A doença de Alzheimer (DA)
Por: Valynia Amorim • 27/11/2018 • Trabalho acadêmico • 2.607 Palavras (11 Páginas) • 376 Visualizações
1 - INTRODUÇÃO
A doença de Alzheimer (DA), também chamada de mal de Alzheimer, doença de condição neurodegenerativa mais frequente na demência, com prevalência após 65 anos de idade, duplica a cada cinco anos (Caramelli & Barbosa, 2002; Dunkin & Hanley, 1998).
Segundo Silva, et al. O termo “Mal de Alzheimer “surgiu pela primeira vez em 1901, quando o médico alemão doutor Alois Alzheimer, acompanhava, em sua ciência, uma paciente de 51 anos, do sexo feminino, Sra. August, com um quadro grave de delírio de ciúmes em relação ao marido, perda da memória recente, desorientação espaço-temporal, dificuldade de pronunciar palavras, dificuldade em reconhecer objetos e apraxia. Em 1906, após a morte do paciente, realizou necropsia de seu cérebro e observou placas senis e os emaranhados neurofibrilares.
A doença de Alzheimer é uma doença cerebral degenerativa primária, de etiologia pouco conhecida, com aspectos neuropatológicos e neuroquímicos característicos. Diversas condições fazem parte do processo da doença, sendo, portanto, multifatorial. Está associada a diversos fatores de risco, tais como: hipertensão arterial, diabetes, processos isquêmicos cerebrais e dislipidemia. Fatores genéticos são relevantes, pois além da idade a existência de um familiar próximo com demência é o único fator sistematicamente associado. Escolaridade elevada e atividade intelectual intensa estão relacionadas com menor frequência de demência. Ainda que não esteja claramente demonstrada, estimular os idosos a manter sua mente ativa pode ser uma medida profilática, diz no Caderno de Atenção Básica – nº 19. A DA apresenta estágios que evolui, são três: Fase inicial, Fase intermediaria e Fase avançada.
A DA está associada a fatores genéticos e ambientais, embora o envelhecimento seja o fator de risco mais aceito na doença. Existe a hipótese que os fatores de risco operam ao longo da vida (gestação, infância, adolescência, vida adulta precoce e tardia), essa teoria, enfatiza a ordem temporal da exposição e a interação entre gene-ambiente e ambiente-ambiente. Interferindo significativamente na capacidade de uma pessoa manter as atividades cotidianas. As mulheres são mais frequentemente afetadas do que os homens.
Segundo Sereniki, (2008). O Alzheimer, caracteriza histopatologicamente, pela maciça perda sináptica e pela morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis pelas funções cognitivas, incluindo o córtex cerebral, o hipocampo, o córtex entorrinal e o estriado ventral. As características histopatológicas presentes no parênquima cerebral de pacientes portadores da doença de Alzheimer incluem depósitos fibrilares amiloidais localizados nas paredes dos vasos sanguíneos, associados a uma variedade de diferentes tipos de placas senis, acúmulo de filamentos anormais da proteína tau e consequente formação de novelos neurofibrilares (NFT), perda neuronal e sináptica, ativação da glia e inflamação.
Ao envelhecer, a maioria das pessoas vai perdendo a capacidade de memorizar acontecimentos do cotidiano. Entre as pessoas idosas, com DA, no início apresenta dificuldade para lembra-se de fatos recentes e para aprender coisas novas (perda da memória, dificuldade no aprendizado) e desorientação no tempo e no espaço, pensamento abstrato, distúrbios de linguagem, da comunicação e da capacidade de realizar as tarefas cotidianas. De acordo com Marco Túlio, a patologia afeta três principais processos, comunicação, metabolismo e reparação dos neurônios, “Certas células nervosas no cérebro ‘param de trabalhar’, perdem ligações com outras células nervosas e, por fim, morrem, causando os sintomas característicos da doença”, explica. Segundo a geriatra Helen Arruda, o principal problema é que os sintomas iniciais são vistos como “normais entre idosos”, o que acaba retardando o tratamento para retardar o seu avanço.
1.2- Epidemiologia
O crescimento da população idosa é um fenômeno mundial. Na medida em que a população mundial envelhece, a expectativa é que o número de pessoas que vivem com demência triplique até 2050, passando de 50 milhões para 152 milhões, disse a Organização Mundial de Saúde (OMS). “Quase 10 milhões de pessoas desenvolvem demência a cada ano, 6 milhões delas em países de baixa e média renda”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. A doença afeta aproximadamente 10% dos indivíduos com idade superior a 65 anos e 40% acima de 80 anos. A população mundial idosa, aumentando, assim, a prevalência da doença.
A demência é uma síndrome caracterizada por um declínio progressivo na memória, a DA é responsável por 50% a 60% de todos os casos. “Embora o aumento da doença de Alzheimer nos países desenvolvidos seja limitado, nos países em desenvolvimento da América Latina, Ásia, África, será até o ano 2050 três vezes maior do que nos países desenvolvidos (Marciani, 2017). Além de causar uma crise de saúde, a doença pode prejudicar as economias dos países em desenvolvimento, sendo uma consequência importante para epidemiologia, por causa dos altos custos de atendimento de longo prazo ao paciente.
Segundo ABRAz. De acordo com o IBGE, o número de idosos no Brasil cresce todos os anos, porém, na mesma proporção em que a população idosa aumenta, ocorre um crescimento significativo da incidência de doenças crônicas e incapacitantes, inclusive o Alzheimer. A OMS estipula que, no mundo inteiro, 47 milhões de pessoas sofrem de demência e, cada ano, cerca de 10 milhões de novos casos sejam registrados. No Brasil, atinge 1,2 milhão de pessoas, segundo a Academia Brasileira de Alzheimer. Apenas metade delas se trata, e, a cada ano, surgem 100 mil novos casos. A estimativa é a de que esse número dobre até 2030.
2- METODOLOGIA
Estudo de revisão de literatura que utilizou como base a pesquisa em banco de dados: Scielo, BVS, Pepsic, Lilacs, Portaria OMS,
No período de 24 a 30 de outubro de 2018.
Descritores: Doença de Alzheimer, demência, diagnostico, tratamento, intervenção, idoso.
Teve como objetivo responder a seguinte questão: Qual a atuação de enfermagem frente ao Alzheimer.
Tendo obtidos o total de 120 artigos que após a leitura do título e resumo foram reduzidos a 12 referencias.
3 - CAPÍTULO I – ALZHEIMER
3.1 – A doença de Alzheimer.
Segundo Varella (2011). É uma doença degenerativa cerebral que ocorre a perda progressiva de neurônios causadores da demência, comum em idosos, de causa desconhecida, onde estudos apontam ser geneticamente herdado.
3.2 – Sintomatologia
Segundo Ávila (2006). O Alzheimer tem diferentes sintomas, os primeiros a surgirem são os défices de memória, onde influenciam a capacidade dos pacientes em realizar as atividades diárias, comprometendo a qualidade de vida, tornando-os mais dependentes de seus familiares e necessitando de cuidados.
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