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A PERCEPÇÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO EM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO DOS PROFISSIONAIS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

Por:   •  18/5/2020  •  Artigo  •  1.329 Palavras (6 Páginas)  •  237 Visualizações

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Tema: A percepção do deficiente auditivo em relação ao atendimento dos profissionais da equipe de enfermagem

  1. JUSTIFICATIVA

É necessário investigar o processo de comunicação entre o deficiente auditivo e o profissional de enfermagem bem como sua percepção em relação ao atendimento prestado.

O direito de igualdade para pessoas com deficiência auditava não se limita apenas a igualdade de oportunidades, há também a necessidade de possibilidades de recursos específicos que se moldem a sua realidade. Também é necessário expor os principais desafios encontrados por esta população e suas expectativas para atendimentos futuros.

A relevância em desenvolver este trabalho, liga-se a importância de garantir os direitos de acesso aos surdos a todas as políticas publicas de saúde, sem discriminação, contando com a preparação dos profissionais, asseguradas pela própria Constituição Brasileira e da necessidade de mais políticas publicas que, não só atendam, mas que lutem pelos direitos das pessoas portadoras de deficiências auditivas, que lhes assegure tratamento digno em todos os níveis de atenção a saúde.

E por fim tem-se como objetivo de avaliar se este atendimento é considerado eficiente por parte da comunidade surda e o quanto em sua compreensão, os profissionais enfermeiros encontram-se preparados e dispõem de habilidades de comunicação interpessoais para atendê-los.

 

  1. Formulação do problema

O deficiente auditivo enquanto paciente, considera o atendimento realizado pelo profissional de saúde eficaz? Seus direitos são respeitados? O profissional enfermeiro consegue atender de maneira eficaz o paciente surdo?

Formulação da hipótese

H0: O atendimento ao paciente com deficiência auditiva não é eficaz, uma vez que os profissionais da equipe de enfermagem não se encontram preparados para atendê-los.

H1: O atendimento ao paciente com deficiência auditiva é eficaz, pois os profissionais da equipe de enfermagem encontram-se preparados para atendê-los.

H0: O direito do deficiente auditivo não é respeitado, pois os serviços públicos e os órgãos da administração pública federal não garantem às pessoas surdas o tratamento diferenciado por meio do uso e difusão de Libras e da tradução e interpretação de Libras -Língua Portuguesa.

H1: O direito do deficiente auditivo é respeitado, pois os serviços públicos e os órgãos da administração pública federal garantem às pessoas surdas o tratamento diferenciado por meio do uso e difusão de Libras e da tradução e interpretação de Libras -Língua Portuguesa.

H0: O enfermeiro não faz o atendimento de maneira eficaz ao paciente surdo, pois não possui meios interpessoais de comunicação.

H1: O enfermeiro faz o atendimento de maneira eficaz ao paciente surdo, pois possui meios interpessoais de comunicação.

  1. Objetivo geral

Ouvir a comunidade surda sobre sua percepção em relação ao atendimento da equipe de enfermagem, com a finalidade de levantar aspectos positivos e negativos em relação à comunicação da equipe com o paciente com deficiência auditiva.

  1. Objetivos específicos
  • Analisar se a linguagem não verbal é compreendida pelos profissionais da saúde e quais são os métodos utilizados para que possa haver entendimento por ambas as partes;
  • Averiguar as experiências de atendimento aos surdos e classifica-las quanto grau de satisfação e resolução;
  • Identificar os meios de comunicação utilizados pelos profissionais
  • Investigar se o vínculo estabelecido é suficiente para garantir uma assistência eficaz e humanizada.

Fundamentação teórica

Sabe-se que a principal forma de comunicação acontece por meio da linguagem oral. É através da linguagem que o homem consegue estruturar seu pensamento, registrar o que acontece e comunicar-se com outros da mesma espécie. Chomsky (1994) diz que é muito difícil explicar a maneira com que a linguagem materna é adquirida tão rapidamente, mas o fato de a criança ouvir e reproduzir o que ouve faz com que o processo se torne mais rápido e fácil, ressalta ainda que o processo de aquisição da linguagem oral varia de criança para criança e não apenas para o deficiente auditivo, alega que crianças que não apresentam nenhum bloqueio na audição podem também desenvolver dificuldades para fala, ou problemas relativos à emissão da voz, da mesma forma que uma criança surda, porém para um indivíduo surdo deve-se considerar que há um bloqueio na fase pré-verbal, que pode o atrasar nos processos verbais, mas que não o impede de reproduzir os processos não verbais de maneira rápida e eficaz.  

A surdez é caracterizada pela redução ou ausência da percepção do som de 41 decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz,  o que dificulta a aprendizagem da linguagem oral, desta maneira a comunidade surda passa a usar a língua de sinais como principal meio de comunicação, utilizando-se de movimentos gestuais e expressões faciais com o objetivo de expressar qualquer conceito seja ele emotivo, racional, metafórico, literal, permitindo assim a comunicação do deficiente auditivo. Vale ressaltar que a Língua de Sinais, não é universal, por mais que ela esteja presente nos cinco continentes, em cada um deles ela apresenta-se de maneira diferente possuindo sua própria estrutura gramatical.

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