Atenção a Doenças Cronicas

Centro universitário UDF[pic 1]

Escola de Saúde

Curso de Enfermagem

Rosangela

Tiago

Isabel

Orientador

Importância do Manejo da Enfermagem na Atenção Básica com Pacientes Diabéticos Tipo II.

Palavras chave: Enfermagem. Atenção Básica. Diabetes Tipo II.

INTRODUÇÃO

Na atualidade um dos principais problemas de saúde pública, sobretudo no Brasil, é o Diabetes Mellitus (DM) que se encontra em crescimento acelerado, afetando pessoas de diversas idades, sendo responsável por incapacitação e mortalidade, além de gerar custos altos a saúde pública no controle e tratamento das complicações causadas (GAMA, 2017).

O Diabetes Mellitus é uma doença crônica, não transmissível, prevenível e que acomete indivíduos desde a infância. De origem metabólica, pode iniciar-se através de processo autoimune, como o Diabetes Tipo I, resultado de níveis de deficiência na secreção de insulina como o Diabetes tipo II ou devido à intolerância a glicose no período de gravidez, conhecido como Diabetes gestacional (BRASIL, 2013).

Este estudo tem como foco o Diabetes Mellitus ou Diabetes Tipo II, que de acordo com a SBEM (2017) se trata de uma patologia crônica, caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no organismo, ocasionados por defeitos na secreção de insulina produzida pelo pâncreas. A deficiência da insulina sistêmica resulta na hiperglicemia, que por sua vez pode ocasionar lesões nos órgãos, como coração, rins, córneas, entre outros.

O DM2 tem se mostrado uma patologia onerosa a saúde pública, muitas vezes por sua detecção tardia ou mesmo por sua falta de cuidados ao logo dos anos, pois por se tratar de uma situação silenciosa, seus sintomas só irão se manifestar quando complicações e lesões já estiverem instauradas, gerando maiores transtornos ao cliente e maiores custos ao sistema de saúde (COSTA, 2017).

O enfermeiro como um propulsor da saúde, tem competência para realizar os cuidados necessários desde a prevenção e atenção ao portador dessa patologia. Na atenção básica, o enfermeiro tem grande autonomia nas atividades de orientação, cuidados, educação em saúde, além das atribuições relacionadas as complicações da doença (ALVES, 2018).

Este artigo visa abordar a atuação do enfermeiro na promoção à saúde do portador de DM2 na atenção básica, a necessidade da atualização constante do profissional em relação a estes pacientes e as ações necessárias para a diminuição do agravamento dos casos, além da prevenção, manutenção da saúde e diminuição dos casos, a partir dos cuidados de enfermagem.

JUSTIFICATIVA

O enfermeiro na atenção básica tem papel primordial para a promoção da saúde do paciente, sendo este o responsável pela orientação, educação, controle e ações de enfermagem em prol da saúde do indivíduo portador de diabetes tipo II.

Neste estudo serão abordadas as formas de identificação da DM II e as ações a serem tomadas na promoção a saúde e cuidados preventivos a doença.

Constatou-se a necessidade de estudos nesta área devido à dificuldade de controle dos sinais e sintomas do DM II, principalmente pela necessidade de cuidados em unidades de atenção básica pelos profissionais de enfermagem já que estes são os responsáveis pelo primeiro contato com o paciente, que muitas vezes irá relatar sua queixa de forma que os sintomas sejam confundidos com outras patologias, sendo então necessário que o profissional esteja atento as patologias pré-existentes, realizando a coleta de dados mais completa possível, além de realizar encaminhamento preciso diante de sinais de demais complicações evitáveis.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Identificar nas produções cientificas a importância do atendimento da enfermagem ao cliente diabético tipo II.

Objetivo específico

Descrever a atuação do enfermeiro na atenção básica com clientes diabéticos tipo II.

Abordar os comportamentos que os portadores do diabetes II apresentam.

Conceituar a necessidade dos manejos da enfermagem na orientação e tratamento do diabetes tipo II.

Problema

O DM2 é classificado como uma doença crônica, prevenível, com alto nível de complicações que podem evoluir ao óbito. A patologia se caracteriza pela elevação dos níveis de glicose no organismo devido à diminuição ou secreção inadequada de insulina, hormônio circulante e produzido através das células beta no pâncreas. A principal função da insulina e viabilizar o acesso da glicose nas células afim do seu aproveitamento para a realização das mais diversas funções celulares. Em resumo a insulina é o hormônio que propicia a entrada da glicose que é convertida em energia para o funcionamento do organismo. A falta da insulina ou a produção diminuída resulta num acúmulo de glicose, circulante prejudicial na corrente sanguínea (Alves, 2018).

Esse acúmulo de glicose circulante no organismo é chamado de hiperglicemia, que tem como manifestações clinicas sintomas como poliúria, polidipsia, perda de peso, polifagia e lesões agudas ou crônicas que podem aumentar o risco de incapacitação ou óbito (Martins et al, 2013).

A falta de cuidados precoces pode desencadear diversos problemas, devido ao agravamento dos sintomas ocasionados pela patologia, sendo imprescindível à prevenção, detecção e cuidados, sendo estes relacionados ao estilo de vida do cliente, como alimentação adequada, atividades físicas, uso de medicamentos quando necessário (SALCI, 2018).

Neste sentido, o enfermeiro é um dos profissionais mais adequados para realizar tais cuidados, sendo este capacitado a realizar o primeiro atendimento do paciente na atenção básica, fornecendo primeiramente orientação, promoção à saúde, e posteriormente o manejo dos sintomas provenientes, prevenindo complicações posteriores (SANTOS 2017).

No Brasil a atenção básica muitas vezes não é devidamente valorizada, e mesmo sendo a porta de entrada para o cuidado em saúde, o cliente diabético só descobre a patologia em situação avançada e devido ao atendimento de emergência devido a suas complicações.