Estudo de Caso Obstrução Intestinal
Por: rsindy • 1/3/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 2.122 Palavras (9 Páginas) • 710 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS – PICOS
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: FUNDAMENTAÇÃO BÁSICA DE ENFERMAGEM II
PROF.ª Ms. LAURA FORMIGA
ESTUDO DE CASO
PICOS-PIA
FEVEREIRO 2016
SINDY RAQUEL OLIVEIRA DA SILVA
TICIANA CASTRO LUZ
ESTUDO DE CASO
Estudo de caso apresentando à Prof.ª Ms.Laura Formiga, como requisito para avaliação das atividades práticas da disciplina Fundamentação Básica de Enfermagem II 2015.2 do curso de Bacharelado em Enfermagem, pela Universidade Federal do Piauí-UFPI, Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, Picos-PI.
PICOS – PI/2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 PATOLOGIA 4
2.1 Obstrução Intestinal 4
3. PROCESSO DE ENFERMAGEM 5
3.1 Investigação 5
3.1.1 Histórico de enfermagem 5
3.1.2 Exame Físico 6
3.1.3 Diagnósticos de Enfermagem 6
3.1.4 Planejamento e Implementações de Enfermagem 7
4 CONCLUSÃO 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
1. INTRODUÇÃO
Dentre as causas de internação hospitalar, a obstrução intestinal ocupa posição de destaque, sendo responsável por 3% das admissões e 20% das cirurgias por quadros de abdome agudo. Em idosos, frequentemente a obstrução intestinal é causada por hérnia, que consiste na projeção ou saída parcial de um órgão, como o intestino delgado ou o grosso, através de um orifício natural ou de um ponto débil da parede do abdómen, podendo causar dor, vómitos, ausência de defecações e gases, distensão abdominal e problemas adicionais que fazem parte deste distúrbio, que necessita sempre de um tratamento adequado.
Por isso, objetivou-se nesse trabalho realizar um estudo de caso com um paciente portador de obstrução intestinal utilizando os passos da metodologia da assistência de enfermagem. Este estudo faz parte da disciplina Fundamentos Básicos de Enfermagem II do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí, Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, realizado no Hospital Regional Justino Luz-HRJL em Fevereiro de 2016. Os dados foram colhidos através de entrevistas individuais com o paciente e de informações obtidas no prontuário.
2. PATOLOGIA
- Obstrução Intestinal
A obstrução intestinal ocorre quando a propulsão do conteúdo em direção ao ânus sofre interferência. Pode ser classificada quanto ao nível (delgado alto e baixo ou cólon), quanto ao grau (completa, incompleta - subcomissão ou “alça fechada”, quanto ao grau quanto ao estado de circulação sanguínea (simples ou estrangulada), quanto ao tipo de evolução (aguda ou crônica) e quanto à natureza da obstrução (mecânica, vascular ou funcional).
Entre as causas, existe grande variação, como diferentes raças e localizações, tais como: diferenças anatômicas, adquiridas ou congênitas, expectativa de vida, hábitos alimentares e disponibilidade de serviço médico equipado. Aderências intestinais, faixas de tecido fibroso cicatricial na cavidade abdominal que podem se formar após uma cirurgia abdominal ou pélvica; Tumores do intestino delgado; Doenças inflamatórias do intestino, como a doença de Crohn; Torção do intestino; Cálculos biliares que podem pressionar o intestino, bloqueando o fluxo de seu conteúdo; Intussuscepção do intestino, que é definida como a entrada de um segmento do intestino dentro de outro segmento do intestino que esta a sua frente, fazendo uma invaginação; e por fim as Hérnias, que são porções do intestino que se projetam em outra parte do corpo e que ficam dobradas.
A hérnia na parede abdominal ocorre quando parte de um órgão (normalmente, alças no intestino delgado) se desloca através de um orifício (anel herniário) e invade um espaço indevido (saco herniário). Esse deslocamento somente é possível devido ao enfraquecimento do tecido protetor dos órgãos internos do abdômen, que pode ocorrer devido à esforços em demasia (exercícios físicos ou obesidade, por exemplo) que deixam a parede abdominal fragilizada.
Os sintomas cardinais são: dor, náuseas e vômitos, parada da eliminação de gases e fezes e distensão abdominal, sendo que esta manifestação ocorre mais tarde. A dor é tipicamente em cólica, de início brusco, em salva, ocorrendo a intervalos regulares, e a dor se tornar contínua, localizada ou difusa nos intervalos entre as cólicas, é grande a suspeita de comprometimento vascular. Nas obstruções mecânicas altas os vômitos são frequentes, surgem precocemente e são constituídos de material estagnado e de aspecto bilioso; nas obstruções de cólon as náuseas e vômitos podem inexistir. Na obstrução mecânica os sintomas de obstipação são tardios. A parada total da eliminação de gases e fezes é o apanágio e a distensão abdominal pode surgir algumas horas depois de iniciados os sintomas, em função do nível de obstrução, sendo ausente ou discreta nas oclusões altas do intestino delgado, intensa e precoce nas baixas, e mais tardias nas obstruções do cólon.
O tratamento do volvo de sigmóide com o auxílio da retossigmoidoscopia ou colonoscopia pela passagem, sob visão direta, de sonda além da zona de torção, funciona tanto para diagnóstico como para terapêutica. A radiografia do abdome, o contraste, e outros exames como a angiografia, a ultra-sonografia e exames laboratoriais, também são fundamentais, sendo que estes últimos permitem avaliar o grau e tipo de desequilíbrio metabólico, o que será fundamental para a terapêutica, definindo se há ou não sofrimento vascular.
Para tratar, é essencial a reposição de líquidos e eletrólitos, a descompressão do intestino e a intervenção cirúrgica no momento adequado. Absolutamente todos os pacientes com obstrução intestinal, exceto os que acabaram de ser submetidos a uma cirurgia, devem ser operados. Há categorias de manobras cirúrgicas: extraluminares, enterectomia para retirada de corpos estranhos da luz, onde é feita a retirada de um segmento do intestino delgado e em seguida a anastomose do segmento para permitir a continuidade do trânsito no tubo digestivo. Há também a ressecção intestinal, operações de desvio de trânsito e operações de descompressão. Pelo fato de ser intervenção cirúrgica de urgência, as complicações pós-operatórias são frequentes. As mais observadas são: infecção de parede, íleo prolongado, sepse, complicações pulmonares e infecção urinária.
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