O EFEITO DA INTENSIDADE DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Por: jpratis • 5/10/2020 • Seminário • 2.492 Palavras (10 Páginas) • 224 Visualizações
JEAN HENRIQUE DA SILVA PRATIS RA 8085026
E. F.
O EFEITO DA INTENSIDADE DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.
Orientadora: Maria Cecilia Bonacelli.
CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO
Ribeirão Preto
2020
RESUMO
Este artigo pretende analisar um experimento que investiga o estudo da duração das intensidades da atividade física e o efeito de intensidade da aula de educação física e complexidade de habilidades e sua interação no comportamento em tarefas dos alunos na sala de aula.
Entende-se que, a partir dos resultados obtidos, serão necessários treinamento e orientações de professores, assim como políticas públicas que enfatizem maior número de aulas e maior duração do tempo de aula dedicada a atividades de intensidade vigorosa. Torna-se importante, também, ações que objetivem o aumento da eficiência e da eficácia das aulas de Educação Física nos ensinos fundamental e médio.
PALAVRAS-CHAVE: Atividade física, Educação Física Escolar, Duração de atividade, aptidão.
INTRODUÇÃO
Doenças crônicas como a, morbidade, obesidade, diabetes tipo 2 entre outras, têm o seu início durante a infância e adolescência, podendo agravar posteriormente, dependendo do estilo de vida do indivíduo; principalmente no que se refere a maus hábitos alimentares e inatividade física.
A prevalência mundial da obesidade infantil vem apresentando um rápido aumento nas últimas décadas, sendo caracterizada como uma verdadeira epidemia mundial, sendo que este fato é bastante preocupante, pois a associação da obesidade com alterações metabólicas, como a dislipidemia, a hipertensão e a intolerância à glicose, considerados fatores de risco para o diabetes melitus tipo 2 e as doenças cardiovasculares até alguns anos atrás, eram mais evidentes em adultos podendo ser observadas com mais frequência entre os mais jovens (STYNE, 2001).
Trago aqui pesquisas que evidenciaram que a inatividade física quando iniciada na infância ou adolescência tende a continuar na vida adulta sendo mais difícil de modificar este quadro.
O aumento na incidência de doenças como cardiopatias, hipertensão, diabetes e obesidade têm sido cada vez mais relacionados à redução da prática de atividade física.
A quantidade de atividade física na população em geral está em declínio desde a transição da infância para a adolescência, perdurando até a fase adulta. Embora os meninos sejam, aparentemente, mais ativos que meninas, ambos apresentam redução nos níveis de atividade física ao se comparar a infância com a adolescência. Neste sentido, o nível de atividade física na adolescência tem demonstrado não ser suficiente para promover benefícios à saúde, uma vez que as crianças permanecem a maior parte de seu tempo em atividade física de baixa intensidade Torna-se imprescindível a incorporação da prática de atividade física em crianças e adolescentes para que esse hábito possa se transferir para a fase adulta, minimizando a incidência de disfunções orgânicas, uma vez que, muitos adolescentes não realizam nem mesmo 30 minutos de atividade física moderada a intensa por dia.
A escola é um local favorável para o estabelecimento de atividade física, a Educação Física Escolar é uma das principais oportunidades, senão a única, de acesso das crianças e adolescentes à prática de atividade física regular, mesmo sendo realizada com frequência semanal limitada (de uma a três vezes por semana em ambiente escolar), para que esses possam atingir níveis condizentes com a melhoria da saúde, bem como despertar e estimular o gosto pela atividade física, contribuindo assim com a adoção de um estilo de vida saudável. Além disso, alguns estudos afirmam ainda que, a qualidade dos programas das aulas de Educação Física pode interferir no alcance das recomendações diárias de atividades físicasdos adolescentes, que aconselha a participação de no mínimo 60 minutos diários de atividades físicas, de moderada a intensa para que haja benefícios à saúde. Por isso, torna-se importante identificar a contribuição relativa das aulas de Educação Física para o alcance de tais recomendações, mesmo com uma baixa ocorrência semanal, de forma a assegurar que nos dias em que estas acontecem pelo menos 50% do tempo total dessas aulas atinjam a classificação moderada a intensa conforme recomendado por Khan et al.
Sendo assim, esta pesquisa é baseada no estudo estudo registrado e aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa com seres humanos da Universidade Federal de Viçosa sob nº 027/2010. Como objetivos de verificar os níveis de intensidade da atividade física praticada durante as aulas de Educação Física em escolares de escola pública e privada, comparar os resultados entre as escolas, além de identificar qual a contribuição relativa dessas aulas para o alcance das recomendações diárias atividade física.
DESENVOLVIMENTO
A prática de atividades físicas pode estar vinculada a diversos objetivos, que variam entre os indivíduos. Entretanto, como instrumento de modulação da saúde, essa prática provoca adaptações físicas em busca de equilíbrio das funções do organismo e deve ter compromisso com a intensidade, duração e frequência.
Aptidão física pode ser definida como um conjunto de componentes individuais, adquiridos ou hereditários, que estão relacionados com a capacidade de realizar AF (CASPERSEN; POWELL; CHRISTENSON, 1985). Agilidade, equilíbrio, velocidade, coordenação, flexibilidade, força muscular, entre outros componentes são descritos na literatura como importantes indicadores da capacidade motora em crianças e adolescentes (GUEDES, 2007).
Entretanto, alguns componentes da aptidão física são destacados na literatura pela sua forte associação com o estado de saúde do indivíduo jovem e estes componentes compreendem a aptidão física relacionada à saúde, composta pela composição corporal, aptidão cardiorrespiratória, aptidão muscular e flexibilidade. A composição corporal, aptidão muscular e a aptidão cardiorrespiratória têm também influência na capacidade motora dos jovens (CHEN et al., 2006; ORTEGA et al., 2008). Considerando a importância destes componentes da aptidão física para a saúde, diversos estudos têm buscado identificá-los na população jovem (RUIZ et al., 2006; LOHMAN et al., 2008). Levantamentos sobre a aptidão física relacionada à saúde em adolescentes foram realizados em países desenvolvidos como Austrália (DWYER; GIBBONS 1994), Estados Unidos (EISENMANN; MALINA, 2002), Espanha (ORTEGA et al., 2005), e Portugal (RODRIGUES; BEZERRA; SARAIVA, 2005), assim como em adolescentes de países em desenvolvimento como Taiwan (HUANG; MALINA, 2002), Irlanda do Norte (HOEKSTRA et al., 2008) e Geórgia (KELLY et al., 2010).
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