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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO VOLTADOS PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Por:   •  7/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.982 Palavras (12 Páginas)  •  703 Visualizações

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MÉTODOS DE AVALIAÇÃO VOLTADOS PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR


INTRODUÇÃO

O conceito de avaliação adquiriu nova percepção. Avaliar hoje é reconhecer, diagnosticar, desenvolver e valorizar a expressão individual, a cultura, a afetividade, como elemento do próprio do aprendizado coletivo. Por isso é papel da avalição detectar as dificuldades de aprendizado e suas causas, e quando percebido isso é possível modificar a linha em ensino, dando grande ganho a educação e aprendizagem do aluno.

Isso vem se aperfeiçoando ao logo dos anos, e percebemos hoje uma avaliação mais voltada ao particular de cada indivíduo na percepção de sua participação e absorção dos conteúdos ministrados.

Essas mudanças são consequência de modificações estruturais da própria sociedade em que vivemos, do comportamento humano, dos avanços tecnológicos, entre muitos outros fatores.

1ª PARTE – PRODUÇÃO DE TEXTO 1

Métodos de Avaliação voltados para a Educação Física Escolar

Nestes últimos anos, a reflexão sobre a temática dos Métodos de Avaliação intensificou-se, assumindo diversas concepções. A tradição brasileira situou a Educação Física como atividade complementar e isolada no currículo escolar, muitas vezes sendo vista como treinamento pré-militar e preparação de atletas, esquecendo o contexto que ela realmente poderia ser trabalhada.

Bem sabemos que a formação da criança e do Jovem deve ser concebida como uma educação integral – corpo, mente e espirito. Desenvolvendo plenamente o ser da criança em todos os seus aspectos cognitivos. Neste sentido a avaliação educacional tem sido objeto de intensos debates no Brasil desde a década de 1930.

As pesquisas no campo da avaliação começam a expressar suas reflexões em meados da década de 1970, influenciadas pelos trabalhos de Bloom, Pophan, Scriven, Stake, Stufflebeam e Tyler. Contudo, trabalhos do tipo estado da arte, como os de Santos (2002), Alves e Soares Junior (2007) e, recentemente, Macedo (2011), têm demonstrado um reduzido número de pesquisas sobre avaliação na Educação Física. Santos (2002) e Macedo (2011), ao tomarem como fonte os periódicos e congressos científicos da área no período de 1930 a 2010, evidenciam a existência de quarenta artigos que tratam dessa temática, sendo que desses apenas sete mergulham no cotidiano escolar. Embora os autores, no campo da Educação em geral, como Hoffmann (2001), Perrenoud (1999) e, especificamente na Educação Física, Resende (1995) e Souza Júnior (2004), sinalizarem avanços teóricos nos discursos acadêmicos sobre avaliação educacional, os trabalhos acabavam por denunciar as mazelas das práticas pedagógicas cotidianas. É oportuno salientar que esse não é um problema específico dos estudos no campo da avaliação educacional, nem, tampouco, um problema específico da Educação Física. Percebermos que é preciso, conforme destacou Alves e Oliveira (2002), evidenciar mais do que a tendência de descrever a escola em seus aspectos negativos dizendo o que não há nelas ou o que não corresponde ao modelo de análise adotado. Faz-se necessário apresentar possibilidades de intervenção na Educação Física que vão além da continuidade em gerar diagnósticos de denúncia. A questão posta por essa opção se projeta no sentido de perceber o que de fato a escola faz, porque faz e com quem faz. Buscamos, com isso, compreender não apenas as ações prescritivas como produtoras de conhecimento escolar, mas, sobretudo, os saberes da prática, criados e recriados diariamente nos espaços e tempos escolares, pelos praticantes que os constituem.

Em contrapartida hoje, percebemos um esgotamento da concepção tradicional, regida pela Ascenção da cultura corporal esportiva. O esporte, a ginastica, a dança, as artes marciais e a pratica de aptidão física tornam-se cada vez mais produtos de consumo, evidenciados pelos meios de comunicação em massa. Não obstante a isso, há também um estilo de vida gerado pelas novas condições socioeconômicas, que leva ao sedentarismo, à alimentação inadequada e ao stress. Existe um aumente das horas diante da televisão e celulares o que diminui as atividade motoras, leva ao abandono da cultura do jogo, que favorece a cultura de praticar esportes pela a de apenas assistir esportes, ou até em jogar virtualmente por meio de vídeo games.

E ai que a Educação Física Escola deve assumir uma outra postura tendo a tarefa de introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando um cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transforma-la, pra usufruir do jogo, do esporte e das atividades físicas em benefício da qualidade de vida.

Sendo assim não basta somente adquirir habilidades motoras, é preciso que o aluno aprenda fundamentos técnicos e táticos de um esporte coletivo, para aprender a organizar-se socialmente. Precisa compreender regras como um elemento que torna o jogo possível. É importante que ele aprenda a interpretar e aplicas as regras por si próprio, respeitar o adversário como um companheiro e não como um inimigo, pois sem ele não existiria competição.

