Resumo Patologia Na Biologia
Por: milalilica • 15/4/2017 • Trabalho acadêmico • 4.539 Palavras (19 Páginas) • 724 Visualizações
Neoplasias > Divisão celular controlada por fatores reguladores - manutenção da homeostase (regeneração da epiderme nas bordas de uma ferida, equilíbrio entre formação e descamação). Falha no controle - divisão de forma autônoma. A capacidade de se libertar dos controles de crescimento é a principal característica da célula “Neoplasia é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento é descontrolado e ultrapassa o do tecido normal, persistindo mesmo cessada a causa que o provocou.”. Caracteristicas > Acúmulo progressivo de células neoplásicas Formação de uma massa volumosa Tumor = Neoplasma ONCOLOGIA. Classificação > tumores malignos e tumores benignos. Esse crescimento irá deformar, comprimir, ou destruir o órgão do qual se originou, pode se infiltrar pelos interstícios dos órgãos, ganhar a circulação e ser transportada para outros locais através de vasos sanguíneos e linfáticos - massas tumorais filhas - Metástases. Transformação neoplásica - modificação no genoma celular (divisão independente dos controles ambientais). Alterações da diferenciação - morfologia e função diferentes da morfologia e da função da célula-mãe. Quanto maior a alteração do genoma Maior a alteração de diferenciação Mais anômala a morfologia e a função da célula neoplásica. Neoplasias são constituídas por: Parênquima: células neoplásicas proliferantes; Estroma de suporte: tecido conjuntivo (sustentação), vasos sanguíneos e células inflamatórias. Tipo celular > Relacionado às células parenquimatosas - semelhança que as células filhas apresentam em relação a célula mãe, tanto morfológica como funcionalmente. Atipias celulares > Pleomorfismo celular e nuclear (variações de tamanho e forma). Núcleos hipercromáticos (quantidade abundante de DNA - coloração escura). Desproporção núcleo/citoplasma (aproxima-se de 1:1 quando o normal seria 1:4 ou 1:6). Cromatina grosseiramente aglomerada. Velocidade do crescimento > Crescimento lento - tecidos vizinhos se adaptam - tumor comprime os tecidos vizinhos e os deforma - limite nítido entre tecido tumoral e tecido são - estroma do tecido comprimido pode formar uma pseudocápsula fibrosa separando tecido tumoral de tecido normal. Neoplasia Benigna > Sufixo OMA acrescentado ao nome da célula de origem. Em geral os tumores das células mesenquimais seguem essa regra. Tecido fibroblástico - Fibroma / Tecido cartilaginoso - Condroma / Osteoblastos - Osteoma / Tecido adiposo - Lipoma / Vasos sanguíneos - Hemangioma. Tumores epiteliais benignos - nomenclatura mais complexa (macro e microscopia). Neoplasia epiteliais benignas com: Projeções digitiformes - Papilomas / Padrão glandular - adenoma. Neoplasia Maligna > Neoplasia maligna de origem mesenquimal - SARCOMA. Ex: fibrossarcoma, lipossarcoma, leiomiossarcoma, rabdomiosarcoma. Neoplasia maligna de origem epitelial (derivadas de qualquer camada germinativa) – CARCINOMA. Ex: Carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular. Nomenclatura Exceção > LINFOMA - neoplasia maligna tecido linfoide / HEPATOMA - neoplasia maligna de fígado / MESOTELIOMA - neoplasia maligna mesotélio / SEMINOMA - neoplasia maligna epitélio testicular / MELANOMA - neoplasia maligna de melanócitos. Caracteristica Neoplasicas Benignas e Malignas > A diferenciação entre neoplasias benignas e malignas é dada pela: Diferenciação celular / Velocidade de crescimento / Invasão local / Metástases. Diferenciação celular > Neoplasias benignas – bem diferenciadas, estrutura pode ser típica a do tecido de origem. Neoplasias malignas – células indiferenciadas ou anaplásicas, a estrutura é frequentemente atípica. Quanto maior a diferenciação da célula mais ela retém as capacidades funcionais. Quanto mais rápido o crescimento e mais anaplásico o tumor, menor a atividade funcional especializada. Certos fatores como dependência hormonal, suprimento sanguíneo e, influências desconhecidas podem afetar a velocidade de crescimento. Neoplasias benignas: crescem lentamente, podem estabilizar-se ou regredir, figuras mitóticas são raras e normais; Neoplasias malignas: crescem mais rapidamente, figuras mitóticas numerosas e atípicas. Invasão Local > Neoplasias benignas - crescimento e expansão lentos - PSEUDOCÁPSULA FIBROSA - contém a neoplasia benigna como massa isolada - palpável e móvel - passível de ressecção cirúrgica. Neoplasias malignas - infiltração progressiva, invasão e destruição do tecido circundante - dificulta a ressecção cirúrgica - margem de segurança ao redor da neoplasia infiltrativa. Neoplasias benignas: não invadem nem infiltram os tecidos normais, apresentam pseudocápsula fibrosa e podem sofrer ressecção cirúrgica. Neoplasias malignas: localmente invasivos, infiltrando os tecidos vizinhos - remoção cirúrgica com margem de segurança.
