente na década de 60, a partir do desenvolvimento de técnicas de marcadores moleculares. Há uma grande amplitude de ferramentas passíveis de serem utilizadas em trabalhos de caracterização de diversidade genética, como os marcadores fenotípicos e moleculares: Isoenzimas, RAPD (Random Amplification of Polymorphic DNA), RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism) e microssatélites (FERREIRA e GRATTAPAGLIA, 1998). Grande parte desses permite caracterização de forma rápida e fácil da variabilidade genética das populações de interesse.
Atualmente, os marcadores têm ampla aplicação para estudos referentes à genética da conservação, e espera-se que estes sejam cada vez mais utilizados para este fim, pois com o avanço rápido da ciência, será possível obter informações com baixo custo para o pesquisador. Para estudo de genética de populações de plantas, atualmente, os marcadores mais utilizados são RAPD, Isoenzimas e SRR. A superioridade dos marcadores SSR para estudos populacionais é indiscutível, porém, devido ao custo e facilidade, os outros marcadores ainda são comumente utilizados.
A diversidade genética é variação hereditária devida à constituição genética dos indivíduos de uma população, sendo responsável por parte das suas diferenciações fenotípicas (TORRES et al. 2000). Para conservação da diversidade genética, é necessária a proteção dos ecossistemas, pois a redução no tamanho das populações frequentemente afeta sua estrutura genética (MOURA, 2007). Para ecossistemas de alta diversidade de espécies, tais como as florestas tropicais, onde é praticamente impossível estudar todas do ponto de vista genético, a escolha das espécies passa a ter cada vez mais importância, principalmente para interpretar a comunidade e extrapolar os resultados para espécies com características semelhantes (KAGEYAMA et al. 2003). Os estudos relativos à organização da variabilidade ou estrutura genética em populações naturais de plantas têm permitido avanços no conhecimento dos processos microevolutivos envolvidos em sua diferenciação (REIS, 1996).
Relação de genética, cerrado e tecnologia:
A transformação genética é a transferência (introdução) de um ou vários genes em um organismo sem que haja a fecundação ou o cruzamento. Os organismos transformados geneticamente recebem o nome de transgênicos e os genes inseridos são denominados de transgenes. Estes organismos também são chamados de organismos geneticamente modificados (OGMs). Portanto, vegetais transformados geneticamente são chamados de plantas transgênicas. A principal vantagem para o melhorista no uso da tecnologia dos transgênicos é a possibilidade de transferência de características (genes) de plantas não relacionadas (ou seja, sexualmente incompatíveis) ou mesmo de animais e microorganismos. No melhoramento convencional, a troca de genes está limitada somente a espécies que são sexualmente compatíveis.
Para conhecer a estrutura genética de populações de plantas, é primordial conhecer a biologia reprodutiva da espécie. Sem dados de base, como se a espécie é alógama ou autógama, tipo de polinizador e tipo de dispersor, dentre outras informações em relação a biologia reprodutiva, pode-se conduzir o pesquisador a equívocos na hora de discutir os resultados.
O estudo da genética de populações pode auxiliar o pesquisador a elaborar planos de manejo e conservação a longo prazo, além de que o estudo do tamanho efetivo de populações pode indicar a área mínima viável para conservação genética de uma determinada espécie. Isso responde um dos maiores questionamentos dos conservacionistas: qual o tamanho da área a ser conservada?
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