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Método dialético

Por:   •  30/6/2017  •  Seminário  •  4.334 Palavras (18 Páginas)  •  418 Visualizações

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Para o marxismo, dialética é o pensamento e a realidade ao mesmo tempo, ou seja, a realidade é contraditória com o pensamento dialético. Dialética era a arte do diálogo

Para a dialética marxista, o mundo só pode ser compreendido em um todo, refletindo uma ideia a outra contrária até o conhecimento da verdade. Marx e Engels mudaram o conceito de Hegel, e introduziram um novo conceito, a dialética materialista, que dizia que os movimentos históricos ocorrem de acordo com as condições materiais da vida.

O que Marx trouxe de original foi uma análise dialética das relações sociais e econômicas (as bases materiais e concretas da sociedade) que formavam uma estrutura que explicava fatos históricos e culturais. A sociedade capitalista, segundo Marx, funcionava com base no antagonismo entre duas classes.

Materialismo dialético é uma concepção filosófica que a matéria está em uma relação dialética com o psicológico e social. Ao fazerem a crítica da sociedade em que vivem, apresentam propostas para sua transformação: o socialismo científico.

Não se pode analisar um separado do outro (o material separado do ideal), no caso, a infraestrutura separada da superestrutura. Segundo Marx, a base material é formada por forças produtivas (que são as ferramentas, as máquinas, as técnicas, tudo aquilo que permite a produção) e por relações de produção (relações entre os que são proprietários dos meios de produção, as terras, as matérias primas, as máquinas e aqueles que possuem apenas a força de trabalho).

A dialética marxista postula que as leis do pensamento correspondem às leis da realidade. A dialética não é só pensamento: é pensamento e realidade a um só tempo. Mas, a matéria e seu conteúdo histórico ditam a dialética do marxismo: a realidade é contraditória com o pensamento dialético. A contradição dialética não é apenas contradição externa, mas unidade das contradições.

A dinâmica HIPÓTESE+DESENVOLVIMENTO+TESE+ANTÍTESE+DIALÉTICA=SÍNTESE, expressa a contundência deste ensinamento, afirmando que tudo é fruto da luta de ideias e forças, que na sua oposição geram a realidade concreta, que uma vez sendo síntese da disputa, torna-se novamente tese, que já carrega consigo o seu oposto, a sua antítese, que numa nova luta de um ciclo infinito gerará o novo, a nova síntese.

A hipótese fundamental da dialética é de que não existe nada eterno, fixo, pois tudo está em perpétua transformação, tudo está sujeito ao contexto histórico do dinâmico e da transformação.

Marx nega a "síntese" de Hegel, que viria da "tese" e da "antítese". No pensamento marxista, não há uma transformação para a síntese de contrários, mas uma transformação essencial do objeto, uma mudança de qualidade. Coisas velhas, anciãs, num dado momento histórico tornam-se insustentáveis e transformam-se em outras coisas, novas, qualitativamente diferentes do que lhe deu origem, ainda que contenham traços daquilo que foi a origem antiga. O novo sempre nasce do velho, nada nasce do nada, do abstrato. Mas a transformação do velho dá numa coisa que a ultrapassou, mostrando-se num estágio avançado, de qualidade diferente.

A matéria é objetiva. A ideia, subjetiva. As transformações político-econômicas que historicamente se sucedem, ocorrem pelas contradições sociais, pelos interesses contrários das classes sociais, daí a chamada luta de classes, considerada por Marx, o motor da História.

Outro elemento é a ideia de totalidade, a percepção da realidade social como um todo que está relacionado entre si. Há também as contradições internas da realidade, em relação ao valor e não valor, lucro ou não lucro, por exemplo, dentro da produção, seja essa positiva ou negativa. Essas ideias são imprecisas. Na dialética marxista há o que se chama de UNIDADE DE CONTRÁRIOS. Uma moeda, pelo fato de ter duas faces diferentes, continua sendo a mesma. Os contrários existem nas coisas na sociedade de igual maneira. São como as contradições. Estão sempre juntas, num mesmo evento. Isto é o que o marxismo chama de UNIDADE DE CONTRÁRIOS. No marxismo, esses seres são uma unidade inseparável. Objeto não existe sem o sujeito e vice-versa..

Karl Popper. O modelo científico visa atestar ideias através da experimentação. A dialética visa contrapor ideias com ideias, sem a necessidade de nenhuma evidencia.

De fato, na atualidade, a dialética permanece como tema importante para a Filosofia e para as outras áreas do conhecimento, principalmente para a Educação.  A dialética vem do grego dialektiké, significando arte do diálogo ou da discussão (a tradução literal de dialética significa "caminho entre as ideias"). Marx critica a concepção dialética idealista de Hegel por atribuir ao espírito (uma entidade mística).  Marx defende que a consciência, o pensamento, a ideia são apenas reflexos da realidade material. 

Marx lança as bases de uma ciência da história. De acordo com a visão de Marx, em Capital, a história avança através das contradições. A principal contradição é a que existe entre as forças produtivas e as relações sociais de produção.

Nelas está presente a sua noção de práxis, vista não apenas como a síntese do materialismo e do idealismo, mas como a superação deste. Nelas adquire a ideia do homem como conjunto de relações sociais. A práxis é um conjunto de prática e teoria, em que a teoria tem como tarefa mudar as relações sociais. 

A segunda abordagem possível só é encontrada em breves momentos de O capital (p. 15): é o entender a individualidade como homem total, indivíduo em todas as suas dimensões da vida.

Para Marx, o homem é o conjunto de suas relações sociais. Essa visão é marcada pela harmonia entre forças produtivas e relações de produção; isto é, harmonia entre indivíduo enquanto pessoa e indivíduo enquanto membro de uma classe. De fato, Marx pretende unir materialismo e história. Marxismo é uma teoria científica da história da sociedade. 

O ponto de partida de Marx é a ciência contemporânea. Ele defende conceitos concretos e não conceitos abstratos. Nele, o conceito não é pura reflexão do real. A atividade humana transforma o mundo e o próprio homem. Enfim, o marxismo não é um sistema dualista.

Pretende-se, ao final desta aula, que você tenha compreendido e interpretado: que o homem é um ser dialético; que o método dialético possibilita a compreensão e explicação dos problemas e das contradições que envolvem a produção de explicações sobre os fenômenos sociais; a dialética torna-se uma possibilidade à reflexão da prática educativa.

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