TCC Educação Física - Benefícios da Atividade Física na Terceira Idade

Educação Física – Bacharelado

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE

Orientador:

Claretiano – Centro Universitário

Curitiba,

2018.

RESUMO

O presente trabalho apresenta uma breve discussão sobre os benefícios da atividade física na terceira idade. Sabemos que a atividade física possui vários benefícios, porém a partir de certa idade, ela é essencial para precaver doenças como hipertensão arterial, diabetes, colesterol, osteoporose, artrite, entre outras, além de fortalecer o sistema muscular, diminui o risco de quedas e facilita os movimentos dos braços, pernas e tronco (SANTOS, 2016, p. 35-48). Exercícios físicos aeróbicos, como andar, correr, pedalar ou praticar esportes de quadra, confere uma série de ganhos que beneficiam a saúde das pessoas na terceira idade (SANTOS, 2016 p. 37-48). Deste modo, além de contribuir para o bem-estar mental, ela melhora a autoestima, fortalece as relações sociais interpessoais e combate o isolamento (BONARDI, 2014, 13).

Palavras-chave: Atividade Física, Terceira Idade, Benefícios.

1. INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um momento biológico que acontecerá com todos os indivíduos humanos e se dá, de forma lenta e gradual (BRITO E LITVOC, 2004, p.18). A atividade física constitui-se como uma importante ferramenta e método para que possamos chegar na melhor idade, com uma boa aptidão, saúde física e mental, nos tornando assim menos dependentes da ajuda de terceiros para realizar tarefas cotidianas (CAETANO, 2006, p.25). Assim, o estilo de vida saudável possibilita ao indivíduo uma boa qualidade de vida, melhorando sua capacidade funcional seja ela física, motora e sua autoestima (BONARDI, 2014, p.12).

O envelhecimento é uma realidade em todos os países e nos traz um alerta sobre a qualidade de vida dessa parcela significativa da população (KALACHE, VERAS e RAMOS, 1987, p. 202). Segundo CAETANO (2006, p.25):

“o envelhecimento pode variar de indivíduo para indivíduo, sendo gradativo para uns e mais rápido para outros. Tais variações estão relacionadas a vários fatores como, por exemplo: estilo de vida, hábitos saudáveis e, alimentação balanceada, dentre outros”.

Para chegarmos a terceira idade de forma plena, é sugerido à população geronte, atividades regulares e uma alimentação controlada para que essa combinação possa manter a capacidade de plena autonomia do idoso (MONTEIRO E ALVES, 1995, p. 79).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002) é considerado idoso o indivíduo com mais de 65 anos, popularmente sendo chamados de terceira idade. Estão em um período de fragilidade onde se sentem inúteis na sociedade, e neste caso as práticas de atividades físicas podem amenizar também este fator psicológico (BORGES E MOREIRA, 2009, p. 12).

São muitas as idiossincrasias que envolvem a terceira idade e a prática frequente de exercícios físicos (GEIS 2003, p.22). Muitos idosos não praticam por medo de gerar lesões ou agravar as já existentes, por isso é necessário ressaltar a importância dos exercícios nessa idade, tanto as atividades aeróbicas, quanto exercícios de força fortalecem a musculatura, aumentando o ganho de massa magra e reduzindo a perda de massa óssea, para que a partir disso, possam obter melhores resultados em termos de saúde e qualidade de vida (GEIS 2003, p.23).

Hoje possuímos variadas formas e possibilidades de praticar atividades físicas, devido os grandes centros comunitários que realizam atividades voltadas para a melhor idade além da disponibilidade de pequenas academias ao ar livre, oferecidas pelo poder público. Porém a falta de informação, ainda faz com que muitos idosos vejam à procura de atividade física somente como uma forma de tratamento e não de prevenção (MATSUDO E MATSUDO, 2000, p. 21-32).

Para o desenvolvimento da prática, se faz indispensável o acompanhamento de um profissional da área médica e do educador físico, para que as atividades ocorram de maneira correta e adequada, evitando que os idosos desenvolvam lesões ou sofram quedas, podendo resultar em fraturas. A prática correta de atividade física combinada com uma alimentação correta e balanceada pode diminuir a chance do aparecimento de doenças crônico-degenerativas, pois propicia o aumento da resistência imunológica do corpo, tornando-se essencial na promoção da saúde (SENCHINA, 2007, p. 3-16).

O presente trabalho tem por finalidade enfatizar e apontar a importância da atividade física para a população idosa, evidenciando seus benefícios práticos e efetivos para a saúde, desde que realizados de maneira correta buscando o equilíbrio entre as faculdades do idoso. Para se obter a melhora na qualidade de vida da terceira idade se faz necessárias atividades físicas adequadas, continuadas e adaptadas de acordo com as necessidades e condições físicas e com o acompanhamento devido (GUIMARÃES; CALDAS, 2006, p. 481).

2. A ATIVIDADE FÍSICA

Mediante ao aumento de expectativa de vida no Brasil e no restante do mundo, muito se tem falado no seio acadêmico sobre as condições de vida na terceira idade (MCARDLE, apud KATCH, KATCH, 2003 p. 930). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2008), a população de idosos no Brasil deverá chegar a aproximadamente 30 milhões de pessoas em 2020, cerca de 13% dos brasileiros. O avanço da medicina no controle de doenças que causam a mortandade, a melhora do saneamento básico e das condições de saúde pública mesmo que ainda insuficientes, a melhora na educação básica e seu acesso a ela, são alguns dos muitos fatores que tem contribuindo para a elevação da expectativa de vida no nosso país (Global AgeWatch Index, 2013).

Mas à medida que aumenta a idade, as pessoas ficam mais sedentárias, o que facilita o aparecimento de doenças crônicas e degenerativas (SENCHINA, 2007, p. 6-16). E, para tentar retardar ou diminuir esse processo, a atividade física vem desempenhando o papel como parte fundamental nos programas mundiais de promoção da saúde (OKUMA, 1998, p.51).

Nesse contexto, a atividade física pode ser definida como qualquer movimentação corporal como resultado da alteração muscular gerando perda calórica (MATSUDO, 2001, p. 141). Assim as atividades físicas, quando bem executadas podem evitar o aparecimento e controlar, se já existente, os vários