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Hipertensão Arterial Sistêmica

Por:   •  20/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.234 Palavras (5 Páginas)  •  373 Visualizações

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TERAPIA NUTRICIONAL E ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Terapia nutricional em HAS

Conceito: condição patológica multigênica (tem várias maneiras de se manifestar), de fisiopatogenia multifatorial, caracterizada por elevação dos níveis pressóricos sanguíneos que desencadeia lesão em algumas estruturas do organismo.

Pressão arterial: relação entre pressão sistólica e diastólica.

Fatores determinantes: débito cardíaco, resistência vascular periférica (diminui o calibre do vaso). Qualquer alteração nesses fatores interfere na manutenção dos níveis pressóricos normais.

Aumento ou débito cardíaco, aumenta a HAS. ↑DC ↑HAS

Qual a relação do sódio com o aumento da pressão arterial? O sódio retém água então isso faz com que aumento o volume circulante, aumentando assim o débito cardíaco.

Com aumento da resistência vascular periférica teremos aumento da pressão pois aumentando a resistência teremos a diminuição do calibre do vase aumentando assim o fluxo sanguíneo, ou seja, o fluxo fica mais forte para poder passar por esse vaso sanguíneo, aumentando assim a pressão.

Frio: gera vasoconstrição, por isso é mais fácil ter crises hipertensivas.

Obesidade gera a vasoconstrição pela pressão que a gordura exerce sobre os vasos, diminuindo assim o calibre do vaso.

Idade: diretamente proporcional; em jovens temos o aumento da pressão diastólica em pessoas a partir da 6ª década tem o aumento da pressão sistólica.

Etnia e gênero: mulheres afrodescendentes com excesso de peso tem risco de HAS de até 130% quando com mulheres brancas.

Consumo levado de bebida alcóolica: risco associada a quantidade de etanol e frequência de ingestão; o álcool etílico promove a perda hídrica (vasoconstrição, aumentando assim a resistência vascular periférica por diminuir o volume circulante e é tóxico no sangue e é eliminado pela urina. E quanto for maior o volume de urina vai inibir o hormônio ADH (antidiurético) perdendo o controle da perda hídrica pela urina, levando ao processo renina angiotensina aldosterona. É um reflexo para eliminação do álcool por conta de ser tóxico). Dá falsa sensação de alegria por liberar hidroxiptamina que age como a adrenalina aumentando a frequência cardíaca e aumentando assim o débito cardíaco e a pressão arterial.

Tabagismo: nicotina estimula a liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) que estimula a frequência cardíaca, aumentando assim o débito cardíaco. Estimula a formação de coágulos que ficam retidos na luz do vaso, reduz a circulação de oxigênio por conta da ação do gás carbônico, ou seja, o gás carbônico ocupa o espago na hemoglobina que seria do oxigênio fazendo com eu a frequência cardíaca aumente, aumentando assim o débito cardíaco e a pressão arterial. O monóxido de carbono pode contribuir por lesão e processo inflamatório nos vasos sanguíneo, ou seja, pode levar a lesões, hemorragia interna, placa de ateroma pela obstrução da parede do vaso sanguíneo.

O tabagismo em si influencia mais na resistência vascular periférica, mas também pode influenciar no débito cardíaco.

Sedentarismo: exercício promove a vasodilatação, ajudando então a regular o débito cardíaco.

Diagnóstico e classificação da HAS

Técnica de diagnóstico: a medição da pressão arterial na prática clínica é um método indireto, com técnica de auscultatória e esfignomanômetro da coluna de mercúrio ou aneroide calibrados. Convém verificar a pressão a cada 6 meses no máximo 1 ano.

Busca de sinais e sintomas: geralmente é assintomática, pode apresentar cefaleia (em região occipital), tonturas, palpitações, sinais em órgãos alvos (principalmente a retina).

CLASSIFICAÇÃO

PRESSÃO SISTÓLICA (mmHg)

PRESSÃO DIASTÓLICA (mmHg)

Ótima

<120

<80

Normal

<130

<85

Limítrofe

130 – 139

85 – 89

Hipertensão estágio 1

140 – 159

90 – 99

Hipertensão estágio 2

160 – 179

100 – 109

Hipertensão estágio 3

>180

>110

Hipertensão sistólica isolada

>140

<90

Abordagem multiprofissional: prevenis e tratar a hipertensão arterial sistêmica envolve ensinamentos para o conhecimento da doença, suas inter-relações, suas complicações e implica a necessidade da introdução de mudança de hábitos de vida.

