Estudo de Caso Saúde da Família

DISCIPLINA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

ESTUDO DE CASOS

Caso 1:

Ana Rosa mora na zona leste da cidade de São Paulo, tem 25 anos, está grávida pela quinta vez. Teve 4 filhos (5, 6 e 8 anos) 3 estão vivos e um morreu aos 2 anos por complicações decorrentes de desidratação e desnutrição há 18 meses. Alan, 5 anos tem baixa estatura para a idade e encontra-se em risco nutricional; Jéferson, 6 anos, tem comportamento arredio, tem dificuldade de aprendizado e perambula o tempo inteiro pelas ruas do bairro; Michel, 8 anos é o preferido da mãe, sendo sempre o alvo de sua atenção e afeto.

Trabalha como empregada doméstica, recebe 1 salário mínimo ao mês e o marido João, 36 anos, etilista, está desempregado há 1 ano. João é órfão e foi criado por uma família do interior de São Paulo, da qual fugiu aos 16 anos por ser vítima constante de agressões.

Cleide, mãe de Ana Rosa, teve 8 gestações, somente 5 filhos nasceram vivos e na última gestação morreram ela, aos 30 anos e a criança.

Ana Rosa informa que o seu pai, Benedito, 52 anos, refere que a sua mãe morreu por complicações do parto que foi realizado num hospital da região.

A avó materna de Ana Rosa, Alice, 65 anos, tornou-se hipertensa e diabética após o nascimento do seu quinto e último filho, sendo 1 mulher e 4 homens. O marido de Dona Alice, o senhor Hugo, morreu aos 45 anos, por insuficiência hepática devido ao etilismo de longa data. Ana Rosa desconhece detalhes da vida de seus avós paternos pois teve pouco contato com os mesmos.

Ana Rosa tem pouco contato com os irmãos, pois os mesmos se dispersaram, os 2 mais novos, de 21 e 22 anos moram em bairros distantes e estão solteiros, o mais velho de 29 anos está preso por tráfico de drogas.

Ana Rosa refere que sua atual gravidez é diferente das outras, tem as pernas inchadas e pesadas já no quinto mês, além de tontura, desanimo e cansaço. Acha que o bebê tem mexido pouco. Tem feito o pré-natal com certa regularidade, mas faltou a última consulta e acha que engordou muito desde então.

A Agente comunitária da sua área a procura para remarcar a consulta e escuta suas queixas. Ao chegar a UBSF relata o caso a enfermeira que junto com o médico da equipe decidem atendê-la no primeiro horário do dia seguinte.

Constatado o pico hipertensivo (220 x 170 mmHg) e edema importante, o médico da Unidade encaminha Ana Rosa ao Pronto Socorro Obstétrico. Ao dar entrada no PS, Ana Rosa convulsiona e é levada para cesariana de urgência. Salvam-se mãe e filho. Ana Rosa tem alta e o bebê prematuro permanece internado por 60 dias. Ana Rosa demonstra cansaço e pouca disposição para visitar e amamentar o bebê. Desabafa com a ACS que gostaria que o bebê tivesse morrido, pois não aguenta mais...

1. Construa o genograma da família de Ana Rosa a partir das informações do caso e justifique a sua importância para a equipe de saúde.
2. Construa o Ecomapa da família.

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1. Identifique o momento do ciclo vital da família.

A família não possui um ciclo real, claramente definido, inclusive por se tratar de uma família em situação de pobreza. É uma família com filhos pequenos que enfrentam a desnutrição, o abuso de substâncias (álcool), o desemprego e a morte precoce.

1. Quais as principais vulnerabilidades a que esta família está susceptível?

Entre as principais vulnerabilidades podemos citar a desnutrição e desidratação, já que um filho desse casal veio a óbito por tais problemas. Vulnerabilidades psicossociais desencadeadas pela pobreza e vivência de traumas, desemprego, pobreza, doenças hereditárias, gravidez não planejada, entre outros.

1. Descreva a estrutura, as relações e a rotina da família.

A estrutura familiar é composta por Ana Rosa (25), mãe de 4 filhos vivos; RN (60dias), Alan (05), Jefferson (06) e Michel (08). E um filho morto (2) por complicações decorrentes de desidratação e desnutrição. Ana é casada com João (36) que é etilista e está desempregado. O relacionamento de Ana é afetuoso apenas com seu filho mais velho, e a mesma não tem contato com seus irmãos. João tem uma relação conflituosa com a família e fugiu de casa aos 16 anos por sofrer diversas violências.

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