RELATO DE EXPERIÊNCIA E A IMPORTÂNCIA DAS AULAS DE EXPERIMENTAÇÃO DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE BIOLOGIA
Por: Isadora Sawoniuk • 28/3/2019 • Artigo • 2.453 Palavras (10 Páginas) • 285 Visualizações
RELATO DE EXPERIÊNCIA E A IMPORTÂNCIA DAS AULAS DE EXPERIMENTAÇÃO DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE BIOLOGIA
ISADORA CAROLINE SAWONIUK ¹
LARA MOURA DOS SANTOS ²
¹ Graduanda do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Londrina.
² Graduanda do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Londrina
RESUMO
A realização de estágio supervisionado é uma das etapas iniciais para a construção de um profissional como professor. As experiências em sala de aula despertam aos licenciandos a busca de metodologias diferenciadas. Nesse trabalho são discutidos os principais impactos do estágio para formação inicial de professores de Biologia. O estágio foi realizado no Colégio Aplicação, localizado no centro de Londrina/PR. Foram lecionadas aulas expositivas dialogadas e aulas práticas de experimentação para as turmas do 2° e 3° ano do Ensino Médio. Em nossa experiência no estágio, tivemos como resultado uma nova visão e reflexões sobre a importância do laboratório e a realização de aulas práticas, mesmo diante de várias dificuldades. Como conclusão, percebeu-se que mesmo com a pequena carga horária o estágio nos proporciona uma experiência única, permitindo a vivência e a realidade do dia a dia de um professor, possibilitando a construção de novos saberes e uma mudança do modelo tradicional de ensino. Mesmo com os problemas encontrados dentro de uma instituição pública de ensino, é possível sair do modelo tradicional e ofertar aos estudantes aulas no laboratório de Ciências, mas o que falta muitas vezes é organização e planejamento para essas atividades ocorrerem de forma rotineira para professores e alunos.
INTRODUÇÃO
A participação do estágio supervisionado é muitas vezes a primeira forma de contato do aluno de licenciatura com o ambiente escolar, onde pode-se vivenciar as primeiras aulas como docente e não mais como aluno como foi sua vida inteira até esse momento. Toda essa ação envolve muitas experiências e registros destas experiências, que fazem os licenciandos terem uma reflexão sobre suas práticas pedagógicas no decorrer do estágio.
Essa experiência faz parte da formação inicial de professores, assim como mesmo depois de formado, o docente sempre está em processo de formação continuada durante sua atuação profissional (SOUZA, 2016).
Na atualidade ainda são encontrados professores, segundo (RUIZ, A. R; BELLINI, L M.1998, p.10-11) no mesmo modelo tradicional de aula com alunos presos em salas nas suas carteiras. E quando os professores saem do tradicional os alunos também recebem com estranheza ao serem desafiados, ao terem que formular hipóteses, pensarem fora do modelo tradicional que leva a memorização, ao sair disso os alunos apresentam dificuldades em aplicar os conhecimentos adquiridos de formas aplicadas.
É nesse momento inicial, que deve-se identificar quais são as possibilidades de mudanças em relação a novas metodologias, abertura ao diálogo com os estudantes, como aprimorar o planejamento de atividades, qual a postura mais adequada do professor em aula entre outras perspectivas. O licenciando durante seu período de estágio pode experimentar diversas situações com seus alunos e com professor orientador de sala de aula que já possui maior experiência docente.
Um dos grandes desafios a serem enfrentados tanto por professores em formação inicial quanto aqueles que já estão em formação continuada é não tornar o ensino de ciências e biologia um estudo de conceitos científicos desconexos obrigatórios. O estudo de qualquer área da ciência deve ser algo construído e não de maneira pronta e acabada, é necessária a experimentação que altera a forma de compreender ao redor onde se vive. O estudo da Biologia é visto como complexo, pois deve possibilitar conexões entre diversas composições que é a vida, desde o ambiente externo até o organismo no seu interior e que possuem direitos à vida (RODRIGUES, A. e LABURU, C. 2014).
O presente trabalho irá abordar reflexões sobre o estágio de formação inicial no Ensino Médio. Serão discutidos aspectos a partir das experiências adquiridas em sala de aula a partir da aplicação de metodologias de experimentação e expositivas dialogadas.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
O estágio supervisionado teve início no dia 13 de agosto de 2018 e ocorreu no Colégio Aplicação que se localiza na região central da cidade de Londrina/PR e oferta Ensino Fundamental, Médio e técnico em Enfermagem. O colégio possui vários espaços para a aplicação de estratégias diferenciadas de ensino, como sala de vídeo, laboratório, biblioteca e quadra poliesportiva. Na sala de aula fomos supervisionadas pela professora Josiani Kastelic, que lecionava no Ensino Médio a disciplina de Biologia no período matutino para as turmas de 1° ano A, 2° A, B e C, e 3° A, B e C. As salas em que trabalhamos possuíam cerca de 35 alunos, e eram equipadas com TV pendrive, e quadro de giz e ar condicionado.
O estágio foi realizado em todas as turmas de 2° e 3° ano que estavam sob responsabilidade da professora, que nos orientou a trabalhar os seguintes conteúdos nos 2° anos: fungos, fermentação tecidos vegetais e órgãos vegetais, e nos 3° anos: extração de DNA, introdução a ecologia, ciclos biogeoquímicos e relações ecológicas.
Durante a preparação das aulas, utilizávamos livros didáticos, sites e blogs de biologia. Foram realizadas aulas expositiva dialogadas, iniciando com perguntas que buscavam trazer os conhecimentos prévios dos alunos para a sala de aula. Foram realizadas aulas de experimentação como a fermentação e extração de DNA, montagem de lâminas para visualização no microscópio.
A aula sobre fungos foi o primeiro tema a ser abordado em sala de aula com os segundos anos. O assunto já tinha sido iniciado pela professora e foi finalizado com uma revisão no laboratório com o uso de fermento biológico foi possível observar a fermentação acontecendo a partir da liberação de um dos seus produtos que é o gás carbônico inflando uma bexiga.
O segundo tema a ser administrado foi botânica, na aula foi utilizado a tv pendrive. Inicialmente, como sempre foram feitos questionamentos aos alunos para que conseguíssemos acessar os conhecimentos prévios, em seguida foi identificado as características dos 4 grupos de plantas com auxílio de imagens na tv e explicado com maior detalhamento sobre os tecidos vegetais (meristema e parênquima). E ao final do conteúdo programado levamos os alunos para o laboratório de ciência onde eles visualizaram lâminas de epiderme de Tradescantia sp. e como atividade desenharam e identificaram as estruturas em seus cadernos.
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