Carcinogenese > Os cânceres são causados por anomalias no material genético - efeitos de carcinógenos, erros na replicação do DNA ou herdados. Agentes carcinogênicos promovem alterações no DNA da célula transformando-as em malignas: Carcinógenos químicos; Carcinógenos físicos; Carcinógenos virais. Iniciação - células são expostas a carcinógenos que promovem alterações permanentes no DNA (mutação). Promoção - ocorre proliferação das células transformadas, e dependem da presença contínua do estímulo promotor. Progressão – o crescimento se torna autônomo – câncer. Carcinogênese química: Muitas substâncias químicas (naturais ou sintéticas) apresentam potencial carcinogênico. Carcinógenos de ação direta - não necessitam de transformação química. Carcinógenos de ação indireta ou pró-carcinógenos - requerem conversão metabólica in vivo para que os produtos finais induzam mutação. Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos: presentes em qualquer tipo de fumo; Aflatoxina: toxina de fungo Aspergillus flavus (alimentos contaminados, embolorados, grãos expostos à condições úmidas e quentes); - Arilaminas (corante industrial), Aminas aromáticas e corantes azo: utilizados antigamente coloração de margarina e cereja; Nitrosaminas: utilizados para preservação de carnes processadas e outros alimentos; Metais ou compostos metálicos: mecanismos ainda desconhecidos. Carcinogênese física: Raios ultravioleta da luz solar (provoca danos diretamente no DNA - carcinoma espinocelular, basocelular e melanoma), radiações eletromagnéticas (raios x e raios gama), particuladas (partículas alfa, beta, próton e nêutron) e bomba atômica (Hiroshima e Nagasaki). Carcinogênese viral: Vários vírus (DNA ou RNA) apresentam potencial para induzir transformação maligna ao inserirem o seu genoma na célula de forma arbitrária, ou ao produzirem proteínas que estimulam a proliferação. Os principais são: Papilomavírus (HPV) - identificados 65 tipos de HPV - origem de vários tipos de câncer. Vírus da hepatite B (HBV) - evidências sugerem sua associação com câncer hepático. Vírus Epstein-Barr (EBV) - família herpes - associado a patogenia do: linfoma de Burkitt, linfoma de células B (pacientes imunossuprimidos), doença de Hodgkin e carcinoma de nasofaringe. Com relação ao vírus RNA (retrovírus), apenas o vírus tipo 1 da leucemia de célula T humana (HTLV-1) está associado a uma forma de leucemia / linfoma de célula T. Biologia Tumoral > Os carcinomas começam como crescimentos localizados limitados ao epitélio a partir do qual surgem - não rompem a membrana basal - Carcinoma in situ - são assintomáticos - lamentável - visto que são sempre curáveis. Carcinoma in situ adquire potencial invasivo - estende-se através da membrana basal subjacente -comprometimento dos tecidos vizinhos e metástase. Oncogenes e Genes Supressores de Tumores > As alterações genéticas (promovem o desenvolvimento de câncer) ocorrem em duas classes de genes reguladores do crescimento: Proto-oncogenes - promovem o crescimento; Genes supressores de tumor - inibem o crescimento celular. Os proto-oncogenes podem transformar-se em oncogenes através de: mudanças na estrutura do gene - síntese de oncoproteínas (produtos genéticos anormais) / função aberrante; mudanças na regulação da expressão do gene - aumento ou produção inadequada de proteínas promotoras de crescimento normal. Logo oncogenes são genes promotores de câncer – ativados nas células cancerígenas – permitem: crescimento e divisão hiperativa, proteção contra apoptose, rompimento dos limites teciduais e habilidade de estabiidade em diversos ambientes teciduais. Ao longo da vida milhões de células do nosso corpo sofrem pequenas mutações, essas células normalmente se autodestroem ordenados pela atividade de proteínas geradas a partir de genes supressores de tumor (anti-oncogenes). Os Genes supressores de tumor inibem a divisão celular – no entanto, encontram-se inativos nas células cancerígenas. O primeiro gene supressor descrito foi o Rb - associado ao desenvolvimento do retinoblastoma (1 em 20.000 crianças). O p53 é o gene supressor