Qualidade de Vida e Saúde Mental
Por: Angélica Bortoluzzi • 27/3/2020 • Trabalho acadêmico • 584 Palavras (3 Páginas) • 290 Visualizações
INTRODUÇÃO
O adoecimento psíquico é um dos grandes problemas enfrentados na atualidade, comprometendo a saúde da população e constituindo elevado peso para a saúde pública. A Organização Mundial de Saúde aponta que uma em cada quatro pessoas será afetada por um distúrbio mental em uma dada fase da vida.
Estudos transversais e prospectivos têm evidenciado uma forte associação entre os problemas de saúde mental e os baixos níveis de atividade física. A atividade física se apresenta como elemento responsável por atuar diretamente nos fatores psicológicos (distração, auto-eficácia e interação social) e nos fatores fisiológicos (aumento da transmissão sináptica das endorfinas).
A prática da atividade física como modalidade terapêutica inserida no contexto de vida da pessoa com transtorno mental pode ser sendo compreendida como um meio destacado de gerar benefícios para a saúde.
QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE MENTAL
A Qualidade de vida no contexto da saúde mental, significa algo mais do que a melhora dos sintomas. Consiste na estruturação de um conjunto de fatores necessários, como resgate das habilidades sociais, moradia, trabalho, educação, apoio comunitário, lazer e bem estar psicológico. A medicina e as ciências do movimento vem aperfeiçoando-se na experimentação da atividade física, como procedimento eficaz tanto na prevenção quanto no tratamento e reabilitação das pessoas com transtornos mentais. A participação em um programa de exercício regular é uma modalidade de intervenção efetiva para reduzir e prevenir um número de declínios funcionais associados à doença. Quanto aos fatores psicológicos, os maiores benefícios citados na literatura incluem aumento da autoestima, da percepção de controle, da eficácia e da percepção da imagem corporal, combate ao distress e redução de estados de depressão e ansiedade.
A atividade física traz benefícios orgânicos ao indivíduo, tendo também ação benéfica sobre a sua saúde mental quando usada de maneira correta, pois se utilizada de maneira incorreta e excessiva torna-se prejudicial. Para alguns indivíduos a atividade física pode tornar-se uma obsessão, resultando numa exagerada preocupação com exercícios e treinamento podendo interferir nas relações pessoais e ocupacionais. Já, para atletas de elite, o excesso de treinamento pode levar à síndrome de "overtraining", que pode ser observada pela presença da queda de rendimento, distúrbio do sono, redução da libido e do apetite, alterações de humor como apatia, irritabilidade e depressão.
O exercício regular moderado pode ser considerado como relevante no tratamento da depressão e ansiedade, melhorando o bem-estar mental da população em geral, conforme verificado em diversas pesquisas. A influência da atividade física para um estilo de vida saudável é considerada como um fator benéfico relacionado à capacidade para o trabalho, bem-estar, saúde mental e qualidade de vida.
CONCLUSÃO
O resultado positivo da atividade física na modificação do estilo de vida de pessoas com doença crônica foi constatado em múltiplos estudos.
É ressaltada a necessidade de que a atividade física seja programada e adaptada a esta população para uma intervenção efetiva, pois as pessoas com transtorno mental grave podem desenvolver doença crônica associada ao comportamento sedentário, como a diabete e as doenças cardiovasculares. Os autores afirmam ainda que o exercício pode também ajudar na elevação da autoestima e redução do isolamento social. A aderência da pessoa com transtorno mental grave à pratica da atividade física parece comparável ao da população em geral, atualmente considerada como um dos mais valiosos componentes do tratamento de várias doenças, crônicas ou não.
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