A ATIVIDADE FÍSICA E A CONSTRUÇÃO DA CORPOREIDADE NA GRÉCIA ANTIGA
Por: Larissa Pereira • 24/10/2018 • Resenha • 622 Palavras (3 Páginas) • 757 Visualizações
Na Grécia antiga o culto ao corpo fisicamente treinado, não era apenas mera estética, era uma necessidade da época, pois eram tempos de guerras e constantes conflitos, tempos onde quem se destacava era tido como herói, e visto como exemplo e um modelo a ser seguido e por vezes ate venerado, na Grécia do século IX ao século VI a.C, surgiram varias cidades guerreiras onde a “educação” de seus habitantes eram baseadas no aperfeiçoamento do corpo, para que seus guerreiros pudessem honrar sua linhagem e jamais fugir do combate.
O HEROI POR HOMERO:
Compara o guerreiro, herói de batalha a um semi-deus, corpo do herói, estando este vivo ou morto, era sempre respeitado, por seus adversários e seus pares, e suas façanhas são contadas e postas como grandes feitos superiores ao “homem comum”, na epopéia grega, o homem também é comparado aos grandes animais, principalmente os que se destacam por sua voracidade, tamanho, agilidade, aqueles que representam a superioridade da lei da selva. Lideres heróicos entre os gregos tinham seu nome relacionado a figura de grandes animais como: leões, javalis, touros e outros que ostentam força, coragem, agilidade, sagacidade, destreza e outras capacidades corporais que para o homem grego do período homérico, eram fundamentais à sobrevivência.
Heróis como Agamenon, Ulisses, Heitor, e Aquiles, citados nas obras de Homero, são alguns exemplos de heróis cultuados como semi-deuses.
776 a.C, Neste período surgiram os primeiros jogos olímpicos, então o padrão de corpo do “homem homérico” era comparado aos dos “desportistas” entretanto o homem guerreiro age muito mais instintivamente devido à necessidade de sobrevivência. Ao contrário, o “desportista” age com intencionalidade e planeja para alcançar a vitória.
No padrão de corpo grego observado entre os séculos IX e VI antes da era
cristã, a forma humana, na mais bela expressão que conhecemos, começou
a alcançar realismo, harmonia e equilíbrio capazes de perpetuá-la até nossos dias, principalmente a partir do século VII a. C., quando os artesãos iniciam suas descobertas com o mármore em suas esculturas.
O CORPO POR HESÍODO:
Corpo rústico, desajeitado, sem muitos reflexos, sujo, lento e passivo e voltado para o trabalho. A morte em batalha já não era motivo de lembrança honrosa, pois considerava-se que o mesmo teria mais valor vivo, desempenhando funções para o crescimento de sua cidade.
Considerado o primeiro poeta do trabalho Hesíodo descrevia o corpo de maneira bem diferente de Homero, talvez por que no século VII, a Grécia começava a viver um período de transformações na forma de
pensar e produzir sua existência. A formação das Cidades-Estados e a necessária organização das mesmas, assim como o distanciamento da guerra nos moldes anteriores. Nesta época o trabalho era considerado uma forma honrada de se conseguir agradar os deuses e ter boas condições de vida tanto para o trabalhador que desempenhava suas funções com afinco como para seus familiares.
A justiça passa a ser valorizada gerando um aumento gradativo do desregramento e da corrupção, a expectativa de vida do “homem trabalhador” aumenta se comparada
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