RESUMO: SOBRE O LOBO GUARÁ
Por: Engcampus • 18/3/2016 • Resenha • 547 Palavras (3 Páginas) • 1.804 Visualizações
O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é um canídeo característica do bioma cerrado e sua área de ocorrência inclui a área central do Brasil, Paraguai, e pequenas áreas da Argentina, Bolívia e Peru (Dietz, 1984). Apresenta funções ecológicas indispensáveis para a estabilidade do ecossistema. Apesar de sua fundamental importância para o equilíbrio do bioma cerrado, esta espécie foi incluída na lista oficial de animais em extinção desde 1970 (Coimbra-Filho, 1972).
A chave para entender esta ameaça é saber que a principal atividade econômica no nordeste do estado de São Paulo é a agricultura, juntamente com os processos industrias com base no cultivo, incluem também o uso da terra para pastoreio. No Municipio de Luiz Antonio, o costume de queimar a cana antes da colheita causam muitas mortes de animais, provoca incêndios de áreas nativas de vegetação. Foram registrados mortes de lobos guaras através de queimada, uso de armas de fogo, ou atropelamento. No sudeste há uma grande deletéria influencia humana no habitat de lobos guaras, causados pela intensa agrícola exploração e urbanização da região. Para as espécies em extinção , estimativa de níveis de endogamia e estrutura populacional pode fornecer dados importantes no manejo de conservação de planejamento de espécies. Devido a extinção uma maior frequência de acasalamentos de animais aparentados tem vindo a ser esperado em populações com número pequenos de indivíduos localizados em áreas que impedem o gene de fluir entre as populações , podendo levar um aumento de endogamia e características deletérias , como a diminuição da fertilidade e resistência imunológica. Estudos genéticos de estrutura populacional podem contribuir para a avaliação de acidentes geográficos e impactos de atividades humanas, que podem estar afetando os padrões de migração e reprodução de uma dada espécie. Tem sido uma ferramenta útil a análise electroforética de marcadores proteicos neste estudo da genética populacional de lobos guaras e outros canídeos selvagens.
Este estudo foi realizado em uma área de 19.224 km2 no nordeste do estado de São Paulo. Considerando-se os rios Mogi-Guaçu e Pardo como fatores limitantes do fluxo gênico, foram propostas 3 sub-áreas: subárea 1, entre os rios Mogi-Guaçu e Pardo; sub-área 2, ao sul do rio Mogi-Guaçu; e subárea 3, a norte do Rio Pardo. Dentro desta área, vinte e oito lobos-guará foram capturados e identificados por tatuagem; houve sete animais na área 1, treze na área 2, e oito na área 3. As amostras de sangue foram colhidas em animais capturados, que em seguida, foram libertados após a recuperação da anestesia. As amostras foram recolhidas em tubos heparinizados e mantida sob refrigeração durante o transporte para o laboratório.
No laboratório, as amostras foram centrifugadas para se obter plasma. De acordo com os resultados, foi constatado que os Rios Mogi- Guaçu e Pardo não constituíam um barreira para o fluxo de genes da espécie.
A diferenciação interpopulacional nonsignificant coeficientes (FST), indicam ausência de barreiras ao fluxo gênico entre as amostras das três sub-áreas. Os resultados sugerem que os lobos não só cruzaram os rios, mas também pode continuar a fazê-lo. No entanto, nas amostras analisadas, os parâmetros estimados não indicou redução heterozigótica. Ausência de variação de redução genética e
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