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O BASQUETEBOL EM CADEIRA DE RODAS

Por:   •  22/10/2019  •  Seminário  •  1.375 Palavras (6 Páginas)  •  347 Visualizações

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FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA

MODALIDADE BASQUETEBOL EM CADEIRA

DE RODAS

Fernanda Nunes Amaral

Fídias Alves de Pinho

Leonardo Ernesto Lima

Tiago Joaquim Schwambach

Tutor Marlon Fleck

Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi

Licenciatura em Educação Física (LEF 0113) – Didática e Metodologia de Ensino de Educação Física

26/06/2018

RESUMO

Sociedades em todo o mundo, desde a metade do século passado, começaram a desenvolver atividades esportivas para deficientes como processos de desenvolvimento físico e psicológico, bem como de inclusão social. O paradesporto, assim chamado, vem ganhando mais espaço, adaptando algumas modalidades, criando outras, além de estudar formas de treinamento para pessoas com deficiência, seja física, auditiva, visual ou intelectual.

Nosso estudo, por intermédio deste escrito, consiste em apresentar o basquetebol em cadeira de rodas (BCR) em suas adaptações quanto às regras, equipamentos e movimentos físicos. Entender o contexto do paradesporto e as necessidades para a prática do BCR considerando as limitações, as adaptações e suas regras específicas.

Palavras-chave: Ensino do Basquete Adaptado; Prática de Educação Física; Inclusão Social

INTRODUÇÃO

Há mais de meio século, o esporte adaptado surge tendo como cenário os centros de reabilitação nos Estados Unidos e Reino Unido.

Introduzido pelo neurocirurgião Ludwig Guttman o esporte para portadores de deficiência era vista como um programa complementar ao processo de reabilitação dos feridos em campos de batalha da II Guerra Mundial. O êxito na melhora física e psicológica dos ex-combatentes fez com que a prática por esse tipo de modalidade fosse buscada por deficientes de fora do setor militar.

O esporte adaptado surgiu no Brasil em 1958, por intermédio de Sérgio Del Grande e Robson Sampaio, que trouxeram a ideia dos EUA e fundaram dois clubes desportivos de BCR, um no Rio e outro em São Paulo.

Em 1960, aconteceu a primeira paraolimpíada, em Roma; mas a primeira equipe de BCR a representar o Brasil numa paraolimpíada ocorreu em 1972, em Heidelberg, na então Alemanha Ocidental.

Atualmente há muitos clubes no Brasil e diversas competições paradesportivas. Em nosso estado, o maior evento são os Jogos Abertos Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), além dos Jogos Escolares Paradesportivos de Santa Catarina (Parajesc).

REGRAS E ADAPTAÇÕES

As modalidades que envolvem pessoas com deficiência nos membros inferiores, a adaptação inclui o uso de cadeira de rodas, que, em geral, possuem características específicas à pratica, observando velocidade, estabilidade, baixo peso, segurança e facilidade de se reposicionar em decorrência de eventuais quedas.

Apesar do equipamento, as adaptações no basquetebol em cadeira de rodas (BCR) são poucas em relação à prática do convencional.

Quanto ao espaço, demarcações e medidas de quadra, não há qualquer alteração entre o basquetebol convencional e o adaptado a cadeirantes. O mesmo se dá no que concerne a tempo de jogo, número de jogadores e suas posições, quantidade de faltas.

[pic 1][pic 2]

As técnicas de arremesso, passe e dribles também não mudam. O que muda nessa modalidade é a forma de locomoção, posto que todos os jogadores usam cadeira de rodas. Ou seja, as poucas modificações feitas levam em consideração a cadeira de rodas, a mecânica da sua locomoção e a necessidade de se jogar sentado.

Esses jogadores são pessoas com deficiência física de membro inferior: amputados, lesionados medulares traumáticos e congênitos, pessoas que sofreram poliomielite, entre outros.

O arremesso para cestas é o objetivo final no basquetebol, seja no convencional, seja no adaptado. Assim, as regras são quase as mesmas. Há algumas pequenas adaptações, como: a cada dois toques na cadeira o atleta deve quicar, passar, ou arremessar a bola. O toque na cadeira é contado como um passo do atleta que joga em pé, considerando ainda as mudanças rápidas de direção, que se exige por parte dos atletas na cadeira de rodas.

[pic 3]

Nas regras do basquete em cadeira de rodas há itens específicos que devem ser observados:

 

  1. Quando alguma parte de sua cadeira está em contato com a linha limítrofe ou fora dos limites da quadra, o jogador é considerado fora da quadra.
  2. A cadeira só pode ser empurrada no máximo duas vezes antes de driblar, passar ou lançar a bola.
  3. É infração a permanência de um jogador por mais de três segundos na área restritiva do oponente.
  4. O jogador, ao segurar a bola, tem até cinco segundos para passar, lançar ou driblar.
  5. Uma equipe tem 10 segundos para levar a bola da sua área de defesa até a área de ataque.
  6. Em caso de contato físico com o oponente e/ou comportamento antidesportivo, a falta é marcada e a penalidade pode ser a perda da posse de bola, lance livre ou séries de três lances, dependendo da natureza das faltas.
  7. O jogador é retirado do jogo quando cometer cinco faltas.
  8. A falta pessoal é aplicada ao jogador por bloquear, segurar, puxar ou impedir progressão do oponente com seu corpo ou com a cadeira, agir com rudez desnecessária ou fazer contato propositalmente entre cadeiras.
  9. A conduta antidesportiva resulta falta técnica, como se levantar do assento da cadeira ou retirar seus pés do apoio, usar alguma parte de seus membros inferiores para obter vantagem desleal ou para direcionar sua cadeira.

A CADEIRA DE RODAS

[pic 4]

Considerando os padrões de competitividade e segurança, a cadeira de rodas deve se adequar aos padrões exigidos, podendo ter três ou quatro rodas: duas rodas grandes na traseira, e uma ou duas frontais. As medidas dos pneus traseiros devem ser de, no máximo, 66 cm de diâmetro, contendo ambas as rodas um suporte para as mãos. O assento deve ter altura máxima de 53 cm do chão, e o apoio para os pés não deve passar de 11 cm de altura, quando as rodas dianteiras estiverem direcionadas para frente. A parte de baixo dos apoios deve ser apropriada para evitar danos à superfície da quadra. O jogador poderá usar uma almofada de material flexível no assento da cadeira. A peça não poderá ter mais de 10 cm de espessura, ou 5 cm para jogadores de classe 3.5, 4.0 e 4.5. Também podem ser usados faixas e suportes que fixem o jogador na cadeira. É proibido o uso de pneus pretos, aparelhos de direção e freios.

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