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Reações de Caracterização de Aminoácidos e Proteínas

Por:   •  14/11/2017  •  Relatório de pesquisa  •  1.954 Palavras (8 Páginas)  •  825 Visualizações

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[pic 1][pic 2]

                     

                           

                     

                   BIOQUÍMICA DE ALIMENTOS

       

                 Relatório do experimento n° 5:

   reações de caracterização de aminoácidos e proteínas

                   

 

  Aluna: Lívia Xavier

  Prof°:  Rodrigo Simões e Jenyffer Medeiros

                                           

                                               Recife, 2017.

           

  1. Introdução

Proteínas são macromoléculas naturais com uma ou mais cadeias polipepetídicas, isto é, são polímeros de α-aminoácidos de configuração L. Constituem 50% ou mais de matéria seca celular, sendo fundamentais tanto ao aspecto estrutural como funcional. As proteínas podem ser separadas uma das outras e de outros tipos de moléculas através de métodos, que se baseiam em certas propriedades características, tais como solubilidade, massa molar, carga elétrica e afinidade por certos compostos. As proteínas podem ser também caracterizadas por reações de precipitação e coloração. Em condições fisiológicas, todas as moléculas de uma mesma proteína apresentam a mesma conformação, que é denominada nativa.

Ao preceder-se o isolamento e purificação de uma proteína, são introduzidas alterações físicas e químicas no seu meio ambiente que podem afetar sua estrutura espacial e ocasionar a perda da função biológica. A proteína é dita então desnaturada. Vários fatores podem conduzir, à desnaturação, entre eles, o aquecimento, valores de pH muitos baixos ou altos, solventes orgânicos polares e compostos com grande capacidade para formar pontes de hidrogênio.

  1. Objetivos

Evidenciar as diversas reações, que permitem identificar alguns grupos R dos resíduos dos aminoácidos componentes das proteínas, assim como reações de identificação de proteínas com reativo especifico para caracterização das mesmas. Destacar a desnaturação protéica por diversos tipos de situações desnaturantes.

  1. Materiais e Métodos

3.1 Materiais[pic 3]

3.2 Métodos

Desnaturação da proteína

Uma solução de clara de ovo com agua destilada já se encontrava preparada na proporção de 3/1.

1. Ação do calor: Adicionou-se 3,0 mL da solução da clara de ovo em um tubo de ensaio que foi aquecido diretamente no bico de Bunsen por alguns minutos. Depois enumerou-se outros 3 tubos com 1.1- água;      1.2- álcool etílico; 1.3- acetona. Notou-se a solubilidade de cada um.

2. Ação de ácido orgânico: Adicionou-se 3,0 mL da solução da clara de ovo em outro tubo de ensaio enumerado 2. Gota a gota, foi adicionado ácido acético.

3. Ação de solventes orgânicos: Preparou-se 2 tubos de ensaio com 1,0 mL da solução da clara de ovo a cada tubo enumerado com os seguintes solventes:

Tubo 3.1: 1,0 mL de álcool etílico

Tubo 3.2: 1,0 mL de acetona


Solubilidade a diferentes pH

Colocou-se 2 mL da solução da clara de ovo em 3 tubos de ensaio, cada. Enumerou-se os tubos de acordo com os pH’s analisados: tubo pH 4,0; tubo pH 7,0; tubo pH 10,0.

Reação Xantoproteica: Pesquisa de tirosina e triptófano

Adicionou-se 3 mL da solução de clara de ovo em um tubo de ensaio e mais 1 mL da solução de ácido nítrico (HNO3) 20%. A solução foi aquecida em bico de Bunsen por alguns segundos, e após a observação de um precipitado, acrescentou-se 0,5 mL de hidróxido de sódio (NaOH) 2M e anotou-se o resultado.

 Pesquisa do triptófano

Em um tubo de ensaio, colocou-se 2,0 mL de ácido acético glacial e 2 mL de solução de clara de ovo. A solução foi agitada e adicionada a 5,0 mL de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado, escorrendo pelas paredes. O aparecimento de cor violeta na interface dos líquidos indica a presença de triptófano.

Reação do biureto das proteínas

Colocou-se 3,0 mL da solução de clara de ovo em um tubo de ensaio e 5 gotas da solução de sulfato cúprico 5% foi adicionado surgindo um precipitado. Adicionou-se depois uma solução de NaOH 10%, gota a gota, até dissolução deste precipitado. O aparecimento da coloração violeta indica a formação do complexo biureto-cobre.

 

  1. Resultados e Discussão

Desnaturação da proteína

1. Ação do calor: 

Percebeu-se um precipitado branco. Isso acontece porque no momento do aquecimento ocorre a aglutinação e precipitação da albumina, a proteína mais encontrada na clara do ovo.  Após a modificação da estrutura da molécula da albumina nesta solução, é perceptível que ela não se solubiliza mais com os agentes hidrofílicos água, álcool e acetona pois a desnaturação da proteína é um processo irreversível. O processo é mostrado na Figura 1.

                                                   [pic 4]

                 Figura 1. Solução de clara de ovo com: 1.1- Agua; 1.2- Álcool etílico; 1.3 - Acetona

2. Ação de ácido orgânico:

A adição de ácido acético altera o ph da solução, desfazendo as interações intermoleculares e deixando somente a estrutura primária da albumina, causando assim sua desnaturação. 

3. Ação de solventes orgânicos:                                                                                                                                                               O álcool etílico e a acetona, assim como o calor e o fator de ph, também atuam sobre a albumina presente na clara do ovo causando a sua desnaturação proteica. O álcool, inclusive, pode ser usado como desinfetante porque ele penetra e dissolve permanentemente a estrutura proteica de uma bactéria. O resultado é conferido na Figura 2. 

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