Incompetência Istmo Cervical
Por: Katiane Oliveira • 25/3/2023 • Artigo • 1.209 Palavras (5 Páginas) • 103 Visualizações
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FACULDADE PIO DÉCIMO
NÚCLEO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM
JESSICA MARIA SANTANA DE OLIVEIRA
KATIANE DE OLIVEIRA FEITOSA
INCOMPETÊNCIA ISTMO-CERVICAL: O QUE FAZER ?
ARACAJU/SE
Março/2023
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FACULDADE PIO DÉCIMO
NÚCLEO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM
INCOMPETÊNCIA ISTMO-CERVICAL: O QUE FAZER ?
Pesquisa sobre a incompetência istmo-cervical apresentado ao curso de enfermagem como um dos pré-requisitos para a obtenção de nota na disciplina de Enfermagem na saúde da criança e do adolescente II.
PROF. MsC ZAIRA MOURA DA PAIXÃO FREITAS
ARACAJU/SE
Março/2023
SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO 4
2-DIAGNÓSTICO . 4
3-TERAPÊUTICA 5
4-REFERÊNCIAS 7
1-INTRODUÇÃO
A insuficiência istmo-cervical (IIC) caracteriza-se por fraqueza congênita ou adquirida na junção do orifício interno cervical e o do segmento inferior. Associa-se a esvaecimento e à cérvico-dilatação indolor durante o segundo trimestre, culminando com protrusão ou rotura das membranas fetais, e parto pré-termo, abortamento ou perda fetal, muitas vezes preveníveis.
Geralmente, quando se investiga a história pregressa da gestante, não é incomum encontrar histórico de trauma cervical causado por conização, laceração cervical em partos anteriores e dilatação cervical exagerada em casos de terminação da gravidez.
Pode ser primária ou secundária, respectivamente associada a: distúrbio congênito relacionado a anormalidades uterinas, além de exposição ao dietilestilbestrol durante a vida intrauterina materna; ou decorrer de sequela de trauma na região istmo-cervical, principalmente causado por dilatações intempestivas do colo, aplicação de fórcipe alto em colos não completamente dilatados e por cirurgias do tipo amputação de colo. A IIC pode também ser funcional, ou seja, fora do período gestacional não são evidentes os defeitos no istmo, sendo observado somente após a gravidez, quando se instala o aumento da pressão intrauterina e se verifica a incapacidade de reter o ovo.
2-DIAGNÓSTICO
A IIC representa grande desafio para a prática obstétrica, situando-se entre os principais fatores envolvidos na prematuridade, responsável por 16 a 20% das perdas gestacionais ocorridas no segundo trimestre de gestação. É considerado o segundo fator associado a aborto espontâneo, com prevalência de 22,8%.2 Sua associação com aborto espontâneo e prematuridade, que é a principal causa de morte neonatal, realça a importância de seu diagnóstico eficaz e precoce.
Geralmente ocorre dilatação cervical indolor após o primeiro trimestre, com a subsequente expulsão da gravidez no segundo trimestre, tipicamente antes das 24 semanas de gestação, sem a presença de contrações, de trabalho de parto, ou de outras patologias. Dentro da prática recente, a ultrassonografia transvaginal tem sido cada vez mais usada para avaliar o risco de parto prematuro por Incompetência Istmo Cervical, analisando um possível encurtamento cervical.
A melhor maneira de estabelecer o diagnóstico da IIC é antes ou após a gestação, baseado nos antecedentes obstétricos e exames complementares. Alguns testes foram desenvolvidos na tentativa de estabelecer seu diagnóstico, como: o teste de Hegar, que é positivo ao conseguir-se passar sem dificuldade dilatador cervical nº 8 ou cateter de Foley nº 16; a histerossalpingografia, que possibilita o diagnóstico quando se revela uma luz ístmica com largura superior a 8 ou 10 cm.
Durante a gestação não se deve abrir mão dos métodos de avaliação clínica por meio de exames digitais seriados do colo uterino, uma vez que esse exame constitui importante meio diagnóstico da IIC. Com ele investigam-se alterações progressivas do colo uterino, como seu esvaecimento e dilatação. Apesar do uso da ultrassonografia como método diagnóstico, o toque vaginal ainda é preconizado como método de rastreamento e seleção de pacientes para propedêutica auxiliar.
A ultrassonografia transvaginal é o método mais utilizado no diagnóstico de IIC durante a gestação devido à sua sensibilidade e possibilidade de diagnóstico mais precoce.9 A manobra de compressão extrínseca do fundo uterino facilita a exposição da dilatação do orifício do colo e possibilita a caracterização de formas subclínicas de IIC. Os valores normais variam de 28 a 48 mm e o risco surge com medidas inferiores a 25, 20 ou 15 mm. Há tendência a adotar o ponto de corte de 20 mm, medido entre 22 e 24 semanas de gravidez. O diagnóstico ultrassonográfico de IIC é também fundamentado por outros marcadores de risco de prematuridade, como o volume do colo, o sinal de afunilamento do orifício interno e a ausência de protrusão de membranas no canal endocervical.
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