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Hipertensão Arterial

Por:   •  9/4/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.504 Palavras (7 Páginas)  •  306 Visualizações

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Hipertensão Arterial

De acordo com os Arquivos Brasileiros de Cardiologia (2016, p. 1), Hipertensão Arterial “é condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos iguais ou maiores que 140 (pressão arterial sistólica) e/ou 90 (pressão arterial diastólica) mmHg”.

Geralmente, a hipertensão está associada a alguns fatores, como distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo (coração, vasos sanguíneos, encéfalo e rins), e pode piorar quando existirem outros fatores de risco, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e Diabetes Melito (DM), mantendo associação independente com a morte súbita, Acidente Vascular Encefálico (AVE), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Insuficiência Cardíaca (IC), Doença Arterial Periférica (DAP) e Doença Renal Crônica (DRC), fatais e não fatais.

Aproximadamente 32,5% dos indivíduos adultos e mais de 60% dos idosos brasileiros têm Hipertensão Arterial, contribuindo direta ou indiretamente em mais de 50% das mortes por Doença Cardiovascular (DCV). Só em 2013, foram mais de 1 milhão de óbitos, sendo aproximadamente 30% deles decorrentes de DCV, que é a principal causa de morte em nosso País.

Fatores de risco para Hipertensão Arterial (HA)

Existem vários fatores que contribuem para HA, dentre os quais, destacam-se:

[pic 1]

Pré-hipertensão

A Pré-hipertensão (PH) é caracterizada por uma Pressão Arterial Sistólica (PAS) entre 121 e 139 mmHg e/ou uma Pressão Arterial Diastólica (PAD) entre 81 e 89 mmHg.

Mas por que você precisa ler e entender sobre a PH?

É porque ela está associada a um maior risco de desenvolvimento de Hipertensão Arterial e anormalidades do coração. Aproximadamente 33% dos eventos cardiovasculares (CV) que são causados pela elevação da Pressão Arterial ocorrem em indivíduos que estão com Pré-hipertensão. Essas informações nos mostram que o indivíduo que tem PH deve ser acompanhado mais de perto, pois muitos desenvolverão HA futuramente.

Como aferir (medir, mensurar) a Pressão Arterial?

Antes de iniciar a medição da Pressão Arterial, é necessário seguir alguns procedimentos. Acompanhe:

  • Explicar o procedimento para o paciente. Este deve ficar em repouso por volta de três a cinco minutos, num ambiente calmo e confortável. Durante a medição, o paciente deve ser instruído a ficar em silêncio. Qualquer dúvida que o paciente tiver deve ser esclarecida antes ou após a medição.
  • Verificar se o paciente não está com a bexiga cheia, se praticou exercícios físicos há pelo menos uma hora, se ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos e se fumou nos 30 minutos anteriores à medição.

[pic 2]Para realizar a medição, o paciente deve ficar sentado, com as pernas descruzadas, os pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado. O braço deve ficar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima, e as roupas não devem apertar o membro. Em pacientes diabéticos, idosos e outros que possam ter Hipotensão Ortostática, a medição da Pressão Arterial deve ser realizada na posição em pé, após três minutos.

A PA média é determinada pelo débito cardíaco (quantidade de sangue bombeada pelo coração por minuto) e resistência vascular total (é a soma da resistência ao fluxo sanguíneo exercida por todos os vasos sanguíneos do corpo). Para determinar a Pressão Arterial média, basta multiplicar o débito cardíaco pela resistência vascular total:

Pressão Arterial média = débito cardíaco x resistência vascular total

Qualquer aumento do débito cardíaco ou da resistência vascular total aumenta a Pressão Arterial média.

De acordo com Powers e Howley (2014), existem alguns fatores que podem influenciar o aumento da Pressão Arterial, sendo eles:

  • aumento do volume sanguíneo;
  • aumento da frequência cardíaca;
  • aumento do volume sistólico;
  • aumento da viscosidade sanguínea;
  • aumento da resistência periférica.

Aferição da Pressão Arterial (PA)

Na medição da PA, devemos obedecer às seguintes etapas:

1) Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre o acrômio da escápula e o olécrano da ulna, conforme as Figuras 1, 2 e 3:

[pic 3]

Figura 1 Escápula e ulna.

[pic 4]

Figura 2 Escápula.

[pic 5]

Figura 3 Ulna.

2) Selecionar o tamanho adequado do manguito para cada circunferência de braço.

3) Colocar o manguito, sem deixar folgas, entre 2 e 3 cm acima da fossa cubital (Figura 4).

[pic 6]

Figura 4 Fossa cubital.

4) Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial (Figura 5).

[pic 7]

 Figura 5 Artéria braquial.

5) Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial, conforme a Figura 6:

[pic 8]

Figura 6 Pulso radial.

6) Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem pressionar demasiadamente:

[pic 9]

Figura 7 Fossa cubital (localização).

7) Inflar rapidamente até ultrapassar em 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação.

8) Desinflar lentamente, com uma velocidade de, aproximadamente, 2 mmHg por segundo.

9) Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, em seguida, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação.

10) Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff) e, em seguida, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação.

11) Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e, depois, proceder à deflação rápida e completa.

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