Atuação do Enfermeiro na Prevenção de Úlceras por Pressão
Por: 42thamires • 25/6/2015 • Trabalho acadêmico • 1.990 Palavras (8 Páginas) • 387 Visualizações
Atuação do Enfermeiro na Prevenção de Úlceras por Pressão
Thamires Resende – Faculdade Pitágoras Divinópolis
INTRODUÇÃO
A úlcera por pressão ainda é considerada um problema grave, especialmente em pessoas idosas e clientes portadores de doenças crônico-degenerativas, tornando-se indispensável investigar como a assistência e acompanhamento desse tipo de lesão estão sendo conduzidos pelos enfermeiros. Por isso, este trabalho tem por objetivo mostrar como é acometida esta doença, e como o enfermeiro lida com ela, mostrando como é a forma das medidas de prevenção realizadas e o tratamento da mesma.
ÚLCERA POR PRESSÃO
É definida como qualquer lesão causada por uma pressão não aliviada, cisalhamento ou fricção que podem resultar em morte tecidual, sendo frequentemente localizada em regiões sacra, ísquia, trocanteanas, dos calcâneos, dos joelhos, escapular e dos cotovelos, ou seja, onde existem proeminências ósseas; que além de ocasionar dano tissular, pode provocar inúmeras complicações e agravar o estado clínico de pessoas com restrição na mobilização do corpo. Faz-se importante ressaltar que a idade é distinguida, pela maioria dos estudiosos, como um dos mais importantes fatores associados à fisiopatogênese da Úlcera por pressão, principalmente quando agregada a outros fatores como desnutrição, mobilidade e umidade.
Como fator extrínseco das ulceras por pressão tem-se por aqueles que atuam diretamente nos tecidos, a citar: umidade, higiene deficiente, uso de instrumentos ortopédicos, repouso em superfícies duras, colocação inadequada e prolongada de dispositivos para aparar eliminações fecais e urinárias, injeções repetidas sem rotatividade de local de administração, posicionamento incorreto do paciente, deficiência na mudança de decúbito, sondas para drenagem fechadas de forma incorreta, uso inadequado de agentes químicos e físicos, dentre outros
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico das úlceras de pressão é realizado por meio de métodos visuais que as classificam em estágios; esses são importantes no planejamento e implementação de estratégias terapêuticas. As Úlceras por pressão podem ser classificadas em estágios, pelo grau de danos observados nos tecidos: estágio I caracteriza-se por eritema da pele que não embranquece após a remoção da pressão; estágio II distingue-se pelas perdas parciais da pele que envolve a epiderme, derme ou ambas, é superficial e apresenta-se como uma abrasão, bolha ou cratera rosa; estágio III diferencia-se pela perda da pele na sua espessura total, envolvendo danos ou necrose do tecido subcutâneo que pode se aprofundar; e estágio IV particulariza-se pela perda da pele na sua total espessura com extensa destruição ou necrose dos músculos, ossos ou estruturas de suporte como tendões ou cápsulas das articulações
PREVENÇÃO
O enfermeiro possui ações determinantes na prevenção e tratamento das úlceras por pressão. As rotinas de prevenção incluem, segundo alguns autores:
• Avaliação do grau de risco com individualização da assistência, como a confecção de um protocolo para prevenção da úlcera por pressão; •Utilização de escalas de avaliação do grau de risco, como por exemplo, a Escala de Braden adaptada para a língua portuguesa, e outras como as de Norton e Waterlow; • Quadro demonstrativo enfatizando as áreas suscetíveis à úlcera por pressão; • Providenciar um colchão de poliuretano (colchão de caixa de ovo) para o paciente, especialmente pacientes em cadeiras de rodas ou acamados; • Identificar os fatores de risco e direcionar o tratamento preventivo, modificando os cuidados conforme os fatores individuais; • Mobilização ou mudança de posição de duas em duas horas, bem como realizar massagem de conforto com emulsão; • Proteger saliências ósseas, principalmente calcâneas, com rolos e travesseiros; • Registro das alterações da pele do paciente seguindo os estágios de classificação das úlceras por pressão proposto pela NPUAP (National Pressure Ulcer Advisory Panel) em 1989; • Tratamento precoce da pele: manter e melhorar a tolerância tecidual à pressão, a fim de prevenir a lesão; • Checar as áreas vulneráveis da pele de todos os pacientes de risco e otimizar o estado dessa pele, através da hidratação com cremes à base de ácidos graxos essenciais, tratar a incontinência, evitar o uso de água muito quente, providenciar suporte nutricional; • Monitorar e documentar intervenções e resultados obtidos; • Implementar medidas de suporte mecânico: proteger/evitar complicações adversas de forças mecânicas externas; • Criar e fornecer um programa de ensino para pacientes de risco em longo prazo e para as pessoas que tomam conta deles.
A Hidratação
Com relação a hidratação, a Pele seca e com elasticidade diminuída possui tolerância a fricção e a pressão baixa, tornando-se susceptível as rupturas, por isso é necessário que se tenha uma hidratação adequada , porém uma pele extremamente úmida também não é desejável, pois a exposição prolongada da pele a umidade pode levar a maceração, tornando-se frágil, o que representa um risco para a formação de ulcera por pressão.
A higiene
A manutenção da higiene corporal, também é imprescindível para preservar a integridade cutânea, seja com o uso de fraldas absorventes descartáveis, banhos regulares ou troca dos forros de camas. É recomendado que os lençóis estejam esticados na cama, para evitar dobraduras que gerem pontos de pressão e favoreçam a formação e desenvolvimento de ulceras por pressão
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