Características das práticas pedagógicas dos professores de Educação Física de Pedra Branca/AP

Características das práticas pedagógicas dos professores de Educação Física de Pedra Branca/AP

Fernando Rodrigues Ferreira

Dilson Rodrigues Belfort

RESUMO

INTRODUÇÃO:

OBJETIVO:

METODO:

RESULTADOS:

Palavras-chaves: Educação Física, Prática Pedagógica, Escola.

ABSTRACT

INTRODUCTION:

OBJECTIVE:

METHOD:

RESULTS:

Keywords: Physical Education. xxxxxxxxxxxxxx.

INTRODUÇÃO

A Educação Física (EF) escolar brasileira passou por diferentes influências teóricas e mudanças históricas, o que influenciou paralelamente a atuação pedagógica dos professores de Educação Física no decorrer dos anos, as quais acompanharam as tendências vigentes em cada período.

As diferentes formas de ensino da EF no contexto escolar, proporcionou ao profissional de EF o conhecimento de distintas áreas a serem desenvolvidas com os alunos. Libâneo (2006) aponta que esta variedade torna a conduta do profissional modificável, obtendo diferentes dificuldades, o que exige do professor, capacitação para a mudança da própria prática pedagógica.

Para compreender como se deu o processo de transformações e influências didáticas na educação, especificamente na EF, torna-se necessário recorrer as origens da EF escolar em que foram constituídas as concepções e práticas pedagógicas.

Giraldelli Junior (1998) dividiu a trajetória da Educação Física escolar em cinco tendências, as quais caracterizam o contexto sócio cultural no qual o país atravessou em cada época: Higienista, Militarista, Pedagogicista, Competitivista e Popular.

A tendência Higienista influenciada pela medicina e pela eugenia enfatizou aspectos biológicos e fisiológicos. Para Darido (2003) esta tendência tinha como preocupação central, os hábitos de higiene e saúde, na qual valorizava o desenvolvimento físico e moral através do exercício.

Na tendência Militarista as aulas de Educação Física, além da influência médica, passaram a sofrer influências pelos valores, códigos e princípios militares. Nessa conjuntura, a saúde individual era gerada sob a prática de exercícios e a Educação Física na escola tinha como tarefa principal o seu desenvolvimento (Ghiraldelli Júnior, 1998).

De acordo com Silva (2015) na Educação Física Higienista e Militarista os professores eram preparados para atuarem no ambiente escolar compreendendo o ser humano com ênfase na esfera biológica. Neste modelo, a saúde/atividade física/exercício físico eram elementos principaís da Educação Física, porém, sendo abordada de maneira simplista e reduzida. Ressalta-se o caráter exclusivo das aulas práticas no processo de ensino e aprendizagem.

Na tendência Pedagogicista, Ghiraldelli Júnior (1998) destaca que a disciplina Educação Física tornou-se o núcleo da escola, pois, estava presente nos ritmos do cotidiano e respondia a preparação de alunos para as festividades da escola e atividades como torneios, desfiles, formação das fanfarras, entre outras. Assim, o envolvimento dos estudantes passou a ser mais participativo.

Entretanto, Darido (2003), destaca que ao menos ao nível do discurso, na tendência pedagogicista existiu uma passagem da valorização do biológico para o sócio-cultural, porém a prática permanecia praticamente inalterada.

No período da ditadura militar (1964/1985) surgiu a tendência Competitivista, em que o foco de ensino da Educação Física era direcionado para a prática do esporte, no intuito de tornar a Educação Física um sustentáculo ideológico para o país, considerando a possibilidade de obter êxito em competições de alto nível (Darido 2003)

Os interesses dos governantes eram que a população estivesse a todo momento mais entusiasmada com os esportistas e suas medalhas, pretendendo assim, tornar o Brasil uma potência olímpica reconhecida mundialmente. Por outro lado, cogitavam desviar a atenção da população do momento complexo em que viviam.

A última tendência a qual influenciou a Educação Física, é a popular, que teve início em 1985 e envolveu os movimentos sociais e uma preocupação com a transformação social, fazendo diversas críticas à Educação Física (Giraldelli Junior, 1998).

No intuito de modificar a prática fragmentada do ensino e proporcionar o desenvolvimento do indivíduo como um todo, surgem na década de 1970 e início da década de 1980, movimentos de crítica da Educação Física na escola.

A partir destes movimentos, Darido (2003) identifica a constituição e sistematização de várias abordagens pedagógicas da Educação Física. Estas abordagens segundo Ferreira e Sampaio (2013), constituem entendimentos da Educação Física por autores, ou grupo de autores, em que descrevem os conteúdos, sistemas e métodos da disciplina dentro da própria experiência prática.

Darido (2012) enfatiza que a grande preocupação dos professores de EF foi encontrar um método que fosse capaz de atender os alunos de forma igualitária, englobando teoria e prática atendendo as necessidades e características individuais dos alunos, que de forma coletiva, resultaria na aprendizagem através de um ato social.

Assim, as abordagens pedagógicas da Educação Física surgem na tentativa de modificar a prática pedagógica vigente, direcionando um rumo metodológico da Educação Física que superasse o enfoque do aprender a fazer exclusivamente pela prática, acrescentado a partir de então, planejamentos quanto ao conhecimento norteador das aulas, além dos valores e atitudes envolvidos no contexto.

Dentre as principais abordagens que surgiram na tentativa de romper com o modelo mecanicista destacam-se: a desenvolvimentista, construtivista, crítico-superadora, crítico-emancipatória, saúde renovada e sistêmica.

Para Darido (2003) a abordagem Desenvolvimentista apresenta como conteúdos centrais o desenvolvimento das habilidades motoras básicas e específicas através do jogo, esporte e dança, em que a finalidade é a adaptação aos valores presentes na sociedade, fazendo uso da equifinalidade, variabilidade, solução de problemas. A temática principal é