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A EDUCAÇÃO FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS E ADAPTADA

Por:   •  10/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.475 Palavras (18 Páginas)  •  580 Visualizações

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Monissa Lourenço da Silva

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EDUCAÇÃO FÍSICA PARA GRUPOS ESPECIAIS E ADAPTADA

Trabalho      apresentado  ao    Centro Universitário      Claretiano        para  a disciplina Educação Física para Grupos Especiais e Adaptada como requisito parcial para obtenção de avaliação, ministrado pelo professor Alex Fabrício Borges.

        

VITÓRIA-ES
2017

  1. INCLUSÃO E INTEGRAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA

A inclusão das pessoas com deficiência na sociedade atual e os desafios que nos é apresentado na sociedade, perpassa fortemente pelo processo de conscientização, onde todos os setores sociais, de certa forma estão sendo afetados por um número cada vez maior de pessoas com deficiência convivendo nos mesmo espaços e seguimentos da sociedade. tema da inclusão.

Ao referenciar-se o paradigma da inclusão na sociedade, é preciso entendermos que este processo se inicia historicamente de uma forma diferente da que observamos nos dias atuais, antigamente:

 [...] consistia na crença de que o problema da deficiência era algo restrito à pessoa que a possuía e que, por isso, a solução seria promover a essa pessoa o máximo de habilidades a fim de que ela se tornasse apta a ingressar ou reingressar na sociedade (SASSAKI, 2010, p. 33).

A Cooperativa de Vida Independente de Estocolmo - STIL (1990), citado Sassaki (2010), afirma a discriminação das pessoas com deficiências na sociedade é de fato gerada pela discriminação da deficiência, sendo julgadas como pessoas doentes. Corpos doentes estão insetos dos deveres trabalhistas, devendo estar sobre cuidado de outras pessoas. A UNESCO[1], garante ao deficiente,

[...] a reabilitação física no tratamento médico, psicológico e funcional, além da reabilitação social e a educação, garantindo assim, seu direito de desenvolver suas capacidades e habilidades com o intuito de promover a integração ou reintegração no âmbito social (SÃO PAULO, 1975, p. 1).

Portanto, segundo este modelo, “[...] a pessoa com deficiência é que precisa ser curada, tratada, reabilitada, habilitada etc. a fim de ser adequada a sociedade como ela é sem maiores modificações” (SASSAKI, 2010, p.29).

Ainda podemos destacar a importância da integração como forma de auxilio para o fim da exclusão social que foram sujeitadas às pessoas com deficiência, “[...] na década de 60, o movimento pela integração social começou a procurar inserir as pessoas com deficiência nos sistemas sociais gerais como a educação, o trabalho, a família e o lazer” (SASSAKI, 2010, p.31).

Para maior esclarecimento do termo inclusão, Bertoni (2004), explica que a educação especial se destaca em seus três momentos específicos: a normalização, a integração e a inclusão. A normalização esclarece que os indivíduos com deficiência possuem o direito de usufruir de condições de vida típicas a sua própria cultura, considerável a um padrão de vida comum ou normal aos demais indivíduos.

A integração surge com o intuito de acabar com a prática da exclusão existente desde os séculos passados visando inclui-la na sociedade como parte dela, o processo de integração não visa somente às pessoas com deficiência, abrange, no entanto a integração de todas as pessoas excluídas nos ambientes sociais. Logo, a integração,

[...] visava acabar com a segregação, favorecendo a interação entre alunos com deficiência e alunos considerados normais. A inclusão, [...] não se restringe a pessoas com deficiência. A perspectiva é que todas as pessoas tenham garantidos os direitos de acesso à permanência na educação escolar (BERTONI, 2008, p. 20).

Pesquisando mais sobre essas definições, foi possível ainda entender conforme Hamze (acesso em 07 set. 2017), que o significado da integração visava às modificações existentes das pessoas com deficiência também no ambiente escolar, sendo assim, essas pessoas iriam encontrar a sua identidade frente às outras pessoas em um mesmo ambiente da sociedade, para então poder ser inserida como cidadão. Por sua vez, a idéia da inclusão se encaixa no sentido de processo no desenvolvimento dessa pessoa e no verdadeiro sentido da realidade social. Com isso atua no sentido de nelas causar as justificações e os ajustes como físicas, psicológicas, materiais, sociais e etc., que são indispensáveis para que a pessoa com deficiência possa imediatamente contrair as condições de ingresso nas escolas em seu cotidiano regular e na convivência com a sociedade.

Desse modo, é possível perceber que mesmo através da utilização da ideologia da integração, a inclusão está associada à vida social, e a inserção das pessoas portadoras de deficiência, tornando um desafio a ser enfrentado diante os problemas da exclusão na escola e nas aulas de Educação Física.

E a Educação Física, onde entra na história?

No que concerne à área da Educação Física, a Educação Física Adaptada surgiu oficialmente nos cursos de graduação, por meio da Resolução número 03/87, do Conselho Federal de Educação, que prevê a atuação do professor de Educação Física com o portador de deficiência e outras necessidades especiais. A nosso ver, esta é uma das razões pelas quais muitos professores de Educação Física, hoje atuando nas escolas, não receberam em sua formação conteúdos e/ou assuntos pertinentes à Educação Física Adaptada ou à inclusão (CIDADE; FREITAS, 2002, p.27).

Corroborando, Duarte E Lima (2003), dizem que, somente a partir da última década, aproximadamente nos fins dos anos 90, os cursos de graduação em Educação Física inseriram em seus currículos os conteúdos que se relaciona a inclusão, sendo ainda muito superficial o ensino causado pela falta de recursos como, por exemplo, o material didático.

Seria talvez esse o problema da exclusão dos alunos com deficiência nas aulas de Educação Física, a falta de preparação de professores para lidar com esse tipo de aluno na maioria das vezes é motivo para que isso ocorra. Contudo, também não se trata de somente disso, já que se observa hoje uma ampla gama de materiais como livros, documentos e artigos emitidos pelos governos estaduais e federais, e apostilas com conteúdos programáticos que abrange a problematização da inclusão bem como suas diversas formas pedagógicas de serem trabalhadas.

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