Estudo de caso Diabetes - A Úlcera Diabética
Por: sboav • 2/9/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 2.279 Palavras (10 Páginas) • 458 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO TERESA D’ÁVILA
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Sílvia Fernanda Boaventura
ESTUDO DE CASO
Lorena
2017
Silvia Fernanda Boaventura
ESTUDO DE CASO
[pic 1]
Lorena
2017
INTRODUÇÃO
A úlcera diabética é uma síndrome reconhecida pela perda limitada ou irregular do tegumento (derme ou epiderme), podendo atingir o tecido subcutâneo e os subjacentes, que se manifesta nas extremidades dos membros inferiores e cuja fonte está, geralmente, relacionada ao sistema vascular, arterial ou venoso ou nervoso periférico. (FRADE, 2005)
A base das úlceras diabéticas provém da insuficiência venosa crônica, em percentual que varia de 80 a 85% e de doença arterial (5 a 10% dos casos), sendo o restante de origem neuropática mista. (FRADE, 2005)
O conhecido pé diabético é apontado como consequência de uma infecção, ulceração e/ou destruição dos tecidos profundos, relacionados a desequilíbrios neurológicos e a vários graus da doença vascular periférica nos membros inferiores. É classificado causa comum de invalidez, já que por causa da possível amputação do membro afetado dispõe a diminuição da qualidade de vida (MONTEIRO).
A primeira linha de defesa contra as úlceras diabéticas é a prevenção Programas educacionais completos, que incluem os exames dos pés, classificação de risco e educação terapêutica, são apontados por estudos como práticas que podem reduzir a ocorrência de lesões nos pés em até 50%. (MONTEIRO).
Diariamente o diabético deve examinar seus pés buscando a presença de edema, eritema, calosidade, descoloração, cortes ou perfurações e secura excessiva; na impossibilidade de realizar essa investigação, um familiar deve realizar. (MONTEIRO).
O número de pessoas com diabetes aumentou de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014. Em percentuais, a prevalência global de diabetes entre os adultos com mais de 18 anos aumentou de 4,7% em 1980 para 8,5% em 2014. (OMS, 2017)
Estudos epidemiológicos publicados em 2014 pela Organização Mundial de Saúde revelam que a prevalência de diabetes tem aumentado mais rapidamente em países de baixa e média renda. (OMS, 2017)
O Diabetes Mellitus é uma das principais causas de cegueira, insuficiência renal, ataques cardíacos, acidente vascular cerebral e amputação de membros inferiores. Em 2012, o diabetes causou 1,5 milhão de óbitos (OMS, 2017).
Foi realizado um estudo de caso, desenvolvido em um Ambulatório de Enfermagem, de uma cidade com 86.764 habitantes, do interior do Estado de São Paulo, no Vale do Paraíba, em 2017, com o propósito de relatar a Assistência de Enfermagem a um paciente com Diabetes Mellitus ulcera diabética.
Palavras Chave: Pé Diabético, Diabetes Mellitus, NANDA-Internacional.
OBJETIVO
Relatar a assistência de enfermagem a um paciente com Diabetes Mellitus tipo 1, utilizando a taxonomia da NANDA, NIC e NOC, para a construção do processo de enfermagem.
IDENTIFICAÇÃO DA PACIENTE
M.J.F., 76 anos, parda, do sexo feminino, 1º grau incompleto, pensionista, viúva, 68 Kg, 1,56 cm de altura, natural de Lorena - SP, residente em Lorena - SP, com a filha e sua família, em casa própria, de alvenaria, saneamento básico. Diagnóstico Médico de Diabetes Mellitus tipo 1, cardiopata e hipertensa. Admitida no Espaço Irene Augusto em 13 de 02 de 2017, para realização de curativo oclusivo em MID em região da amputação do 2º, 3º e 4º pododáctilos.
EXAME FISICO
Paciente consciente, orientado, verbalizando, em cadeira de rodas. Crânio: sem anormalidades e sem sujidades. Pavilhões auriculares: limpos, com acuidade auditiva normal. Nariz: sem anormalidades e com presença de secreção. Boca: sem anormalidades, paciente com uso de prótese dentária. Pescoço: sem anormalidades, sem presença de linfonodos e pulso carotídeo presente. Tórax: sem alterações anatômicas e mamas simétricas. Aparelho respiratório: com boa expansividade, som claro e sem presença de ruídos adventícios pulmonares. Aparelho cardiovascular: ausculta cardíaca: bulhas rítmicas, normofonéticas em 2 Tempos (2T). Abdome: globoso e pele normal. Ausculta: ruídos hidroaéreos presentes e som timpânico. Palpação: sem anormalidades, indolor á palpação. Aparelho geniturinário: diurese presente, e (sic): relata diurese e fezes sem anormalidades. Membros superiores: pele normal. Sinais Vitais: PA: 120x80 mmHg, FC: 71 FR: 15 mrp SpO2 97%. Ao exame físico: boa higiene corporal, normotensa, normoterma, ruídos vesiculares presentes, ausculta cardíaca com sons de baixa intensidade, (quase não audíveis). Ruídos hidroaéreos presentes em toda sua extensão. Pele lisa e brilhante com bom turgor. Crânio sem anormalidades. Acuidade visual diminuída em olho direito (presença de catarata). Não há uma boa postura corporal, sendo notado pequeno desvio na coluna lombar. Realizados apenas exames estáticos. Pequeno abaulamento abdominal.
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS
Sono e repouso: Paciente relata dormir bem, cerca de 10 horas por dia;
Hidratação: Em relação à ingesta hídrica, ingere cerca de 1,5 litros de água por dia, sem sinais de desidratação;
Nutrição: Refere realizar três pequenas refeições diárias. Realiza pequenos lanches de frutas;
Eliminações Evacuações presentes e normais, em media 2 vezes ao dia. Hábito urinário normal, com coloração clara e ausência de odor.
DESCRIÇÃO DO CASO
Descobriu ser portadora de Diabetes tipo 1 há aproximadamente 26 anos, consequentemente, surgiram os diagnósticos de hipertensão e cardiopatia. Conhece as restrições alimentares e tudo que uma crise de hiperglicemia ocasiona ao organismo detalhadamente. Contudo não considera a importância da hipoglicemia, fazendo uma ingesta de alimentos insuficiente, segundo relatos de sua filha. Foi tabagista por 5 anos, mas conseguiu parar de fumar. Faz consultas mensais no Ambulatório Medico do SUS.
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