OS BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO PARA IDOSOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO PARA IDOSOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

FARIAS, A. E. S¹; SOUZA, G. G. S¹; COSTA, L. H. B. M¹; SILVA, M. A. S¹; SANTOS, P. H. S¹; ALVES,T.S¹; SANTIAGO, L. S. S²

¹Graduando em Educação Física FACOL, ²Docente Núcleo de Saúde FACOL

INTRODUÇÃO

A relação entre atividade física, saúde, qualidade de vida e envelhecimento vêm sendo cada vez mais discutida e analisada cientificamente. O envelhecimento faz parte do processo natural da vida, e as atividades físicas tem ganhado o seu espaço em meio à sociedade. Uma vez que, doenças geriátricas começam aos 40 anos, idade em que surgem os grandes problemas degenerativos, coronariopatias, diabetes e hipertensão. Principalmente pelos maus hábitos alimentares, sedentarismo, estresse e desnutrição. A velhice além de alterações biológicas traz mudanças psicológicas e sociais que contribuem para o pouco relacionamento do idoso consigo mesmo, com a família, amigos e a sociedade. Neste contexto, os exercícios físicos trazem muitos benefícios na terceira idade, conforme citações de (NADEAU, PERRONET, 1985). A musculação faz com que o indivíduo tenha mais força, devido ao aumento da massa muscular evitando quedas, pois 40% das pessoas acima de 65 anos caem pelo menos uma vez por ano, já que nessa faixa etária há uma perca da musculatura, o que dificulta a resistência podendo ocorrer lesões, principalmente as fraturas que reduzem a mobilidade articular. (NAHAS, 2001). Adotar hábitos saudáveis e modificar alguns, na busca de uma melhor qualidade de vida é um comportamento fundamental, pois com o envelhecimento o organismo do idoso está passando por diversas mudanças, as quais os obrigam, a saber, lidar com o próprio corpo e procurar entender esse processo. Reorganização da dieta e atividades saudáveis são meios de prevenção de enfermidades e também do fortalecimento do convívio social do idoso (NASCIMENTO, 2017).  Sabe-se por meio de pesquisas cientificas que a  musculação na terceira idade pode sim trazer muitos benefícios como: aumento da força muscular, aumento das fibras musculares, diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares, diminuição dos riscos de desenvolvimento de diabetes, diminuição de lesões causadas por quedas, aumento da capacidade funcional, melhoria da postura geral e manutenção da densidade óssea, prevenindo a osteoporose e suas consequências degenerativas, conforme (ESTORCK; ERBA e CORREA, 2012)

OBJETIVOS

        O objetivo deste trabalho foi verificar por meio de revisão de literatura, artigos científicos que traziam em sua essência quais características são benéficas na musculação para idosos como também parâmetros evolutivos, preventivos e reabilitação na vida do idoso.

MATERIAL E METÓDOS

        Inicialmente, foi realizada uma busca nas bases de dados Scielo e Google Acadêmico utilizando os descritores “benefícios”, “musculação”, “terceira idade”. Os dados foram analisados por seis pesquisadores de maneira independente. Foram selecionados, após a aplicação dos critérios de inclusão, oito artigos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

        No presente estudo, pode ser observado que a musculação para idosos é algo que vem sendo muito comentado e praticado nos dias atuais, onde um treinamento resistido com frequência de, pelo menos, duas vezes por semana provê um método seguro e efetivo na melhora da força e resistência muscular. Pode ser observado também que a musculação pode ajudar a prevenir doenças, tais como: Diabetes, Hipertensão, Obesidade, Artrite Reumatóide, Sarcopenia e diminuição de lesões. Além disso revitalizando os fatores extrínsecos aumentando a auto estima e promovendo socialização. Segundo Forjaz e colaboradores (2010), a redução da pressão arterial de repouso após o treinamento resistido foi observada, contudo em 4 estudos não houve alterações. Tais resultados em sua maioria sugerem que o treinamento resistido também pode ter um efeito hipotensor no idoso. Porém, devem-se estabelecer programas que incluam séries aeróbicas, procurando desenvolver a resistência muscular localizada; exercícios de baixa intensidade, procurando utilizar exercícios isotônicos, pois os isométricos não são recomendados porque causam vaso dilatação contínua podendo elevar a pressão arterial (FERREIRA et al; 2015). Já com relação a outra doença crônica não transmissível que é o diabetes em sua pesquisa, sugere-se para diabéticos, exercícios de alongamento antes e depois dos exercícios, pois o alongamento ajuda, através da vasodilatação, a restabelecer a pressão arterial. Outra doença que acomete muito os indivíduos nos dias de hoje é a obesidade, fator preocupante para o público da terceira idade, uma vez que, com o avanço da idade o metabolismo vai ficando cada vez mais lento, dificultando assim o processo de perda de peso e o excesso de peso compromete ossos e articulações problema comum em idosos. Pensando nisso o estudo de (FERREIRA, JÚNIOR, NUNES, 2015) encontrou que a musculação deve ser aplicada por volta de 3 vezes por semanas com exercícios aeróbicos intercalados com dias de musculação, com intervalos de 30 a 60 segundos, pois com isto há uma produção de acido láctico, o que aumenta o estimulo e a secreção hormonal de crescimento, com sobrecarga em torno de 75% a 85% de 1 RM. Os exercícios aeróbicos progredindo ligeiramente até chegar em torno de 60 a 80% da frequência cardíaca máxima. Além dos cuidados com dietas e restrições calóricas e corte de nutrientes, há o cuidado com os programas de exercícios estabelecidos, para controle e prevenção da obesidade em idosos. De acordo com o que foi visto, outra doença crônica não contagiosa é a sarcopenia (perda da musculatura esquelética com a idade) e consequentemente a perda da força, redução da taxa metabólica, contribuindo para o surgimento de doenças crônicas e degenerativas, como por exemplo: a osteoporose. As consequências funcionais mais conhecidas provocadas pela sarcopenia são problemas na marcha, de equilíbrio e risco de queda, no entanto a realização de exercícios resistidos é visto como uma alternativa viável e eficaz, ocasionando no aumento da força e da massa muscular e melhora da potência (SKELTON et al, 1990).