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Conceito da sifilis

Por:   •  27/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.950 Palavras (16 Páginas)  •  733 Visualizações

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UNIVERSIDADE POSITIVO

                        ANDRÉ ALEXANDRE J. DA LUZ

GABRIELA DA SILVA LARA

                        PATRICIA BELTRÃO LEITOLES

                                        SÍFILIS

CURITIBA

2014

UNIVERSIDADE POSITIVO

ANDRÉ ALEXANDRE J. DA LUZ

GABRIELA DA SILVA LARA

                        PATRICIA BELTRÃO LEITOLES

                                        SÍFILIS

                        

Trabalho requisitado e apresentado à disciplina de Processo de Cuidar na Saúde         Coletiva e Saúde da Família, ministrado pelas profªs Giovanna Batista Leite Veloso e Marly Marton ao curso de graduação em Enfermagem do 2 ª ano, turno da manhã.

                        

CURITIBA

   2014

                                        

SÍFILIS

A sífilis é a doença infecto-contagiosa crônica, transmitida via sexual e verticalmente durante a gestação. Ela acomete praticamente todos os órgãos e sistemas, e apesar do tratamento ser eficaz e de baixo custo, ainda vem se mantendo como problema público de saúde (Avelleira, 2006).

Tornou-se conhecida no final do século XV, e sua disseminação por todo continente transformou-a em uma das principais pragas mundiais. O grande acometimento da pele e das mucosas associou-se fortemente à dermatologia (Avelleira, 2006).

Era preocupante o crescimento da endemia sifilítica no século XIX. Em contrapartida a medicina se desenvolvia, e a síntese das primeiras drogas tornava-se realidade. O maior impacto talvez tenha sido a introdução da penicilina, que por sua eficácia fez com que muitos pensassem que a doença estivesse controlada ocasionando a diminuição do interesse pelo estudo de tal doença (Avelleira, 2006).

Em 1960, mudanças da sociedade em relação ao comportamento sexual e o advento da pílula anticoncepcional fizeram com que o número de casos novamente aumentasse. No final dos anos 70, com o aparecimento da imunodeficiência adquirida (AIDS), houve um redimensionamento das doenças sexualmente transmissíveis. A sífilis teve um papel facilitador na transmissão do vírus HIV ocasionaria novo interesse pela sífilis e a necessidade de estratégias para seu controle (Avelleira, 2006).

A OMS estima em 340 milhões o número de casos novos de DST curáveis. Os dados da prevalência nos trópicos mostram que a sífilis, conforme a região, é a segunda ou terceira causa de úlcera genital (outras são o cancro mole e herpes genital). Houve recrudescimento da sífilis na Irlanda, Alemanha e cidades americanas, como San Francisco e Los Angeles, em grupos com comportamento de risco, como homens que fazem sexo com homens (HSH) e profissionais do sexo.  Nos Estados Unidos, em 2004 houve aumento de 11,2% dos casos de sífilis primária, que passaram de 7.177 em 2003 para 7.980.  Em relação à sífilis congênita, os dados obtidos em programas de pré-natal e maternidades mostraram soroprevalências elevadas, principalmente em países africanos (Avelleira, 2006).

No Brasil, em 2003, estimaram-se 843 300 casos de sífilis. Não sendo doença de notificação compulsória, os estudos epidemiológicos são realizado sem serviços que atendem DST ou grupos selecionados, como gestantes, soldados, prisioneiros, etc. Os casos registrados de sífilis congênita entre 1998 e 2004 totalizaram 24.448 (Avelleira, 2006).

                                        ETIOLOGIA

O agente etiológico da sífilis é uma bactéria, espirogueta, denominada Treponema pallidum. A transmissão do T. pallidum ocorre, na maioria dos casos, durante as relações sexuais, outras formas de transmissão podem ser observadas: transfusões snaguíneas, passagem transplacentária da mãe infectada para o feto, pela saliva e contato com exsudatos de lesões recente na pele ou mucosas (Botitino, 2006).

A doença é classificada em “sífilis adquirida recente” quando há menos de um ano de evolução, e é subclassificada em primária, secundária e latente recente; “sífilis adquirida tardia” quando é diagnosticada após o segundo ano de vida. Caso a sífilis não seja diagnosticada no seu estagio primário, de 10 a 90 dias, ou no seu estágio latente ou assintomática, a sífilis entra no seu estagio terciário, nessa fase o diagnostico é bem preciso (Bottino, 2006).

SÍFILIS PRIMÁRIA

A lesão específica é o cancro duro ou protossifiloma, que surge no local da inoculação em média três semanas após a infecção. É inicialmente uma pápula de cor rósea, que evolui para um vermelho mais intenso e exulceração. Em geral o cancro é único, indolor, praticamente sem manifestações inflamatórias perilesionais, bordas induradas, que descem suavemente até um fundo liso e limpo, recoberto por material seroso. Após uma ou duas semanas aparece uma reação ganglionar regional múltipla e bilateral, não supurativa, de nódulos duros e indolores (Bottino, 2006).

Localiza-se na região genital em 90% a 95% dos casos. No homem é mais comum no sulco balanoprepucial, prepúcio, meato uretral ou mais raramente intra-uretral. Na mulher é mais freqüente nos pequenos lábios, parede vaginal e colo uterino. Assintomático, muitas vezes não é referido. As localizações extragenitais mais comuns são a região anal, boca, língua, região mamária e quirodáctilos. O cancro regride espontaneamente em período que varia de quatro a cinco semanas sem deixar cicatriz (Bottino,2006).

SÍFILIS SECUNDÁRIA

Após período de latência que pode durar de seis a oito semanas, a doença entrará novamente em atividade. O acometimento afetará a pele e os órgãos internos correspondendo à distribuição do T. pallidum por todo o corpo. Na pele, as lesões (sifílides) ocorrem por surtos e de forma simétrica. Podem apresentar-se sob a forma de máculas de cor eritematosa (roséola sifilítica) de duração efêmera. Novos surtos ocorrem com lesões papulosas eritêmato-acobreadas, arredondadas, de superfície plana, recobertas por discretas escamas mais intensas na periferia (colarete de Biett). O acometimento das regiões palmares e plantares é bem característico. Em alguns casos a descamação é intensa.

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