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A EDUCAÇÃO FÍSICA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Por:   •  15/9/2022  •  Artigo  •  3.894 Palavras (16 Páginas)  •  164 Visualizações

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A EDUCAÇÃO FÍSICA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Izabel Cristina Da Rocha

Luiz Felipe Alves Araújo[1]

Maria Alves Azevedo[2]

RESUMO

A Educação Física tem poder de desenvolver a interação de todos os alunos, contribuindo para que a inclusão seja realizada com satisfação no ambiente escolar e social, com base na estruturação da prática, cultura e também em políticas públicas. O objetivo desse estudo foi demonstrar a importância da Educação Física em colaboração com a inclusão dos alunos com deficiência dentro do ambiente escolar, chegando até o meio social. Foi realizado um estudo de pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa. Com os resultados foi constatado, que todos os alunos responderam que a escola tinha estrutura adequada para o aluno com deficiência, a consciência da importância da participação, integração e da inclusão nas aulas, e o bom relacionamento com os demais alunos. Conclui-se, que é necessário uma nova reconstrução no sistema educacional, fiscalização de leis e políticas voltadas para os alunos com deficiência, com adaptações e preparações para receber todos os alunos independente de suas individualidades e necessidades, como também a capacitação dos profissionais para receberem os alunos com deficiência, estrutura física adequada, novos materiais e métodos de ensino, além da conscientização de todos os alunos presentes no ambiente escolar sobre a inclusão.

Palavras-chave: Educação Física. Deficiência. Inclusão.

1 INTRODUÇÃO

Diante da necessidade por inclusão social e por respeito à diversidade dentro do ambiente escolar, a Educação Física é de fundamental importância, sendo possível desenvolver o envolvimento de todos os alunos, nas instituições de ensino regular, com foco na reconstrução da prática, cultura e também nas políticas existentes dentro da escola, podendo satisfazer a diversidade dos alunos.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e o Ministério da Educação e do Desporto apontam que a Educação Física, é uma área do conhecimento que introduz e integra os alunos na cultura corporal do movimento, com finalidades de lazer, de expressão de sentimentos, afetos e emoções, de manutenção e melhoria da saúde. Para tanto, deve romper com o tratamento tradicional dos conteúdos que favorece os alunos que já têm aptidões, adotando como eixo estrutural da ação pedagógica o princípio da inclusão, apontando para uma perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação social e da afirmação de valores e princípios democráticos. Nesse sentido, deve buscar garantir a todos a possibilidade de usufruir de jogos, esportes, danças, lutas e ginástica em benefício do exercício crítico da cidadania.

Uma pessoa com deficiência é aquela que tem impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, estão de frente em convívio com diversas barreiras, e logo, são incapazes de cumprir seu papel de cidadão na sociedade como as demais pessoas.

Desse modo, esse estudo tem o objetivo de demonstrar a importância da Educação Física na aquisição da inclusão de alunos com deficiência dentro do ambiente escolar, consequentemente, levando também para fora do ambiente escolar, ou seja, conscientizando a inclusão social em sociedade.

Nesse contexto, emergiu-se a seguinte questão norteadora: Qual a importância da Educação Física para a inclusão social?

Através desse estudo, espera-se a contribuição e a conscientização, para que os alunos com deficiência tenham acesso amplo na educação inclusiva, no qual, possam participar de todas as atividades escolares juntamente com todos os alunos independente de suas necessidades.

 As aulas de Educação Física podem contribuir no acesso à escola acessível a todos, possibilitando o desenvolvimento de respeito com as diversidades dentro da escola.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 A Deficiência na Perspectiva Histórico-social

Existe um vasto de informações sobre a história da deficiência que remete á antiguidade remota e à vida pré-histórica. Segundo Coma (1992) afirma que doenças incapacitantes e deficiências físicas são tão antigas quanto a própria vida. Silva (1987) em seu estudo A Epopeia Ignorada cita a existência de um incompreensível sistema de crenças e simbolismos envolvendo seres humanos com deficiência, até mesmo o modo que existiu desde o período Paleolítico Superior (40.000 anos a.C.).

No Antigo Egito, contavam os médicos que as doenças graves e as deficiências físicas ou problemas mentais graves eram ocasionadas por maus espíritos, demônios ou pecados de vidas anteriores que precisavam ser pagos (SILVA, 1987).

Pereira, Saraiva (2017) diz que,

Na época de guerras, o uso de armas cortantes, os combates corpo a corpo, além de muitos acidentes de trabalho nas construções civis. falta de equipamentos, resultavam em ferimentos e mutilações traumáticas das mãos, braços e pernas. Nessa condição, a Grécia se viu obrigada a amparar as pessoas que não tinham condições de garantir o seu próprio sustento. Com o intuito de solucionar esse problema, a Grécia implantou um sistema de atendimento, inicialmente destinado somente aos mutilados de guerra, sendo estendido posteriormente, a outras pessoas deficientes, independente da causa do problema (Pereira, Saraiva. 2017, p. 171-172).

Entretanto, esses cuidados assegurados por lei não sustentavam as crianças que nasciam com tipo de deficiência, já que eram julgadas por um comitê oficial de anciãos ou pela própria família, que previam o destino das mesmas (SILVA, 1987).

O origino do Cristianismo, faz mudança na visão e o indivíduo com deficiência passa a ser visto como uma criatura de Deus, dona de alma e necessitada de atenção e não de castigo. Os extermínios desses indivíduos não eram mais aceitáveis e a atenção e cuidado com o indivíduo com deficiência passa a ser garantido por a família e igreja, que não garantiam cuidados em relação a integração em sociedade do deficiente em modo geral (PEREIRA, SARAIVA. 2017).

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