Tudo isso, faz da Educação Física Escolar, responsável por preparar o aluno para ser um praticante lúcido e ativo, que incorpore o esporte e os demais componentes da cultura corporal em sua vida.

Sendo assim, um processo a longo prazo, deve levar o aluno a descobrir os motivos e sentidos nas práticas corporais, favorecer o desenvolvimento de atitudes positivas para com elas, levar a aprendizagem de comportamentos adequados a pratica, levar ao conhecimento, compreensão e análise de seu intelecto os dados científicos e filosóficos relacionados à cultura corporal de movimento, dirigir sua vontade e sua emoção para a pratica e a apreciação do corpo em movimento. (Betti. 1992)

Este processo possui fases, e em cada uma dessas fases deve haver objetos específicos e bem determinados que respeitem os níveis de desenvolvimento e as características dos alunos:

  • Na Primeira Fase do Ensino Fundamental, do primeiro ao terceiro ou quarto anos, devemos levar em consideração que as atividades corporais são um elemento fundamental da vida infantil. Deve haver uma adequada estimulação psicomotora, que possibilite estreitas relações com o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social, privilegiando o desenvolvimento de habilidades motoras básicas por meio de jogos e brincadeiras variadas, sendo atividades de auto testagem.
  • A partir do quarto ou quinto ano do Ensino Fundamento promova-se a iniciação aos esportes, atividades ritmas, danças e ginasticas. A aprendizagem de uma habilidades técnica nesta fase não deve ser prioritária e sim segundaria.  O importante é a concretização de ambiente e de um estado de espirito lúdico e prazeroso que leve em conta o potencial psicomotor dos alunos.
  • No sétimo e oitavo anos do Ensina Fundamental dar-se o aperfeiçoamento de habilidades especificas e o aprendizado de habilidades mais complexas. Pode ser iniciado também um trabalho voltado para a aptidão física, entendida como o desenvolvimento global e equilibrado das capacidades físicas que são resistência aeróbicas, resistência muscular localizada e flexibilidade. Inicia-se ai também a conceituação de conteúdos de conceitos teóricos sobre a inter-relação com outras matérias, em especial Ciências, História e Estudos Sociais. Como ainda uma abordagem de problemas posturais, dando exercícios específicos.
  • No Ensino Médico, a Educação Física deve apresentar características próprias e inovadores, que considerem a nova fase cognitiva e afetivo-social atingida pelos adolescentes. Os adolescentes adquirem uma mais crítica e não atribuem mais tanto credito a Educação Física.  Formam-se dois tipos de alunos: os que veem a Educação Física como material formal e os que a colocam como algo vinculado ao bem estar e o lazer. Isso porque outras coisas passam a ser o foco deles como a sexualidade, trabalho e o vestibular. Por isso que a Educação Física deve atender a estes novos interesses e não deve produzir simplesmente como no modelo anterior, ou seja, reproduzir novamente os mesmos conteúdos, porem agora mais aprofundado. Porém, não se pode perder de vista a finalidade de integrar o aluno na cultura corporal. Pelo contrário, no ensino médico, pode-se proporcionar usufruto desta cultura, por práticas que tenham sentido em si próprias.

A partir disso, podemos dizer que a avaliação dentro da Educação Física tem as mesmas características e dificuldades das demais matérias do currículo escolar, mas também apresenta particularidades. Pontuado assim as atribuições da avaliação na Educação física podemos afirmar que:

  1. A avaliação deve ser continua, compreendendo as fases de desenvolvimento do aluno.
  2. A avaliação deve contemplar os aspectos cognitivos, afetivos ou emocionais, social e motor de cada aluno;
  3. A avaliação deve referir-se a qualidade motoras básicas ao jogo, ao esporte, dança, ginásticas e práticas de aptidão física;
  4. A avaliação deve referir-se à qualidade dos movimentos apresentados pelo aluno, e aos conhecimentos a ele relacionados;
  5. A avaliação deve referir-se aos conhecimentos científicos relacionados a pratica das atividades corporais de movimento;
  6.  A avaliação deve levar em conta os objetivos especifico proposto pelo programa de ensino;
  7. A avaliação deve levar em conta a capacidade do aluno de se expressar pela linguagem escrito e falada, sobre a sistematização dos conhecimentos relativos a cultural corporal e de movimento, e da sua capacidade de movimentar-se nas formas elaboradas por essa cultura.

Na realidade a avaliação é uma realidade que representa uma relação social especifica que atua com base numa organização ideológica complexa, na qual o jogo de interesses geralmente é estratégico e envolve interesses distintos e expectativas distintas, muitas vezes antagônicas. Mathews (1980) aponto que a “avaliação implica julgamento, estimativa, classificação e interpretação tão fundamentais ao processo educacional total”.  

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