EPIDEMIOLOGIA DA ATIVIDADE FÍSICA
Por: Mariana Isaac • 27/9/2015 • Trabalho acadêmico • 844 Palavras (4 Páginas) • 1.129 Visualizações
EPIDEMIOLOGIA, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
CONCEITO DE SAÚDE
Na atualidade, saúde tem sido definida não apenas como a ausência de doenças. Saúde se identifica como uma multiplicidade de aspectos do comportamento humano voltados a um estado de completo bem-estar físico, mental e social.
O estilo de vida passou a ser considerado fundamental na promoção da saúde e redução da mortalidade por todas as causas. Para grande parte da população, os maiores riscos para a saúde e o bem estar, têm origem no próprio comportamento individual, resultante tanto da informação e vontade da pessoa, como também das oportunidades e barreiras presentes na realidade social.
A saúde e a qualidade de vida do homem podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular de atividade física. O sedentarismo é condição indesejável e representa risco para a saúde. (CARVALHO et al., 1996).
RELAÇÃO ENTRE EPIDEMIOLOGIA, ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
A relação entre epidemiologia e atividade física aparentemente tem início na era epidemiológica das doenças crônicas não transmissíveis, como fatores multicausais de risco, o sedentarismo aparece como fator determinante de agravos à saúde.
Desta forma, a atividade física relacionada à saúde, no contexto das redes multicausais, aparece como um dos fatores que poderia modificar o risco dos indivíduos para adoecerem.
Estudos epidemiológicos indicam que grande parcela da população não atinge as recomendações atuais quanto a prática de atividades físicas. Estudos que avaliam apenas as atividades físicas realizadas no tempo de lazer encontram prevalências de sedentarismo ainda mais elevadas.
Segundo Nahas, 2003, a inatividade física representa uma causa importante de baixa qualidade de vida e morte prematura nas sociedades contemporâneas, particularmente nos países industrializados.
O número de mortes associadas à inatividade física pode ser estimado combinando-se o risco relativo deste comportamento com a prevalência (número de casos) numa população. Considerando, por exemplo, as doenças do coração, o risco de ocorrência de um infarto é duas vezes maior para indivíduos sedentários quando comparados com aqueles regularmente ativos.
ESTUDOS SOBRE A EPIDEMIOLOGIA DA ATIVIDADE FÍSICA
CHURCH et al., 2001, analisou os resultados de 22.167 homens num acompanhamento que durou 23 anos, os resultados demonstraram que a taxa de mortalidade era maior entre aqueles com menor capacidade física.
Mais recentemente, OKDAD et al.,2000, demonstraram que alimentação ruim e inatividade física eram responsáveis por 16,6% dos casos atuais de morte nos Estados Unidos.
Segundo HALLAL et al., 2005, estudos epidemiológicos indicam que grande parcela da população não atinge as recomendações atuais quanto a prática de atividades físicas. Estudos que avaliaram apenas as atividades físicas realizadas no tempo de lazer encontravam prevalências de sedentarismo ainda mais elevadas.
CONTRIBUIÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA DA ATIVIDADE FÍSICA
Em consequência disso, A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem sensibilizando os diferentes países membros quanto à necessidade emergencial de modificar o estilo de vida sedentário e praticar atividade física regular, a fim proporcionar maior qualidade de vida.
Com o intuito de melhorar a aptidão cardiorrespiratória, muscular, a saúde óssea, cardiovascular e metabólica; as crianças e jovens com idades entre 5 a 17 devem acumular pelo menos 60 minutos de atividade física diária, com intensidade de moderada a vigorosa, sendo a maior parte dessa atividade física aeróbica. Valores de atividade física maior do que 60 minutos podem fornecer benefícios adicionais de saúde.
Em adultos entre 18 e 64 anos de idade, a fim de melhorar as mesmas funções que as crianças, inclusive reduzirem o risco de DNT (doenças não transmissíveis) e depressão, devem-se realizar no mínimo 150 minutos de intensidade moderada de atividade física aeróbica por semana ou pelo menos 75 minutos de intensidade vigorosa de atividade física aeróbica por semana. Para benefícios adicionais de saúde, os adultos podem aumentar a intensidade para o dobro.
Os idosos devem fazer a mesma realização que os adultos ou uma combinação equivalente de atividade moderada e de intensidade vigorosa a fim de melhorar função cardiorrespiratória e muscular, a saúde dos ossos, reduzir o risco de DNT, depressão e declínio cognitivo.
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