Drogas Mais Comuns em Emergências
Por: hedem • 27/3/2017 • Seminário • 4.199 Palavras (17 Páginas) • 327 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CENTRO MULTIDISCIPLINAR – CMULTI
COORDENAÇÃO DO CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
Psicologia aplicada à saúde
Busca pesquisa - TTDD
Cruzeiro do Sul - Acre
23/02/2017
INTRODUÇÃO
As complicações relacionadas ao abuso de álcool e outras drogas dentro das salas de emergências é um fato extremamente recorrente na nossa atualidade, sendo que o consumo possui uma regionalização bem definidas dentro do pais e em sua grande maioria o fácil acesso de determinadas substâncias, torna os casos que aparecem no pronto-socorro e nas salas de emergências um desafio para os profissionais. É comum nestes casos ocorrer, de forma associada, agitação psicomotora, ideação e tentativas de suicídio e homicídio. (LARANJEIRA, 2006),
Além dos prejuízos para a saúde e qualidade de vida dos usuários, a dependência química onera emocional, social e economicamente suas famílias e a sociedade, pois este sujeito dependente tem frequentemente, dificuldades de cumprir seus compromissos sociais e de trabalho. Ele está frequentemente, em situações de vulnerabilidade, em razão da alteração de seu estado psíquico, ampliando riscos à sua integridade física e de outras pessoas. É comum que pessoas sob efeito de substâncias psicoativas faltem ao trabalho, envolvam-se em acidentes de trabalho, situações de violência doméstica, acidentes de trânsito e outros (PRONASCI, 2010).
TIPOS DE DROGAS
As drogas mais comuns podem ser classificadas de acordo com a ação que exercem no SNC, elas podem ser divididas em: depressoras, estimulantes, perturbadoras, ou ainda, aqueles casos que combinam mais de um efeito (PRONASCI, 2010).
DEPRESSORAS:
Substâncias que diminuem a atividade cerebral, deixando os estímulos nervosos mais lentos. Fazem parte desse grupo o álcool, os tranquilizantes (benzodiazepínicos), o ópio (extraído da planta Papoula somniferum) e seus derivados, como a morfina e a heroína (BOTEGA, 2007).
O ÁLCOOL
O Álcool, é a substância psicoativa mais consumida na nossa sociedade, com ampla aceitação cultural, onde seu uso é para os mais diversos fins, sendo tanto recreativo quanto ritualístico, apresentando por isso, as maiores incidências de complicações relacionadas ao uso, continuo ou abusado ou casos de usuários crônicos e a síndrome da abstinência. (LARANJEIRA, 2006, NASI 2005).
A intoxicação aguda por álcool, conhecida como bebedeira, é definida como a mudança de comportamento que ocorre após o consumo recente de determinada quantidade de álcool, sendo que na maioria das pessoas essa situação corresponde a uma discreta alteração de humor e a alteração de julgamento mínima quando os níveis de álcool no sangue variam de 30 a 60 ml/dL no sangue, sendo que valores sanguíneos de álcool superiores a 100/dL apresentam prejuízo do julgamento, da marcha, da fala, do humor, etc. Valendo ressaltar que indivíduos com níveis séricos superiores 100/dL sugere tolerância, e uma dependência do álcool deve ser suspeitada. (NASI, 2005),
Segundo a OMS/Organização Mundial de Saúde, informa que o consumo de álcool no Brasil no de 2007, foi de 7.09 litros, considerando a faixa etária de pessoas com 15 anos de idade ou mais. Sendo que a cerveja é a bebida mais consumida com 3.73 litros, seguidos de destilados, com 3.07 litros e o vinho com 0, 28 litros per capita. Outro dado revela que aproximadamente 15% dos indivíduos que consomem regularmente são consumidores de “alto risco”, isso quer dizer, apresentam consumo associado a efeitos adversos, além de 5% deles apresentarem consumo de drogas ilícitas. (LARANJEIRA, 2006).
Nível de Álcool no sangue (mg/dL) | Efeitos | Tempo de metabolização |
Até 30 | Discreta mudança de humor e mínima alteração do julgamento e da atenção | 2 h |
31 a 60 | Sentimento de relaxamento, sedação moderada, discreto prejuízo, das habilidades motoras e aumento do tempo de reação. | 4 h |
61 a 90 | Redução da acuidade visual e auditiva, fala arrastada, leve distúrbios de marcha, maior redução das habilidades motoras. Euforia de depressão e desejo de aumentar o consumo de álcool | 6 h |
100 a 120 | Definido prejuízo de julgamento da memória e da coordenação, dificuldade para caminhar | 8 h |
121 a 150 | Incapacidade para manter-se em pé, dificuldade para falar, não reconhece situações de perigo, incluído percepção e julgamento distorcido | 10 h |
200 | Confusão, letargia | 12-24 h |
300 | Anestesia, inconsciência, coma | >24 h |
400 | Coma profundo | >24 h |
500 a 600 | Depressão respiratório e morte | >24 h |
O consumidor moderado é aquele que ingere até duas doses por dia (duas doses para o homem e uma dose para mulheres), valores da dose correspondente: 354ml de cerveja, 148 ml de vinho ou 44ml de destilados, e cada um corresponde aproximadamente a 14g de etanol.
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INTOXICAÇÃO AGUDA
A intoxicação aguda, caracteriza-se pela ingesta de uma ou mais substancias em quantidade suficiente para interferir nos suportes do organismo. Seus estágios variam de uma embriaguez leve à anestesia, coma depressão respiratória e raramente morte. A intoxicação aguda provoca alterações variáveis e idiossincráticas do comportamento, do afeto, tais como excitação ou alegria, desponderação, irritabilidade, agressividade, depressão e idealização suicida. Cognitivamente ocorre lentificação do pensamento, prejuízo de concentração, raciocínio, atenção e julgamento.
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