LAPAROTOMIA EXPLORADORA E SUA REPERCUSSÃO CLÍNICA: UM ESTUDO DE CASO

LAPAROTOMIA EXPLORADORA E SUA REPERCUSSÃO CLÍNICA: UM ESTUDO DE CASO

ALCIONE VIEIRA DA COSTA¹

REGIVÂNDIA MARIA DE MENEZES²

ADRIANA ALVES DE LIMA²

LIVIA HELENA MORAIS DE FREITAS³

DIEGO HENRIQUE JALES BENEVIDES4

RESUMO

INTRODUÇÃO: O estudo abrange um caso clínico de paciente submetido a Laparotomia Exploratória e suas repercussões terapêuticas e cuidados de enfermagem com ênfase no pós-operatório. As informações coletadas em prontuário do paciente pesquisado permitiram o levantamento dos Diagnósticos de enfermagem e a continuidade do plano de cuidados ao paciente. OBJETIVOS: Compreender a assistência de enfermagem baseada em evidências clínicas e nas respostas humanas ao paciente acometido por Laparotomia e sua repercussão em cuidados de enfermagem no pós-operatório. METODOLOGIA: O presente trabalho trata-se de um estudo de caso, foi realizado durante práticas de enfermagem na disciplina Enfermagem Cirúrgica I, no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) em Mossoró/RN, no período de agosto a novembro de 2016 sendo o mesmo associado a um estudo bibliográfico no qual foi pesquisado nas principais fontes teóricas atualizadas existentes na literatura, a partir da pesquisa realizada em bibliotecas on-line de livros da instituição de ensino FACENE/RN. Os dados foram retirados a partir do prontuário, exames e entrevista feita com o paciente e acompanhante através do roteiro de acordo com a Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Horta. RESULTADOS: Paciente B. C. S, 23 anos solteiro, residente de zona urbana na cidade de Mossoró-RN, com entrada na urgência   do hospital HRTM, por perfuração por arma de fogo. Realizado intervenção cirúrgica da região abdominal, realizado laparotomia, sem intercorrências no pré, trans. e pós-operatório houve infecção e Pneumonia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo de caso foi desenvolvido com um paciente submetido a uma cirurgia de laparotomia, devido a perfuração por arma de fogo. A pesquisa foi de suma importância para nosso aprendizado e contribui de forma enriquecedora na vida acadêmica e profissional dos estudantes de enfermagem. Despertou-se por buscar mais sobre o paciente onde o processo da assistência de enfermagem no pré-operatório e pós-operatório foi eficaz para melhor recuperação do mesmo.

DESCRITORES: Enfermagem, Laparotomia e Cuidados de Enfermagem.

¹ Relatora do trabalho Alcione Vieira da Costa; Rua Marechal Hermes, Bom Jardim n.1200, (84)99322858; [e-mail]

²Discentes da Faculdade de Enfermagem Nova Esperança de Mossoró.

³Enfermeira especialista e docente de enfermagem da Faculdade de Enfermagem Nova Esperança de Mossoró.

4 Enfermeiro especialista e docente de enfermagem da Faculdade de Enfermagem Nova Esperança de Mossoró

1 INTRODUÇÃO

      A violência por arma de fogo vem aumentando dia após dia no Brasil, a qual o principal grupo são de pessoas jovens, que estão expostas a violência devido ao uso de entorpecentes. Diante disto, vimos que no Brasil nas últimas décadas vem ocupando ranking nacional e espaço nos meios de comunicação e fazendo parte no cotidiano da população brasileira. (SANCHES; DUARTE; PONTES, 2009).

  Observa-se por meio do Mapa da Violência 2016 que o Brasil ocupa a 10 posição no ranking dos países que mais mataram com arma de fogo.   Dados levantados pela Faculdade Latina-América de Ciências Sociais, afirma que o país teve 44.861 mortes dessa modalidade em 2014, o que representa um crescimento de 415,1 % sendo a maioria das vítimas desse tipo de violência são homens jovens na idade de 15 a 34 anos (faixa etária mais produtiva da população) evidenciando um quadro de mortes prematuras que altera a estrutura demográfica causando forte impacto social na população brasileira, a qual deve-se ao crescimento pelo tráfico de drogas. Por esse motivo, verificamos que é possível afirmar que praticamente 95% da utilização letal das armas de fogo no Brasil tem como finalidade o extermínio intencional do próximo. (Mapa da Violência, 2015).

           A Laparotomia exploratória é uma cirurgia que consiste em uma abertura do abdome com o objetivo de realizar um exame e tratamento do problema, ou seja, significa, basicamente abre-se a área abdominal do paciente com a finalidade de explorar sua cavidade para esclarecer um diagnóstico, com vistas a uma melhor observação no intuito de proceder a um resultado mais preciso (biópsias) e, para também proceder algumas manobras terapêuticas cirúrgicas necessárias. (ALVARES F. da S. 2010).

A partir dos dados espera-se que este trabalho possa reunir estudos sobre ferimento por arma de fogo e acrescentar conhecimentos para a comunidade acadêmica, bem como para profissionais da área da saúde. Através de seus resultados e informações importantes o profissional da área da enfermagem fica habilitado a oferecer uma assistência com sistematização e assim uma melhor recuperação deste paciente.

                O estudo de caso inicia-se com um diagnóstico definido por conduta médica e laudos de exames, contendo uma ampla quantidade de informações do usuário. Fez-se a escolha do paciente de acordo com o quadro clinico e pesquisaram-se maneiras e o como se poderia fazer diante disto, para se ter um bom prognóstico. A partir daí focou-se nos cuidados pós-operatórios.

Apesar do quadro inicial ser bastante crítico devido a sua gravidade patológica, mesmo com tantas recaídas que levaram o paciente a intercorrências, viu-se que dia a dia o seu quadro clinico teve melhoras, pois além dos cuidados da enfermagem e dos médicos o mesmo tem pouca idade e estava sempre consciente e orientado a qual isso ajudou bastante para melhor resultado.

Em seguida realizou-se a análise de todo o prontuário, a partir do primeiro dia de internação, do trans até o pós-operatório. Ao se iniciar a coleta de informações com o paciente, notou-se a dificuldade na deambulação e restrição ao leito pelo fato de o mesmo estar laparatomizado e por estar com Sonda Vesical de Demora. Encontrava-se ainda resistente a fornecer informações sobre o ocorrido, o que dificultou o entendimento da equipe durante o período. Diante desse caso, falou-se diretamente com sua acompanhante a qual também nos primeiros dias teve receio de passar informações sobre o quadro clinico do paciente, que nos cedeu informações.