O ESTUDO DE CASO
Por: asafepro • 8/4/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 2.565 Palavras (11 Páginas) • 268 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPO REAL
ADRIANE GONÇALVES PINTO
ESTUDO DE CASO
GUARAPUAVA
2019
ADRIANE GONÇALVES PINTO
ESTUDO DE CASO
Trabalho a ser entregue ao professor Durinézio, para obtenção de nota parcial na disciplina de Parasitologia no 1° bimestre do 3° período do curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário Campo Real.
GUARAPUAVA
2019
- INTRODUÇÃO
CASO NÚMERO 2
Paciente de origem norte americana da entrada na urgência do Hospital São Vicente de Guarapuava, apresentando dor no quadrante superior do abdômen direito, febre e hepatomegalia discreta. Durante a anamnese, o paciente relatou estar a quatro meses em contato com uma comunidade indígena, fazendo um trabalho de antropologia. O médico questiona sobre as condições de higiene do local e o paciente responde que são altamente precárias. O médico lhe pergunta se houve desinteria e o paciente relata que tem tido desinterias ocasionais intercaladas com semanas de normalidade e com semanas em que apresenta fezes pastosas. O médico solicita exame de fezes por enriquecimento e diagnóstico para Hepatite C.
Dado o caso clínico, e sem mais informações, a sugestão como diagnóstico é a Amebíase Intestinal, causada pelo protozoário Entamoeba Histolytica.
Amebíase é o nome da infecção causada pelo protozoário E. histolytica. As infecções podem durar anos, tendem a ser assintomáticas ou apresentar sintomatologia gastrointestinal vaga, ou disenteria. A maioria das infecções ocorre no trato digestivo, mas outros tecidos podem ser invadidos. As complicações incluem ulceração e abscesso com dor e, raramente, bloqueio intestinal. O tempo do início dos sintomas é altamente variável. A ausência dos sintomas, ou sua intensidade, varia de acordo de fatores como: tipo de cepa da ameba, o estado imunológico do hospedeiro, bactérias e vírus associados. As enzimas da ameba ajudam-lhe a penetrar e digerir tecidos humanos, a ameba secreta substâncias tóxicas.
Na maioria dos casos, as amebas permanecem no trato gastrointestinal dos hospedeiros. A ulceração severa da superfície da mucosa gastrointestinal ocorre em menos de 16% dos casos. Em algumas ocasiões, o parasita invade os tecidos macios, geralmente o fígado. Os casos fatais não são frequentes, mas podem ocorrer senão houver um tratamento adequado.
CID 10: A06
- DESENVOLVIMENTO
MEIO AMBIENTE
Saneamento básico, endemismo, vetor.
A E. histolytica é o agente etiológico da amebíase, importante problema de saúde pública que leva ao óbito anualmente cerca de 100.000 pessoas, constituindo a segunda causa de mortes por parasitoses. Apesar da alta mortalidade, muitos casos de infecções assintomáticas são registrados. No início do século XX, estimava-se que cerca de 12% da população mundial portavam o parasito em seu trato intestinal, mas destes, somente 10% apresentavam sintomas da doença.
Foi descrita pela primeira vez em 1875, em um jovem camponês russo no porto de Arkhangelsk, a apenas 160 quilômetros do circulo ártico. As taxas de prevalência são mais altas em regiões mais populosas, de saneamento deficiente e condições de saúde precárias, grandemente encontrada em comunidades indígenas, especialmente em locais trópicais e subtropicais.
No Brasil, a amebíase apresenta grande diversidade no número de indivíduos infectados ou com sintomatologia da doença, variando de região para região. No Sul e Sudeste do país, a prevalência varia de 2,5% a 11%, na Região Amazônica atinge até 19%, e nas demais regiões fica em tomo de 10%. Há, no entanto, uma variação muito grande da incidência da doença, de acordo com as condições higiênicas, socioeconômicas e habitacionais da população. Os surtos de amebíase no Brasil não apresentam a gravidade e intensidade dos verificados no México e alguns países da África e da Ásia. Predominam aqui as formas de colites não-disentéricas e os casos assintomáticos. Na Região Amazônica, a amebíase difere das outras regiões, pois, além de ser mais prevalente, manifesta-se com mais gravidade. São frequentes as formas disentéricas e os abscessos hepáticos, que, por sua vez, são raros em outras regiões, principalmente Sudeste e Sul do país.
Entamoeba histolytica é um parasita unicelular, isto é, um protozoário, que infecta predominantemente seres humanos e outros primatas. Mamíferos diversos tais como cães e gatos podem tornar-se infectados, mas geralmente não eliminam os cistos em suas fezes, assim não contribuem significativamente na transmissão. O estágio ativo (trofozoíta) existe somente no hospedeiro definitivo e em fezes frescas, os cistos sobrevivem fora do hospedeiro, na água, nos solos e em alimentos, nestes últimos, especialmente em condições de umidade. Quando engolidos causam infecções por encistamento (no estágio trofozoíta) no trato digestivo.
2.1 HOSPEDEIRO
Sintomatologia, resposta imunológica, tratamento.
A amebíase é transmitida pela contaminação fecal da água de consumo humano e alimentos com cistos da ameba, os quais são relativamente resistentes à cloração. Também é transmitida pelo contato direto de mãos contaminadas ou objetos sujos, bem como, sexualmente pelo contato oral-anal.
Na fase sintomática da doença podemos encontrar: Febre, dor abdominal ou cólicas no quadrante superior direito, diarreia com fezes moles ou pastosas podendo ou não conter muco ou sangue, apresentando alternância entre a manifestação clínica ou períodos silenciosos com funcionamento normal do intestino. O paciente também pode apresentar tenesmo e tremores de frio. Como complicações pode se encontrar: perfurações e peritonite, hemorragias, colites pós disentéricas e mais raramente, estenose, apendicite e amebomas.
Se não tratada a doença pode evoluir para um quadro de Amebíase Extra Intestinal, onde o paciente pode ter abcessos hepáticos sendo representado principalmente pela Tríade: dor, febre e hepatomegalia. Inclui-se entre outros sintomas como: calafrios, anorexia e perda de peso. Como complicações tem se as invasões bacterianas, amebíase pleuropulmonar, pericardites, ruptura do abcesso hepático, abcesso pulmonar e cerebral.
Pacientes de origem da América do Norte, Europa Ocidental, Austrália e Nova Zelândia têm sintomas mais definidos como disenteria, dor e espasmos abdominais, flatulência, anorexia, perda de peso e fadiga.
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