A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
Por: Thais Lopes • 3/6/2017 • Projeto de pesquisa • 3.246 Palavras (13 Páginas) • 363 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
THAÍS CRISTINE LOPES PINHEIRO
KARLENH RIBEIRO DOS SANTOS
VITOR KAUÊ DE MELO ALVES
LETÍCIA LIMA BACELAR
PERCEPÇÃO DE ADOLESCENTES SOBRE A GRAVIDEZ.
TERESINA, PI
2017
THAÍS CRISTINE LOPES PINHEIRO
KARLENH RIBEIRO DOS SANTOS
VITOR KAUÊ DE MELO ALVES
LETÍCIA LIMA BACELAR
PERCEPÇÃO DE ADOLESCENTES SOBRE A GRAVIDEZ.
Projeto de pesquisa com fins de obtenção de nota
na disciplina de Metodologia da Pesquisa ministra-
da pela Msc. Isabel Cristina Cavalcante Carvalho
Moreira.
TERESINA, PI
2017
Sumário
1. INTRODUÇÃO 4
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA 6
1.2 OBJETIVOS 6
1.3 JUSTIFICATIVA 6
2. REFERENCIAL TEÓRICO 7
3. METODOLOGIA 9
3.1 Procedimentos Éticos 9
3.2 Método de Pesquisa 9
3.3 Local e Sujeitos de Pesquisa 9
3.4 Coleta de Dados 9
3.5 Critérios de Inclusão e Exclusão 9
3.6 Organização e Análise de Dados 10
3.7 Riscos e Benefícios 10
4. CRONOGRAMA 11
6. ORÇAMENTO 12
7. RESULTADOS ESPERADOS 13
8. REFERÊNCIAS 14
9. ANEXOS 16
ANEXO A 16
ANEXO B 17
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, a gestação na adolescência tem sido considerada um importante assunto de saúde pública, em virtude da prevalência com que esse fenômeno vem ocorrendo ao redor do mundo. A chamada epidemia da maternidade na adolescência só foi reconhecida por volta de 1970, quando as taxas de fecundidade nesta faixa etária já começavam a cair nos Estados Unidos e em outros países do mundo. (DINIZ, 2010)
A gestação na adolescência é uma grande preocupação para a Saúde Pública do país pelo fato de estar também associada à disseminação de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). A ideia de que a gravidez indesejada é resultante da desinformação sobre os métodos contraceptivos e de que quanto mais precoce é a iniciação sexual, mais vulneráveis à concepção estarão as adolescentes parece ser um consenso. Da mesma forma, observa-se que quanto maior o grau de escolaridade dos adolescentes que praticam o ato sexual, maiores são as chances de utilização de preservativos tanto na primeira relação quanto nas subsequente. (TABORDA et al, 2014)
É importante analisar a gravidez na adolescência tendo como perspectiva de prevenção as concepções de vulnerabilidade, com âncora no conceito de saúde mais amplo, voltadas para as suscetibilidades populacionais, respostas sociais pela capacidade de mobilização e participação, considerando as três dimensões individual, social e programática, a dimensão individual, dirigida aos valores, crenças, desejos, atitudes, relações interpessoais, comportamento e conhecimento; a dimensão social, considerando as normas sociais, referências de cultura, raça/ etnia, relações entre as gerações e acesso aos mais diversos bens e serviços; e a modalidade programática e institucional, voltada para os compromissos políticos e de governo, controle social, sustentabilidade, enfoque interdisciplinar, planejamento e execução das políticas de saúde, tomando como base os princípios do SUS. (GURGEL et al, 2008)
Em termos psicológicos, a gestação na adolescência está associada à noção de risco na medida em que implica na vivência simultânea de dois fenômenos importantes do desenvolvimento: o ser adolescente e o ser mãe. A adolescente que engravida, além de exercer o papel de filha, passa a exercer o papel de mãe, e ressignifica, nesse processo, a sua relação com a própria mãe. (DIAS, TEIXEIRA,2010)
A adolescente e sua família passam por momentos difíceis, seja durante a gestação, seja no momento do parto ou após o nascimento da criança. Precisam enfrentar mudanças na rotina, problemas de ordem financeira e de relacionamento. Isso gera momentos de estresse e de dúvida. A adolescente tem dificuldade de realizar os cuidados necessários a criança dada a falta de pratica, assim como conciliar seu autocuidado. Esses momentos se tornam ainda mais difíceis quando recebem informações antagônicas sobre o cuidado da criança e quando não tem o apoio e a participação do pai nesse processo. (VALILA et al, 2011)
Ao se descobrir grávida, a adolescente enfrenta inúmeras dificuldades dependendo, sobretudo, de sua classe social e são estas dificuldades, aliadas ao entendimento da realidade de cada comunidade, bem como o conhecimento a respeito das mudanças e particularidades implicadas na adolescência que poderá dar aos familiares, à sociedade e aos programas e projetos políticos os subsídios necessários para a adoção de medidas mais assertivas na atenção à adolescência e à gestação na adolescência.(PARIZ, MENGARDA E FRIZZO, 2012)
Além das inquietudes e inseguranças próprias da adolescência, outras condições propiciam a gravidez nessa etapa da vida, como o contexto social no qual a jovem está inserida, baixa escolaridade, desenvolvimento puberal precoce, reduzido conhecimento e ineficiente utilização de métodos contraceptivos, além do estabelecimento de relacionamentos íntimos frágeis. Dessa forma, além de não possuírem independência financeira e ainda necessitarem dar continuidade aos estudos, sentem-se inseguras quanto aos cuidados ao filho, necessitando de apoio e orientações sobre o cuidar, o que as leva a lançar mão do suporte oferecido pela família, em especial da própria mãe. (SANTOS et al, 2015)
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