Intervenção não medicamentosa da HAS

  1. Controle de peso: a redução de 5% a 10% do peso corporal é suficiente para reduzir a P.A – a redução do peso está relacionada a QUEDA DA INSULINEMIA, a redução da sensibilidade ao sódio e a diminuição da atividade do sistema nervoso simpático. Ou seja, o excesso de insulina vai estimula a reabsorção do sódio. A insulina que fica retida no organismo precisa ser degradada, possui dois destinos: a) nível hepático onde é degradada a insulina e os aminoácidos são reciclados, é o processo normal, onde se tem nova insulina no pâncreas; b) nível renal, onde a degradação vai gerar o aumento da reabsorção de sódio, mais água será retida, maior será o volume circulante, aumenta o débito cardíaco e aumenta a pressão arterial. Emagrecer diminui a resistência à insulina, diminui a degradação desta a nível renal, diminui a condição pró inflamatória, diminuindo a ativação do sistema nervoso simpático, controlando o débito cardíaco, controlando a pressão arterial.
  2. Pressão arterial: alimentos de risco são aqueles ricos em sódio e gordura aterogênica (dislipidemia) e alimentos proteicos são ricos em fibras e em potássio onde esse potássio é essencial para o tratamento da hipertensão arterial. Alimentos ricos em fibras são interessantes para o emagrecimento, diminuindo a absorção da glicose.
  3. Redução no consumo de sal: recomenda-se a ingestão de até 6g/dia (equivale a 2,4g de sódio). É orientado a redução de sal de adição aos alimentos, evitar saleiros sobre a mesa, reduzir ou abolir alimentos industrializados do tipo enlatados, conservas, frio, embutidos, sopas prontas, temperos, molhos prontos e salgadinhos.
  4. Prescrição de dieta hipossódica: permitir sal de adição: 2 – 4g/dia; restringir alimentos ricos em sódio intrínseco (alimentos industrializados), usar substitutos do sal como o sal light que contém menos sódio ou o cloreto de potássio e estimular ervas aromáticas.
  5. Aumentar o consumo de alimentos fontes de potássio: recomendado a ingestão d 2 – 4g ao dia. Provável relação é que o potássio induz a diminuição da P.A por ESTIMULAR A NATRIURESE (eliminação de sódio pela urina), diminuir a secreção de renina (hormônio que diminui a vasoconstrição) e norepinefrina (modifica o movimento do coração, não do débito cardíaco) e regular a secreção de prostaglandinas (elemento pró inflamatório).
  6. Manter consumo de cálcio e magnésio dentro da normalidade: controlam a musculatura, regulam o calibre do vaso sanguíneo, aumentando assim a resistência.
  7. Estimular prática de exercício programada
  8. Aconselhar abandono ao tabagismo
  9. Restrição do consumo de bebidas alcoólicas

Intervenção medicamentosa

Objetivo: redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares.

  1. Redução da pressão arterial para valores de pressão sistólica inferiores a 140mmHg e pressão diastólica de 90mmHg
  2. Redução da pressão arterial para valores de pressão sistólica inferior a 130mmHg e pressão diastólica de 80mmHg – geralmente em pacientes com problemas cardiovasculares, diabetes, presença de albumina na urina, insuficiência cardíaca, comprometimento e risco de AVE.

Classes de medicamentos anti-hipertensivos

  1. Diuréticos: visa a produção de urina para não acontecer a retenção hídrica, visando não interferir no volume sanguíneo e no débito cardíaco;
  2. Inibidores adrenérgicos: diminui a ação da adrenalina
  3. Bloqueadores dos canais de cálcio: controlam a musculatura lisa levando ao estímulo a vasodilatação, diminuindo assim a resistência.
  4. Inibidores de ECA: enzima conversora de angiotensina (promove a vasoconstrição)
  5. Bloqueadores do receptor AT, da angiotensina II
  6. Vasodilatadores: calibre do vaso fica maior para melhor fluxo sanguíneo.

Situações especiais

Adesão ao tratamento: facilitado com educação em saúde multiprofissional; paciente recebe orientações detalhadas e compreensíveis, cuidado particularizado.

Idosos: tratamento não medicamentoso em presença ou não de alto níveis pressóricos;

Uso de anticoncepcional orais e terapia de reposição de estrogênio: há incidência 2x maior de hipertensão;

Gravidez: condição de estresse psicoemocional – SÍNDROME METEBÓLICA E OBESIDADE.

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