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O PLANEJAMENTOS DE AULA

Por:   •  11/2/2022  •  Abstract  •  1.725 Palavras (7 Páginas)  •  134 Visualizações

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PLANEJAMENTOS DE AULA

Jogos cooperativos: São atividades que requerem um trabalho em equipe para alcançarem metas mutuamente aceitáveis.

Os jogos cooperativos busca aproveitar as condições, capacidades, qualidades ou habilidades de cada indivíduo, aplica-las em grupo e tentar atingir um objetivo comum. O mais importante é a colaboração de cada um, é o que cada um tem a oferecer naquele momento, para que o grupo possa agir com mais eficiência nas tarefas estabelecidas. Esse tipo de jogo traz uma alternativa ao jogo de competição, onde, algumas vezes, o outro passa a ser um obstáculo ao qual tenho que passar qualquer custo para atingir o meu objetivo.

Nessa perspectiva, considero fundamental para a formação humana a intervenção pedagógica utilizando a metodologia dos jogos cooperativos, possibilitando vivenciar as brincadeiras e jogos baseado na cooperação, participação, inclusão e reflexão. Nesse sentido Soler (2006), faz considerações de cinco princípios que norteiam os jogos cooperativos sendo eles:

O princípio da inclusão: nele deve-se trabalhar para ampliar a participação e a integração das pessoas;

O princípio da coletividade: estimular as conquistas e ganhos adquiridos coletivamente como benefício de todos, respeitando as individualidades;

O princípio da igualdade de direitos e deveres: deve-se deixar clara que a tomada de decisões e gestão das ações é responsabilidade de todos, tendo, a repartição dos benefícios como ganho das práticas cooperativas;

O princípio do desenvolvimento humano: ter como objetivo das vivências cooperativa o aprimoramento do ser humano como sujeito social;

O princípio da processualidade: a valorização dos meios e processos da cooperação, em detrimento do produto. Cada situação vivida deve levar em contas as situações vividas anteriormente.

Nesse caminho, é possível uma proposta de educação que seja transformadora e inovadora, tendo nos jogos cooperativos uma possibilidade da ação do valor educativo na formação e desenvolvimento humano dos nossos discentes e da sociedade. Os autores Brown (1994), Correia (2006), Soler (2006), Almeida (2011), Amaral (2009) pontuam a partir de Orlick (1989) as características mais importantes dos jogos cooperativos sendo, elas: a cooperação, a participação, a aceitação e a diversão. Determinam ainda, cinco características libertadoras relevantes em suas estruturas:

• Libertam da competição: esta característica está voltada para a participação, livres da pressão de ganhar ou perder geradas pela competição, as ações estão diretamente ligadas com a cooperação como estrutura interna no jogo;

• Libertam da eliminação: essa importante característica proporciona a oportunidade de participar das atividades, corrigindo os erros, aprendendo com as diferenças, respeitando as individualidades e continuar no jogo com um objetivo comum a todos;

•. Libertam para criar: o ato de criar nos jogos cooperativos nos leva a ser protagonista de um jogo que não está pronto, acabado, mas aberto a nossa própria atividade lúdica, dispostos a solução dos desafios, livres de cobranças feitas pelo ato de competir;

• Libertam da agressão: a partir do momento que a motivação do jogo é o desafio de conquistar um objetivo comum, livres do enfrentamento e da ação de vencer o outro, as condutas de agressão física ou verbal passam a ser evitadas.

Os jogos cooperativos proporcionam aos discentes um conjunto de situações e oportunidades para convivência humana, com a capacidade de gerar e fomentar atitudes que são fundamentais para a formação e humanização dos sujeitos como: a empatia, a cooperação, a autoestima, a comunicação, o altruísmo, a tolerância, a aceitação e respeito às diferenças individuais e de si mesmo.

A ação educativa aqui apresentada pode dá um sentido maior no ato de jogar e brincar dos sujeitos. Quando proporcionamos situações em que a participação coletiva com o objetivo de cooperar, há a possibilidade do respeito às competências individuais, além de poder gerar uma cultura de jogos e brincadeira com valores positivos nas relações humanas. Orlick (1989), ao considerar as situações e diversidades de participação das pessoas nos jogos cooperativos, categorizou os jogos cooperativos de forma a possibilitar a integração nas diversas situações do contexto sócio cultural. Essas categorias são as seguintes:

• Jogos cooperativos sem perdedores: todos são considerados de um único time, esses são plenamente cooperativos, logo, todos jogam juntos, ganham ou perdem juntos;

• Jogos cooperativos de resultados coletivos: são jogos em que existe a participação de duas ou mais equipes, mas que o resultado alcançado dependerá da cooperação e participação coletiva de todos jogando juntos;

• Jogos cooperativos de inversão: consiste em jogos, os quais há a troca dos jogadores que começam em uma equipe. O autor sugere os seguintes tipos de inversão:

 Rodízio de jogadores: os jogadores mudam de time após uma situação ocorrida durante o jogo, como em uma jogada predeterminada (exemplo: uma manchete do voleibol);

 Inversão do goleador: quando um jogador marca um ponto, este passa para a outra equipe;

 Inversão do placar: quando há a marcação de um ponto este passa a ser do outro time;

 Inversão total: corresponde a troca do jogador para outra equipe quando este faz o ponto.

Almeida (2001), afirma que “quando cooperamos, fazemos com que o mundo ao nosso redor funcione com mais harmonia e perfeição” (Almeida, 2001, p. 38). É diante desse contexto que abro diálogo da realidade das aulas com os jogos cooperativos e as expectativas de aprendizagem que almejo para os discentes

A composição denominada Jogos Infantis é uma obra do pintor Pieter Bruegel, o Velho, na qual ele mostra a importância de ter sido um pintor de miniaturas, ao agregar numa única tela, cuidadosamente organizada, mais de 230 figuras humanas, fato muito comum em suas pinturas. .... As crianças variam de bebês a adolescentes.

[pic 1]

Iniciei informado o objetivo da nossa aula e fiz a projeção da pintura “Jogos Infantis” de Pieter Bruegel (1560) que retrata 84 brincadeiras do período medieval. Imediatamente, as conversas paralelas iniciaram, apontando para o quadro e falando entre eles prováveis brincadeiras, irei solicitar que cada um em silêncio, anotasse no seu caderno quais brincadeiras/jogos estavam visualizando na obra de arte e que após 6 minutos, em ordem, iríamos chamar os voluntários para mostrar no quadro as prováveis brincadeiras da época, mas que perduram até os dias atuais.

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