Plano Interdisciplinar
Por: andrezatl • 26/8/2024 • Projeto de pesquisa • 3.288 Palavras (14 Páginas) • 32 Visualizações
INCLUSÃO APARTIR DO VOLEIBOL ADAPTADO
Andreza Thamires do Lago Souza¹
Carlos Augusto de Almeida¹
Geovania de Freitas Oliveira¹
Moisés dos Santos¹
Matheus Silva de Almeida²
RESUMO
A inclusão é uma ação mundial, com reivindicações de pessoas com deficiências e seus familiares na tentativa do cumprimento de seus direitos e a conquista de um lugar na sociedade. A inclusão de alunos com deficiencia no ensino regular, já vem ocorrendo em muitas instituições públicas e privadas. Porém, algumas disciplinas devem se adequar a essa necessidade mundial, uma delas é a disciplina de educação física, que é um componente curricular no qual os alunos desenvolvem determinadas habilidades, inclusive, as motoras ou esportivas independentes das deficiências que possam ser apresentadas pelos alunos. Nesse processo inclusivo, adaptação as habilidades, devem ser trabalhadas da melhor maneira possível e respeitando os limites individuais dos alunos. Sendo assim, essa pesquisa contemplará o tema voleibol adaptado, tendo como objetivo geral análisar como os profissionais de educação física vem contribuindo para inclusão através da prática esportiva? Para realização deste trabalho, foram utilizadas pesquisas bibliográficas descritivas realizadas através de um estudo detalhado, com análise e interpretação de obras de autores e pesquisadores que abordam o tema. A educação física vem buscando adaptar os esportes para que todos os alunos possam ter a oportunidade da prática esportiva, sendo assim, eles vem desenvolvendo-se através de tentativas práticas, muitas vezes criações deles próprios para vencer os desafios com que se nos defrontam diversos tempos e lugares. Essa busca pela adaptação e superações, surgiram as paralimpíadas que tem ganhado espaço, e vem crescendo no cenário esportivo mundial.
Palavras-chave: Inclusão. Voleibol sentado. Esporte adaptado.
INTRODUÇÃO
A política educacional brasileira, já vem por um longo tempo tentando vencer os desafios de oferecer a sociedade uma escola de qualidade para todos, sendo uma ação mundial que reconhece e reafirma o direito de todas as pessoas no acesso à educação. Na Conferência Mundial de Educação para Todos, o Brasil comprometeu-se a oferecer, em dez anos, educação para todos os alunos do Ensino Fundamental. Como consequência, o governo brasileiro, juntamente com toda a comunidade civil e escolar, elaborou o Plano Decenal de Educação para Todos (PDET,1993), propondo a construção de um sistema de qualidade para todos e adequando as escolas às características, interesses e necessidades de seus alunos, promovendo a inclusão escolar de todos no sistema educacional.
A educação física inclusiva no Brasil, visa a formação de alunos fortes e saudáveis, porém para que esse processo ocorra são necessárias ações que venham promover uma inclusão gradativa e continua dos alunos com deficiência ao sistema regular de ensino. Mas, esse processo vem acompanhado de desafios a serem enfrentados e exige o desenvolvimento de novas habilidades e competências de todos os profissionais envolvidos.
Em meio a uma variedade de atividades físicas para pessoas com deficiência a adaptação do voleibol foi uma das escolhidas, para ser trabalhada nas escolas, para que os mesmos tenham uma vida mais saudável e possa interagir de forma igual com todos nas atividades físicas propostas no ambiente educacional. Pois, de acordo com pesquisadores e estudiosos da aréa, as atividades fisicas estimular um estilo de vida saudável, incluindo novos hábitos de alimentação, as atividades propostas pelos profissionais trazem benefícios para todas as idades, seja através de exercícios de ginástica, jogos e brincadeiras, a Educação Física contribui para o desenvolvimento motor e cognitivo das pessoas.
A expansão do esporte moderno, um dos fenômenos sociais mais significativos dos últimos tempos, impulsionada pelas transformações sociais ocorridas no século XIX, acompanhou toda a evolução tecnológica e dos costumes do século XX e chega ao novo milênio atingindo uma dimensão ímpar pela sua abrangência dos campos político, econômico, cultural e educacional (KORSAKAS, 2002).
Inicialmente o esporte adaptado surgiu para reabilitação de soldados feridos durante a guerra, pelo médico Dr. Ludwing Guttmann, que organizou os Jogos de Stoke Mandeville, em 1948, para disputa entre os propios soldados. Com o passar do tempo, o esporte adaptado foi evoluindo quanto à organização, parâmetros técnicos esportivos, número de modalidades e participantes, transformando os Jogos de Stoke Mandeville nas atuais Paraolimpíadas (WINNICK, 2004).
Desta maneira, a promoção e a organização de um esporte adaptado deve ocorrer com com o acompanhamento um profissional de educação física, pois, a prática esportiva e seu desenvolvimento não pode ocorrer de forma aleatória, mas deve ser orientada e dirigida por profissionais capacitados, que possa acompanhar todo processo de adaptação, respeitando o limite de cada pessoa para que não ocorra danos prejudiciais a saúde das pessoas com deficiência.
Assim, a prática esportiva como instrumento educacional, visa o desenvolvimento integral das crianças, jovens e adolescentes, capacita o sujeito a lidar com suas necessidades, desejos e expectativas, bem como, com as precisões, anceios e desejos dos outros, de forma que ele possa desenvolver as competências técnicas, sociais e comunicativas, essenciais para o seu processo de desenvolvimento individual e social (LISTELLO, 1979).
A prática esportiva e sua competição proporciona a pessoa com deficiencia física a recuperação da auto estima, instidando a sociedade ter uma visão diferenciada, em que olhares excludentes, passam ser olhares admiradores que valorizam e respeita o estilo pessoal, suas habilidades, limites e capacidades de superar seus limites e se aperfeiçoarem em um esporte, praticando a cultura corporal como instrumento de convivência, sociabilização e incentivadora das práticas corporais, evitando com isso, a exclusão, tanto dos alunos com deficiências como os menos habilidosos. Sendo assim, esse trabalho visa conhecer como as aulas de educação física, pode contribuir para inclusão de alunos com deficiência, em que o esporte assume seu papel como meio de intervenção na realidade, promovendo a formação de uma sociedade tolerante e solidária.
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