de tumor mais comumente relacionado aos cânceres humanos. Alterações nestes genes são encontradas em : - 70% dos cânceres de cólon; - 30 a 50% dos cânceres de mama; 50% dos cânceres de pulmão; leucemias, linfomas, sarcomas e tumores neurogênicos. Portanto, a progressão da neoplasia esta relacionada a inativação de determinados genes e a hiperexpressão de outros dando origem a células que independem da regulação do organismo e passam a se dividir de forma descontrolada. Metastease > neoplasia maligna As células tumorais precisam: se destacar do tumor primário; invadir e migrar nos tecidos adjacentes; infiltrar e sobreviver na corrente circulatória; aderir e atravessar capilares sangüíneos e sobreviver em um tecido estranho ao de sua origem. Células normais - expressam glicoproteínas transmembrânicas - adesão intercelular (integridade estrutural). As caderinas são as de maior importância. Tecido epitelial - E-caderina. Alterações nestas proteínas diminuem a adesão entre as células e facilitam o desprendimento do tumor primário e invasão dos tecidos vizinhos. Para atravessar a membrana basal as células precisam aderir à laminina (componente protéico da membrana basal). Está interação favorece a síntese de colagenase IV. Degradação do colágeno IV – desintegração da membrana basal. Para invadir e migrar as células metastáticas devem se primeiramente se aderir aos componentes da matriz extracelular através da expressão de receptores para laminina e fibronectina. Células tumorais também expressam integrinas (glicoproteínas de superfície celular) - adesão célula-célula ou célula-matriz extracelular. Após está aderência as células tumorais terão que criar caminhos para a migração. Portanto, as células metastáticas devem ser capazes de secretar colagenases e outras enzimas proteolíticas que digerem a matriz extracelular. Para entrar na corrente circulatória, as células devem novamente atravessar a membrana basal. (vasos sanguíneos – separação entre tecido epitelial e conjuntivo). Para isso as células precisam se aderir à laminina (principal componente protéico da membrana basal) Está interação favorece a síntese de colagenase IV. Degradação do colágeno IV – desintegração da membrana basal – abertura para a corrente circulatória. Ao entrar na corrente circulatória a maior parte das células é destruída por linfócitos NK (natural killer) e fagócitos polimorfonucleares. Na circulação as células tumorais agregam-se em massas (células tumorais ou células tumorais e plaquetas ação de integrinas). Esta camuflagem permite: escapar dos leucócitos circulantes; formar trombos - aprisionados pequenos vasos sangüíneos - origina novos focos metastáticos. O local de desenvolvimento da metástase pode ter relação com a localização anatômica do tumor primário, porém, a via natural de drenagem não explica inteiramente a distribuição das metástases. Apesar de fatores indicarem a maior probabilidade de desenvolver metástase em determinado local, a precisa localização não pode ser prevista em nenhum tipo de câncer. Ao encontrarem um local, as células cancerosas crescem em resposta a fatores de crescimento que estimulam angiogênese. fator de crescimento de plaquetas (PDGF), fibroblastos (FGF) e transformador beta (TGF-B)). MESTÁSTASE HEMATOGÊNICA: Acometem capilares e vênulas. Arteríolas e artérias - paredes mais espessas - maior resistência. Fígado (sistema porta) e pulmão (veias sistêmicas - drenam na veia cava) são freqüentemente locais de metástases. METASTASES LINFÁTICAS: Células tumorais transportadas pelos vasos linfáticos. Via preferencial dos carcinomas, menos freqüente nos sarcomas. Geralmente tecidos que possuem uma rica rede linfática (ex. mama). Linfonodos regionais - aumento de tamanho. Biologia da invasão e metástase Invasão da membrana basal subjacente ao tumor. Movimento através da MEC. Penetração nos canais vasculares ou linfáticos Sobrevida no sangue circulante ou linfa. Saída da circulação para um novo local tecidual. Sobrevida e crescimento na forma de metástase (angiogênese).
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