DESIDRATAÇÃO E RECOMENDAÇÕES PARA A REPOSIÇÃO HÍDRICA EM CRIANÇAS FISICAMENTE ATIVAS

1. Introdução

O presente relatório busca trazer uma discussão sobre a desidratação e algumas recomendações para uma reposição líquida em crianças. Sabemos que a prática de atividade física seja com a finalidade de competição ou por mera prática lúdica, auxilia na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. No Brasil estudos apontam que os garotos tendem a ser mais ativos do que as garotas, entretanto, não sabem a real causa ou sabem apontar motivos que estão correlacionados a estes dados, porém apontam como o mais plausível o fator social.

Há um grande debate no meio acadêmico sobre os impactos destas atividades físicas em adultos ativos e adultos sedentários, mas em relação às crianças encontramos certa carência em pesquisas que mostrem dados concisos sobre estes efeitos. Dentre eles, há a necessidade de uma atenção quanto à desidratação e reposição hidroeletrolítica em crianças antes, durante e depois de uma atividade física. Saber a quantidade de água ou qual o melhor momento para fazer a ingestão dela além de ajudar na prevenção de uma desidratação pelo estresse térmico, também pode contribuir positivamente no desempenho da atividade física.

Uma reposição hídrica pobre ou irregular, além prejudicar em um desempenho de longa duração, por exemplo, pode trazer com ela graves danos à saúde do indivíduo. Para evitar tal resultado, veremos que além do consumo de água, existe a possibilidade da ingestão de bebidas com carboidratos adicionados para melhor absorção intestinal e também manter a glicemia.

2. Hidratação

Em um país como o Brasil onde o clima de boa parte dele é bastante elevado como em relação a países com climas Temperados, por exemplo, nossas crianças são reféns dos riscos de uma exposição prolongada ao Sol e seus danos.

O hipotálamo é responsável por estimular o consumo de líquidos e também na excreção deles. Ele também é incumbido pela regulação do calor através do suor, onde o mesmo é responsável por manter a temperatura corporal interna em 37 graus Celsius. Crianças tem uma baixa capacidade de transpiração por sudorese, o que pode desencadear em um quadro de desidratação mais rápido quando apresentadas em um ambiente com condições climáticas desfavoráveis.

Para evitar piora no seu desempenho por carência de líquido, além de se recomendar que a criança esteja bem alimentada, pois numa refeição ela é capaz de obter eletrólitos, e com isso, apenas se faz necessário a ingestão de água até uma hora antes de um exercício, pois é suficiente para deixar em níveis ideais a osmolalidade e também ajudar os rins a regular a quantidade do líquido do corpóreo, e assim, auxiliar a termorregulação corporal. Os níveis ideais diários de hidratação podem variar de acordo com a idade e gênero das crianças, com mais distinção a partir dos 9 anos de idade.

3. Reposição hídrica

A ingestão líquida durante o exercício físico pode depender de como é a taxa de sudorese da modalidade esportiva que a criança desempenha e também se faz necessário ter uma atenção especial nas crianças que possuem níveis de adiposos maiores. Por isso é necessária uma reposição líquida durante o período da atividade física e em intervalos regulares, pois com isso é possível conter a desidratação e também controlar temperatura corporal.

Quanto maior a quantidade bebida de água e ou isotônicos antes da atividade física for próxima ao que será eliminado pelo suor, menores serão os efeitos sobre as capacidades fisiológicas e sobre o desempenho físico atrelado à desidratação. Logo esta seria uma maneira inteligente de consumir líquidos antes de uma atividade física.

Uma hidratação errônea pode trazer um risco de uma desidratação, e com ela, a falha na eliminação do calor corporal, que pode exceder 38 graus Celsius e a criança pode estar entrando em uma delicada situação de risco. Pois além de apresentar uma baixa capacidade de sudorese, ela terá o seu fluxo sanguíneo cutâneo prejudicado.

4. Líquidos reidratantes

A ingestão apenas de água após o exercício não é suficiente para recuperar a hidratação, pois a água apenas recupera a osmalaridade plasmática e retira a sensação de sede. Portanto se