Retículo Endoplasmático
Por: carol-ana123 • 18/8/2016 • Projeto de pesquisa • 3.737 Palavras (15 Páginas) • 529 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
AGROECOLOGIA
Retículo Endoplasmático: Estrutura e Função
Lagoa Seca
2012
Lista de imagens
- Célula eucariótica
- Retículo endoplasmático
Introdução
Inicialmente acreditava-se que o interior da célula viva era preenchido por um fluido viscoso, no qual estava mergulha o núcleo. Esse fluido recebeu o nome de citoplasma. Hoje sabemos que, além da parte fluida, atualmente chamada citosol, o citoplasma das células eucarióticas contém diversos tipos de estruturas, as organelas citoplasmáticas, cada qual com funções especificas.
Algumas dessas estruturas são os lisossomos, complexo de golgi, Retículo endoplasmático, peroxissomos, centríolos, ribossomos, vacúolos, mitocôndria, cloroplasto.
Nesse trabalho teremos como tema de estudo o retículo endoplasmático (RE), que está organizado em uma rede de labirintos de tubos ramificados e sacos achatados que se estendem por todo o citosol. Acredita-se que todos os tubos e sacos se interconectem, de forma que a membrana do retículo endoplasmático forma uma folha contínua que engloba um espaço interno único. Esse espaço altamente enrolado é denominado de lúmem do RE ou espaço da cisterna do RE e frequentemente ocupa mais de 10% do volume total da célula. A membrana do RE separa o lúmem do RE do citosol, e intermedia a transferência seletiva de moléculas entre esses dois compartimentos.
Célula eucariótica
Fonte: http://www.coladaweb.com[pic 1]
Retículo endoplasmático
O reticulo endoplasmático (RE) foi descoberto quando se introduziu a microscopia eletrônica no estudo da célula. As primeiras eletromicrografias mostram um componente reticular que não chegava à membrana plasmática – daí os termos retículo e endoplasmática – até que se conheceu sua verdadeira forma tridimensional. Finalmente, com o uso da redioautografia e de técnicas de analise citoquímica quase todos os seus componentes foram identificados.
O RE se distribui por todo o citoplasma, do núcleo até a membrana plasmática. É composto por uma rede tridimensional de túbulos e sacos achatados totalmente interconectados. Apesar de sua extensão e de sua intricada morfologia, constitui uma organela indivisível, já que possui uma membrana continua e uma só cavidade. O citoesqueleto se encarrega de manter os seus componentes em posição mais ou menos fixas dentro do citoplasma.
Esta organela se divide em dois setores, que diferenciam pela ausência ou presença dos ribossomas sobre o seu lado citosólico. Denomina-se respectivamente, retículo endoplasmático liso (REL) e retículo endoplasmático rugoso (RER). Entre ele há um setor de transição, em parte liso e em parte rugoso.
O REL não contem ribossomos
O REL não tem ribossomos. Pode compreender uma rede de túbulos interligados, cujo volume e distribuição espacial diferem nos diversos tipos de células. Essa diversidade depende de suas varias funções.
O RER está associado à ribossomos
O RER é muito desenvolvido nas células que realizam síntese proteica ativa. Em sua composição predominam os sacos achatados, que quando são abundantes encontra-se separados por um espaço citosólico estreito repleto de ribossomos.
Estes ribossomos estão aderidos à fase citosólica da membrana de RE. Em geral, compõem complexos chamados polissomos e polirribossomos, que consistem em grupos de RER pelos ribossomos deve-se à existência de receptores específicos em sua membrana, que são encontrados no REL.
[pic 2]
Fonte: www.prof2000.pt/users/biologia/Organelos.htm
Funções do retículo endoplasmático
- O RE é responsável pela biogênese das membranas celulares
A célula produz membranas novas de modo permanente. Ela o faz com a finalidade de atender demandas de natureza funcional, substituir as membranas desaparecidas por envelhecimento ou para duplica-la antes da mitose. Ocasionalmente, as membranas novas são produzidas para possibilitar o desenvolvimento de partes do corpo celular, por exemplo, os axônios nos neurônios.
A biogênese das membranas celulares compreende a síntese de seus lipídeos, suas proteínas e seus carboidratos. Estes três tipos de moléculas não são sintetizados separadamente e em seguida se integram para formar uma membrana nova, e sim que são incorporados a uma membrana preexistente, a membrana do RE. Depois, à medida que esta cresce, algumas de suas partes se desprendem como vesícula e se transferem as demais organelas do sistema de endomembranas ou à das membranas das mitocôndrias e dos peroxissomas.
- As proteínas destinadas ao RE se inserem na membrana ou são liberadas na cavidade das organelas
As proteínas, exceto algumas poucas pertencentes as mitocôndrias, são sintetizadas noas ribossomos do citosol. Apesar de todos os ribossomos citosólicos serem iguais, algumas estão dispersos no citosol e outro se acham aderidos à membrana do RER.
O primeiro passo da síntese de uma proteína destinada ao RE ocorrem no ribossomo quando este ainda se encontra livre no citosol. A união do ribossomo com a membrana do RE ocorre se a proteína que surge do ribossomo possuir um seguimento peptídico com a informação apropriada, ou seja, um peptídico sinalizador específico para essa membrana. Nas proteínas destinadas ao RER, o peptídeo sinalizador pode consistir de uma sequência de cerca de 30 aminoácidos – 5 a 10 altamente hidrófobos – situada na extremidade amina ou próxima dela.
As proteínas que são liberadas na cavidade do RER possuem este sinal localizado somente no extremo amina da molécula. Ao contrário, as eu se inserem na membrana da organela contêm, salva raras exceção um peptídeo sinalizador próximo a extremidade amina e outros sinais, cujo número depende da quantidade de vezes que a proteína cruza a dupla camada lipídica.
Quaisquer que sejam o número e a localização dos sinais, apenas o primeiro peptídeo sinalizador que sai do ribossomo é reconhecido pela partícula de reconhecimento do sinal (ou PRS), que é um complexo ribonucleico compostos por seis proteínas e uma moléculas de RNA denominada RNAcp.
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