ESTUDO DE CASO: FRATURA EXPOSTA DE FÊMUR
Por: Irleida Vale • 26/4/2015 • Trabalho acadêmico • 7.001 Palavras (29 Páginas) • 1.929 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE[pic 1]
LAUREAT INTERNATIONAL UNIVERSITES
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
ESTUDO DE CASO: FRATURA EXPOSTA DE FÊMUR
EDNELZA BATALHA DE LIMA[pic 2]
MATRÍCULA: 10323040
MANAUS-AM
2014
EDNELZA BATALHA DE LIMA[pic 3]
ESTUDO DE CASO: FRATURA EXPOSTA DE FÊMUR
Trabalho apresentado à disciplina de Estágio Curricular do curso de Enfermagem em Clínica Cirúrgica, sob a orientação da Preceptora: ENF.: Débora Miranda.
MANAUS-AM
2014
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO pag. 4
- FISIOPATOLOGIA DAS LESÕES MUSCULOESQUELÉTICA pag. 5
- CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS pag. 5
- CLASSIFICAÇÃO DE GUSTILLO E ANDERSON PARA FRATURAS EXPOSTAS pag. 7
- TRATAMENTO DAS LESÕES ESQUELÉTICAS COM GRANDE DESTRUIÇÃO DE TECIDOS MOLES: VISÃO GERAL pag. 9
- HISTÓRICO DE ENFERMAGEM pag. 11
- IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE pag. 11
- ENTREVISTA pag. 11
- EXAME FÍSICO pag. 11
- MEDICAMENTOS pag. 11
- EXAMES REALIZADOS pag. 18
- SISTEMATIZAÇAO DA ASSITÊNCIA DE ENFERMAGEM pag. 20
- CONSIDERAÇÕES FINAIS pag. 22
- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS pag. 23
INTRODUÇÃO
O presente estudo, através da sistematização da assistência de enfermagem, objetiva o acompanhamento, assim como também a verificação e avaliação do paciente L.R.N. como base nos estudos voltados ao conhecimento da patologia e os mecanismos responsáveis pelo comprometimento de suas necessidades.
O paciente relatado neste estudo de caso sofreu acidente de moto causando fratura exposta de fêmur, sendo realizando procedimento cirúrgico + tração transesquelética. O estudo está voltado ao aprimoramento de conhecimento específico, pois a pesquisa oferece uma grande variedade de informações antes desconhecidas, mas acima de tudo, com base nos conhecimentos adquiridos, promover ao paciente em questão a melhora clinica tão esperado, tanto pela equipe como próprio paciente.
As fraturas podem ocorrer aleatoriamente a todas as pessoas, mas há uma maior incidência em certos grupos específicos, tal como: em mulheres após a menopausa, devido a osteoporose (diminuição da densidade óssea pela menor produção de hormônios estrogênios) e em idosos, devido ao maior número de quedas e a fragilidade óssea e muscular (Hanciau, Flavio. 2011).
A gravidade das fraturas expostas tem sido entendida desde a antiguidade. Os médicos hipocráticos reconheciam que: o tamanho da ferida, a estabilidade da fratura e a proximidade de estruturas neurovasculares influenciavam no resultado final destas graves lesões (Hanciau, Flavio. 2011).
- FISIOPATOLOGIA DAS LESÕES MUSCULOESQUELÉTICA
Os traumatismos violentos do sistema musculoesquelético resultam tipicamente em rupturas extensas dos tecidos moles e duros. Eles podem introduzir materiais estranhos e bactérias, criar segmentos de tecidos moles isquêmicos, necrose tecidual e espaços mortos (Hanciau, Flavio. 2011).
O hematoma, contaminado pelo material estranho, disseca os planos teciduais descolados pelo trauma, enche os espaços vazios e atua como meio de cultura ideal para bactérias. Dentro das primeiras horas, os neutrófilos e macrófagos entram na ferida, sendo os monócitos encontrados mais tardiamente. Simultaneamente, os sintomas completos de coagulação são ativados (Hanciau, Flavio. 2011).
As substâncias vaso ativas: serotonina, prostaglandinas, cininas, histaminas, juntamente com o sistema de coagulação, aumentam a permeabilidade vascular. Segue-se a exsudação maciça de proteínas plasmáticas e leucócitos (Hanciau, Flavio. 2011).
Quanto a resposta inflamatória e a reparação tecidual podem ocorrer as seguintes condições: quando a lesão for pequena, o desbridamento completo com remoção dos agentes bacterianos e tecidos desvitalizados (necróticos); neste caso a resposta inflamatória é controlada e a ferida cicatrizada (Hanciau, Flavio. 2011).
Quando as lesões forem maciças, contaminação grave ou intervenção tímida observa-se um resultado diferente. Os macrófagos não são capazes de lidar com carga bacteriana; morrem e liberam enzimas lisossômicas ou proteolíticas, causando necrose dos tecidos circunvizinhos. A necrose associada ao aumento da pressão tecidual forma um circulo vicioso com inflamação progressiva, isquemia do músculo, síndromes de compartimento, perda tecidual e infecção alastrante (Hanciau, Flavio. 2011).
A resposta inflamatória progressiva é vista mais frequentemente após contaminação de uma fratura exposta, mas também pode ocorrer em fraturas fechadas e luxações ou após esmagamentos simples de compartimentos musculares (Hanciau, Flavio. 2011).
- CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS
Para que possamos compreender como tratar as diversas lesões provocadas pelas fraturas expostas é necessário classifica-las: em fraturas fechadas e abertas (Hanciau, Flavio. 2011).
As fraturas fechadas: são aquelas fraturas em que não existe ruptura da pele e consequentemente comunicação do foco fraturário com o ambiente externo. Em geral são de tratamento conservador, porem em certos casos requerem um tratamento cirúrgico imediato quando houver: lesão vascular, compressão nervosa, desvio importante e politraumatizados (pela necessidade de mobilização precoce) (Hanciau, Flavio. 2011).
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